quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Igreja Velha de Oliveira de Frades

País: Portugal
Concelho: Oliveira de Frades
Freguesia: União das Freguesias de Oliveira de Frades, Souto de Lafões e Sejães

Rua dos Bombeiros Voluntários, Oliveira de Frades.
Dedicada a São Pelágio.
Templo construído ou reformulado pelos crúzios de Coimbra, mosteiro a que estava vinculado Oliveira de Frades.
A atual fisionomia resulta das obras consumadas no século XVIII.
O imóvel apresenta planta longitudinal, de nave única, com capela-mor mais baixa e estreita que o corpo, e torre sineira.
A fachada principal é composta por um portal axial de arco abatido rematado em frontão e encimado por óculo oval. Termina em empena de perfil triangular definida por segmentos contracurvos com cruz alta ao centro e pináculos nos extremos. Ligeiramente recuada em relação à frontaria eleva-se a torre sineira, de três andares, rematada em terminação piramidal e encimada por cruz.

Canas de Senhorim

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Canas de Senhorim

Vila beirã situada a 8 km a sudoeste de Nelas.     
A referência mais antiga a Canas de Senhorim data de 1155, num texto que celebra um escambo entre Soeiro Mendes e sua mulher com o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Em novembro de 1186, Dom Sancho I doa a vila ao bispo de Viseu, Dom João Pires.
Em 1196, quatro anos após a morte de Dom João Pires, e já na posse do Cabido da Sé de Viseu, esta outorga-lhe carta de foral.
Em 30 de março de 1514, recebe foral novo por Dom Manuel I.
Em 1852 o seu concelho foi extinto.
Em 1866 readquire o seu estatuto de município mas apenas durante pouco tempo.
Durante o século XX, Canas de Senhorim assume a primazia industrial no distrito de Viseu, principalmente através dos fornos elétricos e das minas de urânio da Urgeiriça.
Nas últimas décadas tornou-se famosa devido às inúmeras ações que a sua população fez na causa da elevação da vila a sede de concelho.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Teatro Ribeiro da Conceição

País: Portugal
Concelho: Lamego
Freguesia: Lamego (Almacave e Sé)

Largo de Camões, Lamego.
Imóvel construído em 1727 para servir como Hospital da Misericórdia, o que ocorreu durante quase um século.
Em 1886, o velho hospital passou a albergar o Quartel de Regimento da cidade, que tinha sofrido um grande incêndio. Esta fatalidade também assombrou este edifício.
Em 1924 foi comprado em hasta pública por José Ribeiro Conceição, que ergueu então, o teatro com o seu nome, mantendo a fachada original. Foi inaugurado em 2 de fevereiro de 1929.
Em 1988 encerrou as suas portas.
Em 1993 foi adquirida pelo município que o mandou requalificar. Foi inaugurado em 23 de fevereiro de 2008.

domingo, 27 de dezembro de 2015

Igreja de Santa Maria Maior de Tarouquela

País: Portugal
Concelho: Cinfães
Freguesia: Tarouquela

Lugar do Mosteiro, Tarouquela.
Templo românico classificado como Monumento Nacional desde 1945.
É o que resta do antigo mosteiro de Tarouquela, fundado em 1150 por Ramiro Gonçalves o Quartela e sua esposa Dona Ouruana Nunes. Seguiu inicialmente a Regra de Santo Agostinho (1162-1174). 
Posteriormente, Dona Urraca Viegas, filha de Egas Moniz de Ortigosa e neta dos fundadores, mudou-lhe o hábito para a Ordem de São Bento.
No século XVI (cerca de 1535) as suas monjas foram transferidas para o Mosteiro de São Bento da Avé-Maria, no Porto, mandado construir por Dom Manuel I para reunir num só lugar as monjas dos diversos institutos femininos da Ordem. 

