quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Quinta do Formal

País: Portugal
Concelho: Ovar
Freguesia: União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã

Rua do Formal, São Vicente de Pereira Jusã.
Quinta antiquíssima. Já constava na demarcação do Couto de Cucujães datado de 1139.
No século XII fazia parte do património da Ordem de Malta.
A partir do século XVII e até aos nossos dias manteve-se na mesma família.
A quinta é composta pela casa solarenga de inícios do século XVIII, capela e jardins. É cercada por alto muro e a entrada é feita através de um portão encimada por cruz ladeada de pilastras.
A casa apresenta volume simples vertical de dois pisos, com cobertura em telhado de quatro águas. Uma bela escadaria em granito dá acesso ao andar nobre.
A capela, dedicada a São José, foi erguida em 1719.

Igreja Matriz de São Vicente de Pereira

País: Portugal
Concelho: Ovar
Freguesia: União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã

Rua de Porto Igreja, São Vicente de Pereira Jusã.
É dedicada a São Vicente.
A sua origem remonta, pelo menos, desde 1258, ano em que aparece referida como igreja construída de novo.
O atual templo foi iniciado em 14 de fevereiro de 1756, em implementação diferente da anterior, que se situava a cerca de 100 metros. Foi inaugurada em 26 de agosto de 1764.
É constituída por nave de planta longitudinal, capela-mor, torre sineira e corpos simétricos laterais. Toda ela foi revestida, por volta de 1980, a azulejos industriais.
A fachada principal é rasgada por portal flanqueado por pilastras sobrepostas de entablamento, encimado por nicho com escultura do padroeiro, ladeada de aletas, e flanqueado pelas janelas do coro. A base da empena é recortada por óculo circular. A empena, recortada, é rematada no vértice por cruz e pináculos sobre os cunhais.
À esquerda da fachada situa-se a torre sineira, de planta quadrangular, com dois registos, pináculos sobre os cunhais e cobertura hemisférica coroada por cruz de ferro.
O interior, coberto por teto com caixotões de estuques (1908), é revestido por lambris de azulejos industriais (1930) e pavimentos em mármore (1985). Guarda dois púlpitos frontais datados de 1851 e retábulos e sanefas de madeira pintadas a branco, ouro e azul. Duas capelas com arcos de asa de cesto ladeiam a capela-mor. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Capela da Torre (São Vicente de Pereira Jusã)

País: Portugal
Concelho: Ovar
Freguesia: União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã

Rua da Torre, Lugar da Torre, São Vicente de Pereira Jusã.
Dedicada a São José.
Templo eclético mandado edificar em 1866 pelo Padre José Francisco da Silva Pereira.
Em 1880, António Gomes de Oliveira Santos manda-a ampliar com a capela-mor e no século XX a família Meneres, do Porto, oferece a torre sineira.
Apresenta nave de planta longitudinal, nave lateral, capela-mor e torre sineira adossada à direita da fachada principal.
A fachada principal, revestida com azulejos industriais, é rasgada por portal ladeado por dois postigos e encimado pela janela do coro a que se sobrepõe o nicho sobre cornija com a imagem do padroeiro. Todos os vãos são moldurados e de verga reta. Termina em empena triangular, encimada no vértice por cruz e pináculos sobre os cunhais.
A torre sineira, de planta quadrangular e registo único, termina em cúpula hemisférica coroada por cruz de ferro sobre bola, com pilastras nos cunhais e cimalha de cornija. Em cada face, uma ventana de arco pleno.
No interior, coberto por teto de abóbada arrancado de cornija, é revestido por um lambril de azulejos industriais e pavimento em mármore colocados em 1985. Conserva um coro alto com guarda de balaustrada de madeira, um púlpito do lado do Evangelho com bacia de pedra sobre mísula e guarda plena de madeira entalhada pintada a ouro e marmoreado, e um arco triunfal de volta perfeita sobre pilastras. 
A capela-mor, coberta por teto de abóbada rebocada e pintada, é revestida por lambril de azulejos, com pavimento de mosaico. Guarda um retábulo de talha dourada de três nichos, mais largo o central, entre duas colunas de fuste espiralado e alto espaldar decorado com putti.

domingo, 6 de novembro de 2016

Castelo de Penela

País: Portugal
Concelho: Penela
Freguesia: União das Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal