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Solar de Mateus

País: Portugal
Concelho: Vila Real
Freguesia: Mateus

Belíssimo palácio situado em Mateus, Vila Real
Está classificado como Monumento Nacional.
É um dos mais notáveis monumentos da aristocracia portuguesa, pertença dos condes de Vila Real.
A sua construção é atribuída a Nicolau Nasoni, que terá estado em Mateus entre 1739 e 1743. A ordem para a construção veio do III Morgado de Mateus, António José Alvares Botelho Mourão, na primeira metade do século XVIII. 
Francisco de Albuquerque, VI Conde de Vila Real, dedicou-se, a partir de 1932, ao restauro da casa e da quinta. Em 1970 passou-a para a Fundação que o próprio instituiu e à qual o filho – Fernando de Sousa Botelho de Albuquerque – preside desde 1973, ano do seu falecimento.
Dispõe de capela particular.
O palácio é hoje uma fundação onde são realizadas várias atividades culturais.
É um dos locais mais procurados do país.

sábado, 19 de dezembro de 2015

Casa da Pereira

País: Portugal
Concelho: Sabrosa
Freguesia: Sabrosa

Rua Fernão de Magalhães, Sabrosa.
Casa onde terá nascido Fernão de Magalhães, famoso navegador que fez a primeira viagem de circum-navegação, entre 1519 e 1522.
Trata-se de uma casa rural de lavoura construída no século XV.
O imóvel é antecedido por portão e pequeno pátio, com uma grande área agrícola a sul.
Durante as décadas de 1980 e 1990 sofreu obras de restauro e remodelação.
A pedra de armas da família Magalhães terá sido picada por ordem de Dom Manuel I, em resultado da sua “traição”, ao serviço dos reis espanhóis.
Possui uma janela decorada com dois pequenos padrões, em alto relevo, e duas rosas do ventos.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Vila de São Martinho do Porto

País: Portugal
Concelho: Alcobaça
Freguesia: São Martinho do Porto

Antiga povoação de pescadores muito procurada por turistas.
O casario é composto por dois núcleos distintos: a parte baixa, junto à praia, mais vocacionada para a atividade turística; e a parte alta, constituída por casas mais antigas, habitada pelos locais, e onde se situa a igreja matriz.

Data de 1257 a primeira referência à existência da vila, mencionada numa carta de foral concedida por Frei Estêvão Martins, XII Abade do Convento de Alcobaça.
Até ao século XVI serviu como pequeno porto de mar.
Em finais do século XVIII, com o assoreamento do porto em Salir do Porto, a vida e dinâmica portuária é transferida para a baía de São Martinho.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Baía de São Martinho do Porto

País: Portugal
Concelho: Alcobaça
Freguesia: São Martinho do Porto

Baía de caraterísticas únicas, em forma de concha, que se abre ao Atlântico entre os morros de Santana, a sul, e do Farol, a norte.
A atual forma é muito recente. Outrora, a grande extensão de terrenos agrícolas que se estendem por detrás da praia, estava inundada por um velho golfo medieval – a Lagoa de Alfeizerão – a qual era navegável até Alfeizerão e até à Tornada (Caldas da Rainha). Em frente à lagoa, encontrava-se uma ilha, atualmente constituída pelas serras da Pescaria (a norte da lagoa) e do Bouro (a sul).
O assoreamento progressivo, acentuado pelas atividades humanas (agricultura e desflorestação), e a divisão da ilha pelo mar, resultou a atual baía. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Praia de São Martinho do Porto

País: Portugal
Concelho: Alcobaça
Freguesia: São Martinho do Porto 

A praia de São Martinho do Porto é uma das mais bonitas praias de Portugal.
É composta por um vasto areal em semicírculo que se alonga numa extensão de 2 km.
Duas arribas que estreitam a entrada do oceano, criam uma baía de águas calmas.
O areal é constituído por uma acumulação de areias brancas e finas com origem nas linhas de água e nas correntes marinhas que circulam e transportam grandes quantidades de material arenoso ao longo da costa e que por ação das marés são parcialmente desviadas para o interior da Concha.
É ideal para férias em família e propicio a desportos náuticos.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Fojo do Lobo de Parada do Outeiro

País: Portugal
Concelho: Montalegre
Freguesia: Outeiro

Parada do Outeiro.
Trata-se de um muro em granito, fechado em redor de um grande penedo, que forma um recinto apenas acessível pelo lado exterior. 
Conta apenas com uma entrada, outrora utilizada pelos populares para colocar o isco, proceder a operações de manutenção e limpeza, e para entrar no interior da área murada quando o lobo aí era encurralado.
Tem cerca de 60 metros de diâmetro médio e é considerado o maior fojo deste tipo na Península Ibérica.
Uma das suas particularidades estruturais é o reservatório de forma quadrangular escavado no afloramento rochoso no qual assenta o penedo central, que assumia a função de bebedouro para o animal, utilizado como isco.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Igreja de São Nicolau (Mesão Frio)

País: Portugal
Concelho: Mesão Frio
Freguesia: Mesão Frio (Santo André)