Rua do Castelo, Penela.
Classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910. 
Implanta-se sobre uma colina calcária, em posição dominante sobre a vila.
Acredita-se que tem origem numa torre militar romana com a função de vigia da estrada que unia Mérida a Conimbriga e a Braga.
Em 716 foi invadida pelos árabes que aqui erigiram uma alcáçova.
Em 1064 foi tomada por Fernando Magno que a entregou ao conde Dom Sesnando Davides para a repovoar, facto comprovado no seu testamento datado de 1087. Integrava na época a chamada Linha Defensiva do Mondego e tinha como função a guarda avançada de Coimbra.
Em 1116 ou 1117 terá voltado a cair nas mãos dos mouros.
Em 1129 foi reconquistada por Dom Afonso Henriques que o mandou ampliar e converter o castelejo em torre de menagem.
No início do século XIV, Dom Dinis manda edificar a torre de menagem e a cerca da vila, composta por doze torres.
No século XV, o infante Dom Pedro, Duque de Coimbra empreendeu uma grande campanha de obras, com destaque para o Paço Ducal e a reformulação da Igreja de São Miguel, o castelejo e a Porta da Vila.
Em 1755, o Terramoto causou a queda da Torre do Relógio bem como a Porta com o mesmo nome. Para a reconstrução da torre, em 1760, foi sacrificada a pedra desta porta.
No século XX encontrava-se num estado próximo da ruína. A intervenção realizada pela Direção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, nas décadas de 1940 e 1950, conferiu-lhe a sua configuração atual. Foram refeitas as muralhas e ameias e desmanteladas as casas adossadas às muralhas bem como a torre sineira setecentista.
O castelo apresenta planta poligonal irregular, de recorte sinuoso, aproveitando o escarpado natural. É constituída pelos estilos sesnadino, românico, gótico (no seu aspeto geral) e manuelino. Alberga no seu interior a Igreja de São Miguel e a casa paroquial/Museu de Arte Sacra.
A Porta da Vila, também chamada de Porta do Cruzeiro, situa-se a sudoeste. Foi erguida no século XV. Apresenta porta em arco pleno, no exterior do qual se começou a estender o arrabalde.
A Porta da Tradição, ou dos Campos, situa-se a nordeste. Foi erguida no século XIV durante a ampliação da cerca do castelo para acesso aos campos. A sua localização dissimulada permitia um trânsito discreto. É composta por uma dupla abertura em cotovelo integrada numa torre quadrangular, de grande eficácia defensiva: para além de dificultar a entrada de rompante das tropas inimigas e a utilização de arietes, encurrala-as num espaço de difícil movimentação, sujeitando-as ao disparo vertical por parte dos defensores do castelo que se encontram no alto das muralhas e torres. Esta saída permite contornar o castelo pelo estreito caminho de ronda entre as muralhas e o despenhadeiro de 90 metros, num percurso de onde se desfruta ampla paisagem envolvente.
Porta do Relógio ou Brecha das Desaparecidas, virada a sul, constitui atualmente a principal entrada no castelo. Era a porta que ligava o arrabalde mais diretamente à igreja. Ficou danificada com o terramoto de 1755 e mais tarde foi demolida. 
O Castelejo ou Torre de Menagem encontra-se no topo do mais alto afloramento rochoso. É o troço mais antigo do castelo, construído entre as décadas de 1070 e 1080 por Dom Sesnando. Esta pequena estrutura de recorte irregular aproveita de forma excecional o acidentado do relevo para garantir a segurança da estrutura. Constituía à época uma fortaleza perfeitamente autónoma, munida de todos os elementos essenciais: panos de muralha, pátio para albergar uma guarnição militar e um número reduzido de portas. No centro situava-se uma ampla cisterna escavada na rocha, para a recolha e armazenamento das águas pluviais, essencial à sobrevivência da população em caso de cerco. Foi Dom Afonso Henriques, após a conquista aos mouros, que a converteu em torre de menagem. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Igreja de São Miguel de Penela

País: Portugal
Concelho: Penela
Freguesia: União das Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal

Igreja situada no interior do castelo de Penela.
Igreja Matriz de Penela.
A mais antiga referência a esta igreja remonta ao foral de Dom Afonso Henriques, datado de 1137. Nela refere a existência de um templo no interior do castelo.
Em 1160 já aparece como invocação a São Miguel.
Cerca de 1420 foi profundamente remodelada pelo infante Dom Pedro, Duque de Coimbra e Senhor de Penela. A grande devoção que Dom Pedro tinha ao Arcanjo São Miguel levou-o a doar à igreja uma relíquia do mártir São Sebastião, uma pequena parte do crânio que o Papa Martinho V lhe tinha oferecido. Deixou escrito em testamento que a relíquia devia ser permanentemente iluminada com o azeite proveniente destes seus domínios. A relíquia acabou por desaparecer, eventualmente, durante as invasões francesas.
A atual edificação resulta de uma ampla reforma na segunda metade do século XVI, em traça renascença coimbrã.
O aspeto exterior que hoje mantém é resultado da intervenção de cerca de 1950, altura em que lhe foi acrescentada a torre para a colocação do relógio, retirado de uma das torres do castelo.
É composta por três naves divididas por duas arcadas, capela-mor, torre sineira e sacristia.
A capela-mor, antecedida por arco triunfal, é toda ela revestida a talha dourada na sua maioria do século XVII ou inícios do XVIII. Conserva painéis laterais com pinturas barrocas representando São Miguel.
Lateralmente ao arco cruzeiro existem dois altares, também de talha dourada barroca. No da esquerda destaca-se uma interessante imagem em pedra de Ançã representando a Virgem com o Menino executada por João de Ruão em data próxima de 1530. Realce ainda para a imagem de Santa Ana executada no século XIV.
A sacristia alberga uma tela representando São Miguel na pesagem das almas, proveniente do altar-mor.
Destaque ainda para uma pia batismal manuelina.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Nelas e Canas de Senhorim