Rua Doutor Domingos Monteiro, Mesão Frio.
Julga-se que a igreja foi fundada pela rainha Dona Mafalda, em estilo românico e muito alterada no século XVIII, em estilo barroco, aproveitando parte das pedras da antiga igreja da Misericórdia.
Templo de planta longitudinal composta por nave única e capela-mor.
O interior, de uma só nave, é abaulado e apainelado com 66 quadros. O teto da capela-mor, similar, reparte-se em 18 quadros. Destaque para a valiosa talha, para o túmulo de Dom Francisco Souto Maior Pinto, para a Capela brasonada de António de Azeredo e Vasconcelos (1595) e para as pinturas da sacristia da autoria de Manuel Arnau.
No exterior encontram-se sete sarcófagos de granito.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Teatro-Cinema de Fafe

País: Portugal
Concelho: Fafe
Freguesia: Fafe

Rua Monsenhor Vieira de Castro, Fafe.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978.
A construção do imóvel deve-se ao ilustre fafense José Summavielle Soares e a sua inauguração ocorreu em 10 de Janeiro de 1924, com apresentação da peça O Grande Amor, pela Companhia Aura Abranches.
A sua fachada, de decoração invulgar e certamente única na região, é de belíssimo recorte.
A estrutura e os motivos decorativos interiores foram comparados aos mais belos teatros do norte, designadamente ao Teatro-Circo de Braga. A arquitetura do interior é em forma de ferradura, com um teto abobadado e decorado com motivos famosos, além da figuração do firmamento.   
Em 1981 foi encerrada ao público devido à degradação do edifício.
Em 2002 foi adquirida pela Câmara Municipal de Fafe que a reconstruiu.

domingo, 22 de novembro de 2015

Jardim do Calvário (Fafe)

País: Portugal
Concelho: Fafe
Freguesia: Fafe


Travessa do Calvário, Fafe.
O mais importante jardim público da cidade.
Tomou o nome do lugar onde foi edificado.
A sua construção data de finais do século XIX, da autoria de Domingues Fernandes e Francisco Cerdeira. A iniciativa da sua edificação deve-se ao então Presidente da Câmara, José Florêncio Soares e teve o apoio do ilustre brasileiro fafense, Comendador Albino de Oliveira Guimarães. A inauguração solene do Jardim ocorreu em 26 de Dezembro de 1892.
No século XX foi construído um coreto no local, bem como um ringue para práticas de lazer, posteriormente transformado em parque infantil.
A sua revitalização data de 2008. Foi inaugurado em 25 de abril.
Local privilegiado de onde se abarcam paradisíacas vistas sobre as paisagens rurais circundantes à cidade. 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Praia de Mira

País: Portugal
Concelho: Mira
Freguesia: Praia de Mira

Praia urbana com longo areal de areia dourada e fina, rodeada de dunas e banhada por um mar enérgico e abrasivo que, por isso mesmo, atrai os amantes de desportos marítimos como o surf, bodyboard e kitesurf.
Orgulha-se de ser a única zona balnear marítima a ostentar continuamente o galardão da Bandeira Azul desde a sua criação, em 1987.
Ainda é possível ver a faina da pesca, atividade muito característica e interessante. Os barcos, que são arrastões, têm boas dimensões e a forma de meia-lua, levantados na proa e na popa para se manterem ao de cima logo que entram na água e se adaptarem perfeitamente ao espaço que existe entre vagas. 

domingo, 8 de novembro de 2015

Ponte Romana de Trajano

País: Portugal
Concelho: Chaves
Freguesias: Santa Maria Maior e União das Freguesia da Madalena e Samaiões

Rua da Ponte, Chaves.
Ponte sobre o rio Tâmega.
Foi construída no ano 104 e dedicada ao imperador Vespasiano.
Veio substituir a passagem de calçada romana ai existente permitindo a travessia do rio a qualquer altura do ano. Nela trabalharam escravos, capturados a vários povos autóctones da região, como parece constar de uma das colunas colocadas a meio da ponte.
É o mais notável legado de Roma a Aquae Flavie, sendo atualmente, o vestígio mais evidente da ocupação romana.
O tabuleiro, com 140 metros de comprimento, apoia-se em 12 arcos de volta redonda visíveis e em 4 soterrados. Inicialmente eram 22. 
Em cima da ponte estão duas colunas cilíndricas epigráficas, que testificam ter sido esta ponte edificada no reinado do imperador Trajano a expensas dos flavienses. Uma assinala a construção da ponte, e a outra estava numa calçada romana anterior à ponte, mas foi retirada quando a calçada foi destruída, no início do século XX. 

sábado, 7 de novembro de 2015

Castelo de Vila Nova de Cerveira

País: Portugal
Concelho: Vila Nova de Cerveira
Freguesia: União das Freguesias de Vila Nova de Cerveira e Lovelhe

Praça da Liberdade, Vila Nova de Cerveira.
Plantado sobre um pequeno morro, na margem esquerda do rio Minho.
Não se sabe ao certo a data da sua construção. Sabe-se que já vinha no dote de Dona Mécia Lopes de Haro, quando casou com Dom Sancho II.
Apresenta planta oval e era defendido por oito torres quadradas, de diferentes alturas, desenvolvidas no perímetro exterior da muralha, integrando o baluarte de São Miguel, sobre o rio.
A sua entrada faz-se pela denominada Porta Nova, que ostenta as armas do Reino. Atravessado o portão, vê-se o arco gótico da muralha medieval, segunda e verdadeira porta do castelo.
A Torre de Menagem está desligada da muralha e da porta de entrada.
Até 2008 funcionou como Pousada de Dom Dinis sob gestão do Grupo Pestana.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Viana do Castelo

País: Portugal
Concelho: Viana do Castelo


A cidade de Viana do Castelo é a capital do Alto Minho e está situada a 68 km a norte do Porto. 
É conhecida como a Princesa do Lima e denominada capital da cultura folclórica do Minho.
Localiza-se na foz do rio Lima, na sua margem direita e deitada ao seu comprido, em terreno plano, com os pés no oceano e com a cabeça engrinaldada de verdura, protegida pelo monte de Santa Luzia (o melhor miradouro de Viana).
Encontra-se no centro de um triângulo que tem como vértices as cidades de Vigo, Porto e Braga.
O concelho confina com os municípios de Caminha, Ponte de Lima, Esposende e Barcelos.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Valença

País: Portugal
Concelho: Valença
Freguesia: União das Freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão

Valença é uma vila minhota situada a 54 km a nordeste de Viana do Castelo.
É também conhecida por Valença do Minho.
Ergue-se a 72 metros de altitude, num morro sobranceiro ao rio Minho, fronteira à cidade espanhola de Tui.
Harmoniosa povoação, famosa pelas suas muralhas, artesanato típico e grande atividade comercial. A sua posição fronteiriça tornou-a conhecida regionalmente como mercadillo.
É uma atraente povoação com um bonito bairro velho localizado entre os seus dois fortes, ligados por uma passagem.
Tem uma paisagem marcada pelo rio Minho, bem encaixada no vale, com encostas coroadas por cabeços de altitude média. A forte humanização desta paisagem é patente no retalhe geométrico dos campos de cultivo, onde predomina a vinha.
Até ao século XIII era denominada de Contrasta, por “estar oposta a outra” que era Tui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Ponte Medieval de Ponte da Barca

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte da Barca \ União das Freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães
Portugal \ Viana do Castelo \ Arcos de Valdevez \ Paçô

Ponte sobre o rio Lima, Ponte da Barca.

Liga o concelho de Ponte da Barca (freguesia de Ponte da Barca) ao de Arcos de Valdevez (freguesia de Paçô).

Está classificada como Monumento Nacional desde junho de 1910.

É considerada uma das mais importantes pontes medievais do país.

Foi construída no século XVI, ao que parece, fortificada, com uma torre disposta do lado da vila. Substituiu uma anterior ponte erguida na segunda metade do século XIV, em estilo gótico, responsável pelo nascimento do topónimo Ponte da Barca.

Em 1761 foi reformada ou restaurada, tendo-se construído os contrafortes laterais encimados por espaldar concheado e brasonado, um deles inscrito.

Em 1895, voltou a ser reparada, assinalada na outra cartela, com alargamento do tabuleiro e substituição das antigas guardas de granito por grades de ferro. Terá sido neste período que a torre foi demolida.

Tem cerca de 200 metros de comprimento. Apresenta tabuleiro em cavalete suave, sobre dez amplos arcos de volta perfeita ou apontados, assentes em fortes pilares com talhamares, estando o primeiro, do lado da vila, parcialmente entaipado com a rampa de acesso à ponte e plataforma sobrelevada de sustentação do parque. Oito dos seus arcos são de origem quinhentista e os dois centrais resultam do alargamento e remodelações feitas em 1761 e 1895. Entre os arcos, nos tímpanos, veem-se olhais góticos, também eles em arcos de volta perfeita ou quebrado.