Localidade termal situada a 7 km a sudeste de Canas de Senhorim e a 8 km a sul de Nelas, em pleno vale do Alto Mondego.
Encontra-se a 210 metros de altitude, encravada entre as serras da Estrela, Buçaco e Caramulo, na margem direita do rio Mondego, que a divide do concelho de Oliveira do Hospital,
A povoação é dividida pela ribeira da Pentanha que na zona do balneário e Grande Hotel tem o seu leito encanado por baixo destas construções, e vai desaguar no Mondego. A ribeira serve de delimitação territorial às freguesias de Canas de Senhorim e Nelas.
A vila é pequena e vive do negócio das termas, com diversas residenciais e hotéis. O casario desenvolve-se em dois núcleos: o primitivo, localizado no sopé de uma pequena colina onde se encontra a capela do Bom Sucesso, na margem esquerda da ribeira de Pantanha, e o que é constituído pelo balneário e Grande Hotel. 
A referência mais antiga ao lugar remonta às Memórias Paroquiais de 1758. Apesar de não fazer alusão à povoação, menciona uma nascente quente e sulfúrica no limite da aldeia de Vale de Medeiros. Era então utilizada por pastores e caçadores para a cura dos seus animais.
A povoação nasceu no início do século XIX, graças ao padre José Lourenço, de Canas de Senhorim, que aqui mandou construir a primeira casa de habitação durante os seus tratamentos com as águas termais. O lugar era na época denominada de Banhos ou Caldas de Vale de Medeiros.
Em 1810, outro padre, também de Canas de Senhorim, de nome José Ignácio de Oliveira, mandou construir um barracão de madeira para que os doentes se resguardassem enquanto tomavam o seu banho. Nasceu assim o chamado barracão do banho velho, tal como uma capela e as casas da capela.
Em 1818, o povoado já era constituído por 13 fogos e 50 habitantes.
Em 1867 as suas águas foram reconhecidas pela Exposição Universal de Paris.
Em 1880 passou a ser conhecida como Felgueira de Cantagalo, pelo facto de o arquiteto Rodrigo Maria Berquó, que dirigiu a exploração da nascente, ser filho dos marqueses de Cantagalo.
A 7 de agosto de 1882 foi formada a Companhia das Águas Medicinais das Caldas da Felgueira, concessionadas a José Maria Marques Caldeira.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Rio Mondego nas Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Canas de Senhorim e Nelas

Caldas da Felgueira situa-se no vale do Alto Mondego, na margem direita deste que é o quinto maior rio português e o primeiro de todos os que têm o seu curso somente no país.
O rio Mondego nasce no Mondeguinho, freguesia de Mangualde da Serra, Gouveia e no seu percurso até à Figueira da Foz, onde desagua, passa por Caldas da Felgueira.
As margens das Caldas disponibilizam diversas áreas de lazer. Uma das mais interessantes situa-se nas traseiras do Grande Hotel das Caldas, seguindo pelo caminho em terra batida localizado junto à Ponte do Mondego, composto por pequeno areal e onde se pode banhar.
Perto, numa zona mais rochosa, o rio afunila e forma várias lagoas. O acesso é feito pela Avenida António Marques, no primeiro caminho pé posto que desce em direção ao rio, logo após o Grande Hotel. 
Na antiga aldeia da Barca, já do outro lado da ponte e local onde é habitual a presença de pescadores, um açude marca o ritmo o rio.

Termas das Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesias: Canas de Senhorim e Nelas

Avenida António Marques, Caldas da Felgueira.
A utilização das águas das Caldas da Felgueira remonta ao início do século XIX e o primeiro doente a curar os seus males através das águas foi o padre José Lourenço.
Em 1867 as suas águas foram reconhecidas pela Exposição Universal de Paris como importantes no setor da saúde.
Em 1989 sofreu uma grande renovação, com o início das obras e ampliação do Balneário Termal em 1995. O novo Centro Termal funciona desde 1997. 
A sua água mineral é de natureza sulfúrea primitiva, com pH de 8.4, bicarbonatada, fluoretada e sódica. Brota a 35,8ºC e é usada nos tratamentos de afeções reumáticas e músculo esqueléticas como a osteoartrose e reabilitação articular e muscular, com bons resultados nas artropatias traumáticas. Nos tratamentos das vias respiratórias é vocacionada para o tratamento de asma, bronquite, rinite e sinusite.