O pavimento em cavalete, está debruado de parapeitos, que modilhões borgonheses ajudam a sustentar.

Sensivelmente a meio da ponte possui, de ambos os lados, um contraforte, criando um espaço semicircular onde assenta, em decoração barroca, os brasões dos concelhos a que pertence. A montante localiza-se a primitiva pedra de armas da vila de Ponte da Barca, que representa em campos de prata, as armas de Portugal, com as cinco quinas e sete castelos, sobre uma barca de ouro, alusivo à antiga barca que unia as duas margens do Lima. Termina em coroa fechada. A jusante situa-se o brasão correspondente a Arcos de Valdevez, constituído por esfera armilar coroada por cruz de Cristo.

Painel informativo localizado junto ao monumento, 2020
monumentos.gov.pt

domingo, 25 de outubro de 2015

Capela do Espírito Santo (Paredes de Coura)

País: Portugal
Concelho: Paredes de Coura
Freguesia: União das Freguesias de Paredes de Coura e Resende

Rua Doutor Albano Barreiros, Paredes de Coura.
Está situada numa posição sobranceira à vila, integrada em adro murado e pontuado por frondosas árvores. É antecedida por escadaria monumental de duplo lanço.
Templo reconstruído no século XVIII, em traça barroca e neoclássica.
A fachada principal é rasgada por portal de verga abatida, enquadrado por moldura recortada e coroada por frontão curvo invertido. Termina em frontão recortado, com moldura decorada por volutas, tendo ao centro nicho com a imagem da Santíssima Trindade.
Apresenta planta longitudinal, de grandes dimensões, composta por nave única e capela-mor retangulares.
No interior destacam-se a talha dourada e alguns elementos decorativos nos vãos.
Tem adossado a Casa da Confraria.

Monção

País: Portugal
Concelho: Monção

Vila do Alto Minho situada a 67 km a nordeste de Viana do Castelo, junto à fronteira com Espanha, quase em frente da povoação galega de Salvaterra.
A localidade está situada na margem esquerda do rio Minho, a 37 metros de altitude.
No interior do vasto polígono amuralhado que outrora cingia a povoação encontra-se a vila medieval. No exterior dos muros desenvolveu-se a vila moderna, com casas brasonadas e outros valiosos edifícios.

As origens de Monção são desconhecidas, havendo quem defenda que teve origem no local onde atualmente se encontra a povoação de Cortes, a 2 km a oeste da vila.
No início da Nacionalidade era apenas uma terra sem grande importância. O então centro administrativo e guerreiro situava-se no Castelo da Penha da Rainha.
Nas Inquirições de 1258 já surge com a categoria de vila.
A 12 de março de 1261 recebeu foral de Dom Afonso III, com regalias semelhantes às de Valença, o que denota ser já uma povoação fortificada.
Durante o reinado de Dom Fernando (1367-1383), a vila sofreu vigorosos ataques das forças castelhanas comandadas por Henrique de Trastâmara. Terá então ocorrido o lendário levantamento de um cerco graças ao estratagema de Deuladeu Martins, mulher do alcaide Vasco de Abreu, ao lançar aos cansados castelhanos os últimos pães que restavam na fortaleza, fazendo-lhes assim crer que os mantimentos davam ainda para muito tempo.

domingo, 18 de outubro de 2015

Parque Nacional da Peneda – Gerês

País: Portugal
Concelhos: Arcos de Valdevez, Melgaço, Montalegre, Ponte da Barca e Terras de Bouro