domingo, 2 de outubro de 2016

Pelourinho de Canas de Senhorim

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Canas de Senhorim

Largo do Pelourinho, Canas de Senhorim.
O original pelourinho terá sido erigido cerca de 1514, após receber foral de Dom Manuel I.
Em 1867, após a restauração do concelho, o pelourinho foi transferido para o local dos novos paços do concelho.
Em fevereiro de 1897 o pelourinho original foi destruído por estorvar o trânsito, dele sobrevivendo apenas o capitel e alguns fragmentos.
Em 1935, Alberto António de Sousa Ferreira, mandou erigir um novo pelourinho, inspirado nos fragmentos existentes, inaugurado em 8 de julho do mesmo ano. Possuía degraus e fuste oitavados, capitel de moldura pouco saliente e remate em tronco piramidal octogonal com um primeiro registo vertical e um segundo inclinado até ao vértice. Foi destruído por um veículo em 1984.
Em 1987 foi construído um novo e atual pelourinho, idêntico ao monumento original, obra do pedreiro António Gonçalves Bento. 
Monumento em cantaria de granito, com cerca de dois metros de altura, constituído por soco de quatro degraus quadrangulares, estando os dois primeiros semienterrados, vencendo o desnível do arruamento. É encimado por coluna com fuste de secção quadrangular, de ângulos chanfrados e de base quadrada, onde assenta diretamente o capitel em gola côncava, octogonal, e de rebordos salientes. Remata em pináculo piramidal de faces lisas.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Pelourinho de Fornos de Algodres

País: Portugal
Concelho: Fornos de Algodres
Freguesia: Fornos de Algodres


Largo do Pelourinho, Fornos de Algodres.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 11 de outubro de 1933.
O atual pelourinho de Fornos de Algodres é uma reconstrução do século XX, em estilo revivalista, com alguns elementos originais. O primitivo pelourinho tinha sido demolido em meados do século XIX, durante a revolução liberal, devido às alegadas dificuldades de trânsito.
A iniciativa da sua reedificação remonta a 1931 e deve-se a Alexandre de Abreu Castelo Branco, então presidente da Câmara, em colaboração com Pinheiro Marques. Só foi concretizada dois anos mais tarde, pelo mestre pedreiro José das Botas. Dos elementos originais apenas se preservam o terço inferior do fuste da coluna, a base e o remate da gaiola.
Soco constituído por seis degraus octogonais, o primeiro parcialmente enterrado no pavimento, adaptando-se ao declive do terreno. Apresenta coluna de fuste octogonal, de base quadrangular, chanfrada nos ângulos.
O capitel de secção octogonal, em forma de pirâmide truncada invertida, é antecedido por anel saliente, funcionando como base da gaiola. Esta tem chapéu assente em colunelo central liso e oito colunelos lavrados, terminados em esfera e decorados com anéis na parte inferior e superior.
Termina em chapéu, formando pirâmide truncada de base octogonal, encimado por cone torso ou estriado, coroado por volumosa esfera. 
O pelourinho de Fornos apresenta evidentes semelhanças com o vizinho pelourinho de Algodres.

domingo, 21 de agosto de 2016

Hospital Asylo Conde de Sucena

País: Portugal
Concelho: Águeda
Freguesia: União das Freguesias de Águeda e Borralha

Rua da Misericórdia, Águeda.
Mandado construir por José Rodrigues de Sucena, I Conde de Sucena, durante a primeira década de 1900. Ficou concluído em 1909 e substituiu o velho Hospital da Misericórdia que se situava no Barril, por não ter condições de higiene.
Em 1917, o Ministério da Guerra requisitou o edifício para nele instalar o Sanatório Militar de Águeda, destinado a repouso dos soldados vindos do Corpo Expedicionário Português em França.
A 15 de Agosto de 1922 é finalmente inaugurado como hospital, passando a ser gerido pela Santa Casa da Misericórdia de Águeda.
Em 30 de maio de 1949, José Sucena, filho do fundador e II Conde de Sucena, doou o Hospital à Santa Casa da Misericórdia de Águeda, que finalmente tomou posse definitiva do edifício, do qual detinha apenas o usufruto até essa data.
Em 10 de junho de 1976 foi oficializado como Hospital Concelhio, passando a ser gerido por uma comissão.
Em 24 de fevereiro de 1979 foi criado o Centro Hospital Aveiro Sul, constituído pelas já existentes unidades de Aveiro e Águeda.
A 4 de março de 1987, as duas unidades cresceram e passaram a assumir a sua própria autonomia, com o Hospital de Águeda a ser classificado como Distrital.

O imóvel encontra-se cercado por muro baixo sobreposto por gradeamento em ferro decorado, tendo acesso por portão com inscrição colocado entre pilares.
A fachada principal está dividida em três panos, sendo o central mais elevado, que corresponde à capela. Coroando os ângulos do templo e dos cunhais laterais, elevam-se imagens da Virgem e de Santos. Ao nível do piso térreo, tem um avançamento sobreposto por varanda com alpendre de ferro forjado.
A capela termina em frontão triangular, revestido de azulejos, exibindo as armas do Conde Sucena. É encimado por cruz no vértice. O interior tem paredes e tetos decorados com pinturas e um retábulo de madeira pintada a ouro.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Quinta da Aguieira

País: Portugal
Concelho: Águeda
Freguesia: Valongo do Vouga

Rua Visconde da Aguieira, Lugar da Aguieira, Valongo do Vouga.
Quinta vinícola que ocupa uma grandiosa área, constituída pela Casa solarenga dos Viscondes da Aguieira, com capela privativa, os anexos agrícolas e as famosas caves.
Foi construída no século XVIII e renovada no seguinte.
Os diferentes corpos da área residencial encontram-se ligados por uma passagem superior fechada, com três vãos de janela de cada lado.
A sua capela, dedicada a Nossa Senhora do Bom Despacho, foi fundada em 1735 por João Gomes Martins e sua mulher Maria Eufrásia Gomes Pacheco. Exibe um certo requinte decorativo, contrastando com a sobriedade das restantes construções. A fachada é rasgada por portal de verga reta encimado por frontão, óculo polilobado e brasão. O interior é coberto por um teto dividido em nove caixotões pintados com cenas da Paixão, de tipo corrente, datado da primeira metade do século XVIII. Conserva um retábulo de madeira entalhada dourada, formado por dois pares de colunas salomónicas com grinaldas e uma pequena escultura da padroeira, também do século XVIII.
Em 1997 foi adquirida pela Aveleda, empresa vinícola líder de mercado na Região dos Vinhos Verdes, e um dos maiores produtores de vinho em Portugal. A quinta possui cerca de 21 hectares de vinha. 
A fama dos vinhos desta propriedade remontam ao início do século XX.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

The Umbrella Sky

País: Portugal
Concelho: Águeda
Freguesia: União das Freguesias de Águeda e Borralha

Iniciativa que decorre entre os meses de julho e setembro, no centro de Águeda.
A cidade enche-se de milhares de guarda-chuvas coloridos que flutuam pelas ruas da baixa, pendurados em fios. Além de protegerem da chuva e do sol, criam um cenário multicolorido, graças ao reflexo das suas cores. As instalações destes chapéus completam-se com objetos urbanos decorados, como bancos de rua, candeeiros, caixas elétricas, escadarias ou fachadas.
O Umbella Sky cobriu Águeda pela primeira vez em 2012 e desde então tem-se alargado para as ruas vizinhas.
É apenas uma das muitas iniciativas do AgitÁgueda, festival de arte pública que nasceu em 2006 e ocorre anualmente em julho, composto por animação de rua, concertos, tasquinhas, entre outras atividades. 
As imagens do The Umbrella Sky já correram mundo através das redes sociais, levando à cidade milhares de visitantes.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Cineteatro de Ovar

País: Portugal
Concelho: Ovar
Freguesia: União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã

Rua Ferreira de Castro, Ovar.
Imóvel modernista projetado em 1943 pelos arquitetos Francisco Augusto e Luiz Helbling. Foi inaugurado em 30 de Dezembro de 1944.
Era constituído por uma sala de espetáculos para cerca de 1000 espetadores e um Salão de Festas.
Como muitos outros cineteatros espalhados pelo país, entrou em decadência e fechou as portas na década de 1980, abrindo esporadicamente para eventos ligados ao carnaval, à tradicional noite de Cantar dos Reis, ao Festovar, ao Festival da Canção de Ovar ou ao Ovarvídeo.
Infelizmente foi abandonado pelos autarcas locais que optaram por construir um edifício de raiz, como foi o caso do Centro de Artes, inaugurado em 25 de julho de 2009.
Após várias décadas ao abandono, e de mais recentemente sofrer uma série de derrocadas parciais, em agosto de 2016 a autarquia vareira tomou posse administrativa do edifício.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Praia Fluvial da Mamoa

País: Portugal
Concelho: Santa Maria da Feira
Freguesia: Milheirós de Poiares

Rua Casa da Mamoa, junto à escola EB 2,3, Milheirós de Poiares.
Praia situada no rio Ul, também chamado de rio Antuã.
Dispõe de vigilância de nadador salvador durante o período da época balnear que decorre em julho e agosto.
A sua construção é recente - remonta a 2011 - e é composta por cerca de 2 hectares de área verde e de um pequeno areal.
A profundidade da piscina fluvial varia entre os 1 e os 2,20 metros.
Como o espaço ainda é recente, não tem muitas sombras, devido às árvores ainda serem pequenas.
Está dotada de bar com esplanada, sanitários, balneário e posto de socorro.
Junto ao parque de estacionamento situa-se uma fonte de água potável.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Cruzeiro do Senhor do Galo

Portugal \ Braga \ Barcelos \ União das Freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro)


        Rua Dr. Miguel Fonseca, Barcelos. Localizado no interior do recinto do Paço dos Condes de Barcelos (Museu Arqueológico).