Parque criado em 1971.
É uma das maiores atrações naturais do país.
Cobre uma área global de 70 929 hectares com pouca presença humana. Com a fronteira de Espanha, a Reserva Natural da Peneda-Gerês perfaz cerca de 100 km atravessando quatro serras: Peneda, Soajo, Amarela e Gerês. Tem forma de ferradura com abertura voltada para Espanha.
Constitui um prolongamento das elevações da Galiza numa morfologia de altitude em que a rocha nua impera sobre o manto vegetal.
O extremo noroeste corresponde ao planalto de Castro Laboreiro, na serra da Peneda. A concavidade central corresponde à serra Amarela (Lindoso) e ao vale do rio Homem (com a albufeira de Vilarinho das Furnas e a fronteira de Portela do Homem). Imediatamente a sul situa-se o coração do parque e sua zona mais conhecida: o vale do rio Gerês, Caldas do Gerês e a albufeira da Caniçada. No extremo contrário estende-se o planalto de Mourela, onde se encontram as aldeias comunitárias de Pitões das Júnias e Tourém.
Em nome da preservação do Parque existem restrições no acesso a determinados locais. É o caso da estrada que vai de Caldas do Gerês à Portela do Homem, onde os vestígios de ocupação romana se harmonizam com a beleza do rio. Marcos miliários, lagoas e postos de informação cobertos de colmo fazem parte do percurso.
As maiores elevações são atingidas nos lugares de Nevosa, em Terras de Bouro (1545 metros) e Altar de Cabrões (1538 metros).
Apesar de já terem desaparecido da zona espécies emblemáticas, como o urso-pardo e a cabra-brava, ainda existe no parque uma grande diversidade, como o garrano-do-Gerês, o corço, o esquilo-vermelho, as fuinhas, o gato-bravo, o javali, o lobo, a lontra, a raposa e a toupeira-de-água.
De entre os animais domésticos menciona-se o cão Castro Laboreiro, originário da serra e do planalto do Soajo, o gado barrosão e a vaca de cachena, o mais pequeno dos bovinos portugueses.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Caminha

País: Portugal
Concelho: Caminha

Vila minhota situada a 24 km a norte de Viana do Castelo, na desembocadura do rio Minho. 
A povoação encontra-se rodeada por rio, mar e montanha, em lugar de rara beleza. 
O seu casario, rodeado de muralhas, espraia-se a 11 metros de altitude ao longo de uma língua de terra, na confluência do rio Coura com o rio Minho, sobranceira ao altivo morro cónico galego de Santa Tegra. 
A vila de Caminha tem um encanto muito especial.
O município é limitado a sul pelo de Viana do Castelo, a norte pelo rio Minho, a nascente pelos concelhos de Vila Nova de Cerveira e Ponte de Lima e a poente pelo Oceano Atlântico. É o concelho mais setentrional da costa portuguesa.
Está ligada ao país vizinho por um ferry-boat diário.
É uma região com um património histórico muito rico, com as suas casas senhoriais, igrejas, portões decorados e ruas sinuosas. 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Arcos de Valdevez

País: Portugal
Concelho: Arcos de Valdevez

Arcos de Valdevez é uma vila minhota localizada a 47 km a nordeste de Viana do Castelo.
O casario situa-se a 48 metros de altitude, num vale profundo, estuante de verdura, sob a proteção de alcantilados picotos graníticos.
É atravessada pelo rio Vez, que lança as suas águas no rio Lima, 5 km a sul.
Goza da fama de ter uma das maiores concentrações de monumentos religiosos do país.
Ambas as margens foram, ao longo dos séculos, longilineamente ocupadas, ainda que a margem direita, correspondente a Salvador, esteja implantada na crista de uma muralha de matriz granítica, sobranceira a uma das curvas do rio, formando um promontório propenso à vigilância e à defesa, que acolheu, na sua origem, o burgo, e onde assenta o casco antigo da vila.
São Paio, na margem esquerda, oferece uma planície onde o povoamento deriva de matriz mais rural, tendo sido objeto de urbanização mais recente. 
O concelho é um dos maiores do país. A quase totalidade das suas freguesias integra o complexo montanhoso da Peneda-Gerês.
A sua toponímia deve-se à implantação nas orlas graníticas do rio Vez e à construção de uma ponte de três arcos sobre o rio Vez, durante os séculos XII ou XIII.
Há quem defenda ainda que o nome provém de Arcobriga, nome da cidade romana que ali existiu.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Sines

País: Portugal
Concelho: Sines
Freguesia: Sines

Cidade alentejana situada a 132 km a sul de Setúbal.
O centro histórico estende-se ao longo da falésia, do Castelo ao Forte do Revelim.
Pensa-se que o topónimo Sines deriva de sinus, palavra romana para baía.
Sines cresceu como aldeia piscatória.
Entre finais do século XII e inícios do século XIII foi conquistada aos árabes e confiada à Ordem de Santiago de Espada em 1217.
Em 1362, recebe Carta de Foral pelo rei Dom Pedro I, interessado nas suas funções defensivas da costa.
No dia 1 de Julho de 1512 recebe Foral Novo, concedido por Dom Manuel I.
Durante o século XIX, o seu concelho foi extinto, passando a pertencer a Santiago do Cacém.
Em 1914, o concelho foi restaurado.