        Cruzeiro românico construído no século XIV. Originalmente encontrava-se no Alto de Barcelinhos, local onde existia a forca de Barcelos.

        Numa das faces estão representados o galo, o enforcado e São Tiago, ao passo que na outra face estão gravadas as figuras de Nossa Senhora e de São Bento, padroeiros de Barcelos.


        Conta a famosa lenda do Enforcado e do Galo de Barcelos.

        Existem várias versões sobre esta lenda, no entanto, todas elas estão em sintonia em relação à existência do galego em peregrinação a Santiago de Compostela, que é preso, à sua presença diante do juiz e aos acontecimentos posteriores.

        Uma das lendas passa-se numa estalagem muito concorrida, à beira da estrada velha. Certo dia, um romeiro que cumpria um voto a São Tiago de Compostela pernoitou na estalagem. A estalajadeira ficou logo enfeitiçada de amores por ele, mas o peregrino não foi acometido da mesma paixão, por estar em jornada piedosa. A mulher, despeitada pela indiferença do homem, urdiu a sua vingança, escondendo-lhe na bagagem valiosas pratas. Na manhã seguinte, o peregrino foi preso por ladrão, quando lhe encontraram as peças de prata no bornal. Levado à presença do juiz que se preparava para almoçar galo assado, o homem jurou-se inocente, mas perante as provas e segundo o costume, o juiz condenou-o à forca. O peregrino, subitamente inspirado pela intervenção divina, disse então ao juiz: - É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo assado cantar e provar a minha inocência. No momento em que penduravam o homem na forca, o galo ergueu-se e cantou mesmo. O juiz, perante o milagre, correu à forca e encontrou o peregrino pendurado pelo pescoço, mas salvo por São Tiago que o segurava pelos pés.

        Segundo a mesma lenda, o peregrino terá voltado a Barcelos alguns anos mais tarde e terá erguido o monumento.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Westminster Abbey

Country: England
Region: Greater London
Borough: City of Westminster

Broad Sanctuary, London.
Tem a designação oficial de Collegiate Church of St. Peter in Westminster.
Declarada Património Mundial da Humanidade pela UNESCO desde 1987.
É considerada uma das mais deslumbrantes igrejas góticas de toda a Inglaterra.
Foi mandada construir em 1050 por Edward the Confessor, no local de uma antiga igreja datada dos séculos VII-VIII. Foi consagrada a St. Peter no dia 28 de Dezembro de 1065.
A sua atual edificação deve-se ao rei Henry II (1154-1189).
Em 1245, Henry III ordenou várias remodelações ao estilo gótico francês, tomando como modelos as catedrais de Reims e Amiens.
Em 1534, Henry VIII, após a cisma com a Igreja Católica, extinguiu os mosteiros e este edifício torna-se no símbolo da soberania britânica universal.
Em 1540 a Abadia de Westminster torna-se Catedral.
O templo mede mais de 150 metros de comprimento e excede os 30 metros de altura.
No interior, as abóbadas góticas conferem-lhe um aspeto majestoso. Relicários, esculturas e o trono da coroação são algumas das suas preciosidades. A destacar também os claustros, o tesouro e o jardim mais antigo do país.
É nesta sumptuosa abadia que decorre, há perto de 1000 anos as cerimónias de coroação, casamentos, baptizados e funerais da monarquia.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Trafalgar Square

Country: England
Region: Greater London
Borough: City of Westminster

Trafalgar Square, London.
A maior praça londrina, símbolo do outrora poder britânico.
Encontra-se ladeada pela National Gallery, Canada House, South Africa House e a famosa silhueta da igreja de St. Martin-in-the Fields.
A vitória naval do almirante Nelson sobre a frota franco-espanhola em frente a Trafalgar no ano de 1805 – que terminou com a morte de Nelson – está na origem da construção desta praça, projetada por Nash em 1820 e construída em 1840 por Sir Charles Barry.
Os símbolos desta praça são a coluna de Nelson, as estátuas vitorianas de grandes generais ingleses e as duas fontes.
Aqui confluem Pall Mall, Mall, Whitehall, Charing Cross, a Cockspur Street e ainda Strand.

Tower of London

Country: England
Region: Greater London
Borough: Tower Hamlets

Tower Hill, London.
Classificada como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO desde 1988.
É o maior castelo normando do reino, com cerca de 7 hectares.
Foi mandada erigir no século XI por William the conqueror, sobre um antigo acampamento romano. Na época não era mais do que uma construção de madeira.
Só entre 1275 e 1285, durante o reinado de Edward I, é que este forte normando se transformou num castelo medieval. A fortaleza foi ampliada e, à primeira torre, a White Tower, seguiram-se outras doze.
Até James I chegar ao trono (1603-1625), a Tower constituía a principal residência dos reis ingleses.
Outrora, uma torre de vigia erguia-se perto da ponte levadiça sobre o fosso de 38 metros.
É ainda hoje guardado como no século XV, durante o tempo de Henry VII, pelos Beefeaters, os Yeomen Warders, no seu uniforme Tudor tradicional, debruado a vermelho, como manda a tradição. 
A Ceremony of the Keys (Cerimónia das Chaves) resistiu ao passar dos séculos: todos os dias às 22h a Tower é trancada.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Tower Bridge

Country: England
Region: Greater London
Boroughs: Tower Hamlets e Southwark

Tower Bridge Road, London.
Famosa ponte, conhecida em todo o mundo.
Iniciada em 1886, segundo projeto do arquiteto Horace Jones. Inicialmente o projeto tinha um modus operandi demasiado medieval, onde as básculas seriam levantadas por correntes. O projeto foi revisto em conjunto com John Wolfe-Barry e o mecanismo escolhido acabou por consistir num sistema hidráulico, sendo impulsionado por água pressurizada, que por sua vez seria bombeada por máquinas a vapor. Com a morte de Jones, Wolfe-Barry deu às torres um estilo mais aproximado ao vitoriano gótico, à semelhança dos fortes escoceses da Idade Média com as básculas a abrirem como uma ponte levadiça de um castelo. Foi inaugurada em 1894 com a presença do príncipe de Gales, Edward VII.
As duas torres têm 65 metros de altura e foram revestidas a granito vindo da região de Cornwall e pelas pedras de Portland para que a ponte ficasse parecida com a Tower of London.
Atualmente, as suas básculas já não dependem das máquinas a vapor. Um moderno sistema eletrónico é responsável por essa tarefa.
Alberga um museu aberto em Outubro de 1993 que conta a história da sua construção.
Os dois tabuleiros superiores pedestres foram encerrados e hoje albergam a “Tower Bridge Experience” onde se explica o funcionamento da ponte, e dá acesso aos tabuleiros pedonais superiores ou ao tabuleiro inferior. O antigo mecanismo ainda pode ser visto na antiga sala de máquinas da ponte. Os antigos motores a vapor foram reconstruídos com figuras artificiais.
Existe ainda neste local, um restaurante subterrâneo, uma zona de exposições e uma loja de souvenirs.
Ainda continua a ser bastante importante para o tráfego londrino, fazendo parte de um dos mais importantes corredores de tráfego da cidade, o London Inner Ring. 

domingo, 19 de junho de 2016

Temple Bar

Country: England
Region: Greater London
Council: City of London

Paternoster Row, London.
Localizada junto à Saint Paul’s Cathedral.
A única porta que resta na cidade de Londres. Marcava o limite entre as cidades de Londres e de Westminster.
Foi erigida em 1672, durante o reinado do Charles II, para substituir uma estrutura precedente de madeira, que sobreviveu ao grande incêndio de Londres, mas que estava caindo em ruínas. Projeto de Sir Christopher Wren, construção de Joshua Marshall e Knight de Thomas, com estátuas da autoria de John Bushnell.
Até 1878 esteve na junção da Fleet Street com a Stran, altura em que foi desmantelada porque impedia o fluxo de tráfego e a construção do Royal Courts of Justice.
Durante muitos anos não foi encontrado nenhum lugar para ele na cidade até que em 1887, o fabricante de cerveja Sir Henry Meux, adquiriu as pedras e reconstruiu a Bar como passagem na sua propriedade situada no parque de Theobalds, em Hertfordshire. Durante esse período foi declarada como Scheduled Ancient Monument, mas com o passar dos anos sofreu continuamente o vandalismo e a deterioração.
Em 1976, Sir Hugh Wontner fundou o Temple Bar Trust, com a finalidade de retorná-la à cidade.
Em 2001 a Courts of Common Council of the Corporation de Londres decidiu financiar todos os custos da sua remoção e reconstrução. O trabalho começou imediatamente e foi terminado em Novembro 2004. 

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Saint Martin-in-the-Fields

Country: England
Region: Greater London
Borough: City of Westminster

Trafalgar Square, London.
Uma das igrejas mais famosas de todo o mundo, dedicada a Saint Martin of Tours. 
Construída no local de uma antiga igreja medieval, o atual edifício foi edificado entre 1722 e 1726 pelo arquiteto James Gibbs (émulo de Wren), em estilo neoclássico.
O seu interior, repleto de galerias, recorda os templos românicos. De salientar a janela veneziana, a leste, e o coro.
A sua popularidade deve-a aos eventos de música clássica e à tradição caritativa de ajuda aos mais vulneráveis e desfavorecidos.
Ainda hoje a BBC World Service transmite inúmeros concertos que têm lugar nesta igreja.
Diariamente (excepto ao domingo), há um Craftsmarket no adro da igreja onde se pode adquirir, a bom preço, obras artísticas e roupa.
Alberga um premiado café na cripta.