sábado, 10 de outubro de 2015

Estação Arqueológica do Creiro

País: Portugal
Concelho: Setúbal
Freguesia: União das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)

Praia do Creiro, Portinho da Arrábida.
A estação arqueológica é composta por um complexo industrial romano de produção de salgas de peixe. Dispunha de unidade fabril, balneário e armazéns.
O edifício fabril foi construído no terceiro quartel do século I, tendo sofrido obras de remodelação no final do mesmo século, responsáveis pelo aumento do número de tanques. Manteve-se em laboração até aos séculos IV-V.
Os tanques de salga, onde o peixe (sardinha e cavala) macerava em sal, possuem os fundos e paredes revestidos a opus signinum. Na sua construção foram evitadas, por questões de higiene, as arestas vivas, optando-se por arestas em “meia cana”.
O balneário tinha banhos quentes (caldarium) e frios (frigidarium), contemporâneos do funcionamento da fábrica de salgas de peixe.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Santiago do Cacém

País: Portugal
Concelho: Santiago do Cacém
Freguesia: União das Freguesias de Santiago do Cacém, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra


Santiago do Cacém é uma vila alentejana situada a 110 km a sul de Setúbal.
Foi conquistada aos mouros, em 1158, pelos cavaleiros templários.
Em 1186, Dom Sancho I doa-a à Ordem de Santiago e Espada.
Em 1211 foi conquistada pelas forças do poderoso califa almóada Al-Mansor.
Em 1217, foi tomada definitivamente pelas forças cristãs comandadas por Dom Soeiro, bispo de Lisboa. Regressa ao poder da Ordem de Santiago.
Data de 1255, um documento entre a Ordem de Santiago e o Concelho de Beja, acerca do direito de compáscuo (direito de usar de pasto comum), onde surgem os selos dos concelhos que estavam debaixo do senhorio da Ordem, entre eles o de S. Yacobo de Cazem (atual Santiago do Cacém). Trata-se de um dos primeiros documentos em que Santiago surge como concelho.
Remonta a 1301 o mais antigo aforamento para a construção de uma habitação em Santiago do Cacém, na Rua Condes de Avillez (antiga Carreira). Antes desta data, a vila encontrava-se no interior do castelo.
Em 1383, o mestre da Ordem Espatária colocou-se ao lado do mestre de Aviz, como consequência, Santiago do Cacém foi invadida pelas tropas de Castela e libertada, meses depois, por Dom Nuno Álvares Pereira.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Antigos Paços do Concelho de Grândola

País: Portugal
Concelho: Grândola
Freguesia: União das Freguesias de Grândola e Santa Margarida da Serra

Praça Dom Jorge, Grândola.
Edifício iniciado em 1725 por ordem do Corregedor da Comarca, para albergar as novas Casas da Câmara. O imóvel incluía cadeia masculina e feminina no piso térreo.
Em 1729 já ameaçava ruína, possivelmente devido à fraca qualidade dos materiais utilizados.
Em 1736 foi obtida nova provisão régia para a sua reparação, mas as parcas receitas do concelho prolongaram a obra até 1743.
O terramoto de 1755 provocou diversos danos no imóvel que ficou bastante arruinado. Só em 1779 se procedeu ao seu restauro.
Em 1919, na sequência do restauro da Comarca de Grândola, a Câmara deliberou ceder o edifício para a instalação do Tribunal e serviços anexos.
Adossado ao edifício encontra-se uma torre sineira com relógio.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Castelo de Almourol

País: Portugal
Concelho: Vila Nova da Barquinha
Freguesia: Praia do Ribatejo

O castelo de Almourol situa-se no topo de uma pequena ilha rochosa, no meio do rio Tejo.
É um dos monumentos militares medievais mais emblemáticos do país.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1910.
As suas raízes remontam possivelmente a um primitivo reduto lusitano, posteriormente romanizado.
Durante o período árabe, o castelo denominava-se Almorolan.
Em 1129 foi conquistada pelos cristãos e entregue aos Templários.
Em 1171 ficaram concluídas as obras mandadas edificar por Gualdim Pais, I Mestre da Ordem dos Templários em Portugal. Extinta a Ordem, o castelo entrou num progressivo esquecimento.
No século XIX foi restaurado, à luz de um ideal romântico. Muitas das estruturas primitivas foram sacrificadas em substituição do coroamento de merlões e ameias, bem como outros elementos de índole essencialmente decorativa.
Está à guarda do Exército desde 1898.
No século XX foi adaptada a Residência Oficial da República Portuguesa, sendo palco de importantes eventos durante o Estado Novo.
Tem disposição quadrangular, com altas muralhas protegidas por nove torres quadrangulares, adossadas, e pela torre de menagem, centro nevrálgico da estrutura. As ameias são resultado da reparação feita no século XIX.
A torre de menagem tinha três pisos e foi bastante modificada ao longo dos tempos. Mantém ainda importantes vestígios originais, como a sapata. Por cima da janela, é visível a cruz patesca, que foi a primeira dos Templários. 

domingo, 4 de outubro de 2015

Torres Novas

País: Portugal
Concelho: Torres Novas

Torres Novas é uma cidade ribatejana situada a 36 km de Santarém.
Assenta numa chã a 57 metros de altitude, nas margens do rio Almonda e nas colinas adjacentes, numa localização que durante muitos séculos foi estratégica.
O concelho de Torres Novas confina com os municípios de Tomar, Ourém, Alcanena, Santarém, Golegã, Entroncamento e Vila Nova da Barquinha.

O primeiro aglomerado populacional constituiu-se em redor do castelo.
Em 1148 foi conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques. 
Em 1185 caiu de novo nas mãos dos árabes que a perderam no ano seguinte e a recuperaram depois, para finalmente a abandonarem passado pouco tempo.
Em Outubro de 1190 Dom Sancho I outorgou-lhe o primeiro foral e mandou reconstruir o seu castelo, que havia ficado extremamente danificado.
No reinado de Dom João II (1481-1495), o monarca doou-a ao seu filho bastardo Dom Jorge, cujo filho Dom João foi o I Marquês de Torres Novas e o I Duque de Aveiro, e deste modo veio a cair em poder dos duques de Aveiro.
Em 1 de Maio de 1510 Dom Manuel outorgou-lhe foral novo.
Em 14 de Agosto de 1985 ascendeu a cidade. 

Praça da República (Alcobaça)

País: Portugal
Concelho: Alcobaça
Freguesia: União das Freguesias de Alcobaça e Vestiaria

Praça da República, Alcobaça.
Até à saída dos frades do convento, fez parte integrante do complexo Abacial.
Antiga Praça do Peixe, Praça das Amoreiras e ainda Praça Príncipe Dom Carlos.
A designação de Praça da República data de 8 de outubro de 1910, denominação ainda raríssima nessa época.
Já foi utilizada como mercado de frutas e legumes, depois como mercado de peixe e posteriormente como parque de estacionamento.
A atual configuração data de 1992.  
Está rodeada por edifícios históricos onde se destacam os dois Arcos designados por Cister e Claraval, integrados em construções setecentistas, que ligam este largo à Praça Afonso Henriques, outrora o antigo celeiro às outras dependências do mosteiro.
Tem ao centro uma fonte-escultura em homenagem aos monges.
Conta com esplanadas, área relvada e bancos de jardim.

sábado, 3 de outubro de 2015

Santarém

País: Portugal
Concelho: Santarém

Cidade, capital do Ribatejo.
Santarém situa-se a 78 km a nordeste de Lisboa.
Uma parte da cidade é ribeirinha, enquanto outra se instalou no planalto do esporão abrupto, a 108 metros de altitude, sobre o rio Tejo, na sua margem direita. A zona alta proporciona um excecional panorama do Tejo e das lezírias.
A riqueza patrimonial da cidade faz com que seja designada como a Capital do Gótico em Portugal.
O casario é composto por uma teia de ruas estreitas e sinuosas, becos, arcos, escadinhas e rampas que se adaptam ao ondulado do planalto e encosta, à semelhança de outras cidades e vilas rodeadas de muralha.
Santarém é o coração do Ribatejo e não se pode falar desta imensa planície sem lembrar os touros, os cavalos e os campinos vestidos de cores garridas, com o imprescindível barrete, faixa à cintura e meias até ao joelho. O colete encarnado, as meias brancas, o barrete verde com lista vermelha e a faixa vermelha só são usados em dias de festa. Montado a cavalo, é ele quem conduz os animais no campo com a ajuda de uma longa vara chamada pampilho. Ao campino está associada uma das danças típicas portuguesas – o fandango.