domingo, 29 de maio de 2016

Castelo de Chaves

País: Portugal
Concelho: Chaves
Freguesia: Santa Maria Maior

Rua Infantaria 19, Chaves.
Está classificado como Monumento Nacional desde 22 de março de 1938.
A sua origem remonta aos romanos que terão edificado a primeira cintura de muralhas que envolveu o aglomerado.
No século VIII, os muçulmanos terão reforçado a fortificação.
Em 888 foi tomada por Afonso de Leão que determinou a reconstrução das suas defesas. Esta edificação é atribuída ao conde Odoário.
Sucedem-se as destruições e reconstruções das suas muralhas por parte dos árabes e cristãos.
Entre 1258 e 1259, Dom Afonso III mandou reconstruir as muralhas e deu início à edificação da torre de menagem. A construção desta torre foi uma resposta à construção do Castelo de Monterey, no lado oposto da fronteira, no reino da Galiza. As obras de fortificação estiveram encarregues a Fernando Fernandes Cogominho.
Dom Dinis, seu sucessor, deu prosseguimento às obras, concluindo a torre de menagem e a cerca da vila.
Data de 1509 a representação mais antiga que se conhece do Castelo de Chaves, desenho de Duarte d’Armas. Mostra um castelo de planta quadrangular, com quatro torres circulares nos quatro ângulos. Isolada no canto sudoeste situa-se a torre de menagem que ainda hoje subsiste. Um segundo perímetro de muralhas encerrava o castelo e a vila.
Durante as Guerras da Restauração (1640-1668), o castelo foi modernizado e adaptado para o sistema abaluartado, ao estilo Vauban. Foram reconstruidas as muralhas, mais baixas, escavados fossos, e erigidos o revelim da madalena e os fortes de São Francisco e São Neutel. O novo sistema defensivo multiplicou por três o perímetro da área fortificada. O traçado original de toda a estrutura defensiva da vila ficou a dever-se ao francês Michel L’École. 
No contexto da Guerra Peninsular, as suas defesas voltariam a ser guarnecidas.
A partir de 1880 começam a ser utilizadas várias instalações militares para fins civis. Outras estruturas serão demolidas ou amputadas e o crescimento da vila acabará por absorver e ocultar grande parte das cortinas e baluartes da maior praça de guerra transmontana.
O atual conjunto é marcado pelo castelo medieval, em posição dominante sobre a cidade, com planta retangular compreendendo a torre de menagem e, externamente, fortificações abaluartadas ao estilo Vauban. O sistema defensivo de Chaves tem aspetos que são únicos em Portugal. Não há nenhum outro caso com uma obra exterior do outro lado de um rio, ou um forte destacado com as dimensões e a importância de São Neutel.
Do castelo medieval sobreviveu apenas parte da muralha e a torre de menagem.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Paço dos Duques de Bragança (Chaves)

País: Portugal
Concelho: Chaves
Freguesia: Santa Maria Maior

Praça de Camões, Chaves.
Alberga o Museu da Região Flaviense.
Edifício mandado construir por Dom Afonso, I Duque de Bragança. A construção terá começado em 1410 e terá terminado em 1446. Não terá sido uma residência digna de um nobre, mas antes um pequeno albergue.
O atual edifício foi mandado construir em 1739 pelo Governador das Armas da Província de Trás-os-Montes, General Francisco da Veiga Cabral, para servir como quartel da Guarda Principal da praça-forte de Chaves e como prisão militar. Era composto apenas por um piso.
Após as obras de ampliação do quartel no início da década de 1940, chegou a possuir três pisos, quando aí funcionaram as casernas de um Regimento de Infantaria. Destas obras resultaram a destruição de dois panos da muralha medieval.
Em 1962 procedeu-se ao apeamento do último piso.
De salientar o belo portal encimado pelas armas reais, em pedra.

sábado, 30 de abril de 2016

Vilarinho das Paranheiras

País: Portugal
Concelho: Chaves
Freguesia: Vidago (União das Freguesias de Vigado, Arcossó, Selhariz e Vilarinho das Paranheiras)


Aldeia situada a 2 km de Vidago e a 15 km de Chaves.
Localiza-se na margem esquerda do rio Tâmega.
O povoado desenvolve-se junto à estrada nacional, estando o núcleo histórico situado mais para o interior. É composto por um interessante casario tradicional, com algumas belas fachadas e janelas.

O seu território é ocupado desde tempos longínquos, comprovado pela existência do Castro da Ribeira de Vilarinho, posteriormente romanizado.
Durante as invasões francesas, foi nesta terra que os soldados invasores escolheram para atravessar o rio Tâmega, para a margem direita, provavelmente pelos pontões de pedra ainda existentes e onde o rio tem menos profundidade. 
Em 2013, a sua freguesia foi anexada à de Vidago.