quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Nelas e Canas de Senhorim

Localidade termal situada a 7 km a sudeste de Canas de Senhorim e a 8 km a sul de Nelas, em pleno vale do Alto Mondego.
Encontra-se a 210 metros de altitude, encravada entre as serras da Estrela, Buçaco e Caramulo, na margem direita do rio Mondego, que a divide do concelho de Oliveira do Hospital,
A povoação é dividida pela ribeira da Pentanha que na zona do balneário e Grande Hotel tem o seu leito encanado por baixo destas construções, e vai desaguar no Mondego. A ribeira serve de delimitação territorial às freguesias de Canas de Senhorim e Nelas.
A vila é pequena e vive do negócio das termas, com diversas residenciais e hotéis. O casario desenvolve-se em dois núcleos: o primitivo, localizado no sopé de uma pequena colina onde se encontra a capela do Bom Sucesso, na margem esquerda da ribeira de Pantanha, e o que é constituído pelo balneário e Grande Hotel. 
A referência mais antiga ao lugar remonta às Memórias Paroquiais de 1758. Apesar de não fazer alusão à povoação, menciona uma nascente quente e sulfúrica no limite da aldeia de Vale de Medeiros. Era então utilizada por pastores e caçadores para a cura dos seus animais.
A povoação nasceu no início do século XIX, graças ao padre José Lourenço, de Canas de Senhorim, que aqui mandou construir a primeira casa de habitação durante os seus tratamentos com as águas termais. O lugar era na época denominada de Banhos ou Caldas de Vale de Medeiros.
Em 1810, outro padre, também de Canas de Senhorim, de nome José Ignácio de Oliveira, mandou construir um barracão de madeira para que os doentes se resguardassem enquanto tomavam o seu banho. Nasceu assim o chamado barracão do banho velho, tal como uma capela e as casas da capela.
Em 1818, o povoado já era constituído por 13 fogos e 50 habitantes.
Em 1867 as suas águas foram reconhecidas pela Exposição Universal de Paris.
Em 1880 passou a ser conhecida como Felgueira de Cantagalo, pelo facto de o arquiteto Rodrigo Maria Berquó, que dirigiu a exploração da nascente, ser filho dos marqueses de Cantagalo.
A 7 de agosto de 1882 foi formada a Companhia das Águas Medicinais das Caldas da Felgueira, concessionadas a José Maria Marques Caldeira.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Rio Mondego nas Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Canas de Senhorim e Nelas

Caldas da Felgueira situa-se no vale do Alto Mondego, na margem direita deste que é o quinto maior rio português e o primeiro de todos os que têm o seu curso somente no país.
O rio Mondego nasce no Mondeguinho, freguesia de Mangualde da Serra, Gouveia e no seu percurso até à Figueira da Foz, onde desagua, passa por Caldas da Felgueira.
As margens das Caldas disponibilizam diversas áreas de lazer. Uma das mais interessantes situa-se nas traseiras do Grande Hotel das Caldas, seguindo pelo caminho em terra batida localizado junto à Ponte do Mondego, composto por pequeno areal e onde se pode banhar.
Perto, numa zona mais rochosa, o rio afunila e forma várias lagoas. O acesso é feito pela Avenida António Marques, no primeiro caminho pé posto que desce em direção ao rio, logo após o Grande Hotel. 
Na antiga aldeia da Barca, já do outro lado da ponte e local onde é habitual a presença de pescadores, um açude marca o ritmo o rio.

Termas das Caldas da Felgueira

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesias: Canas de Senhorim e Nelas

Avenida António Marques, Caldas da Felgueira.
A utilização das águas das Caldas da Felgueira remonta ao início do século XIX e o primeiro doente a curar os seus males através das águas foi o padre José Lourenço.
Em 1867 as suas águas foram reconhecidas pela Exposição Universal de Paris como importantes no setor da saúde.
Em 1989 sofreu uma grande renovação, com o início das obras e ampliação do Balneário Termal em 1995. O novo Centro Termal funciona desde 1997. 
A sua água mineral é de natureza sulfúrea primitiva, com pH de 8.4, bicarbonatada, fluoretada e sódica. Brota a 35,8ºC e é usada nos tratamentos de afeções reumáticas e músculo esqueléticas como a osteoartrose e reabilitação articular e muscular, com bons resultados nas artropatias traumáticas. Nos tratamentos das vias respiratórias é vocacionada para o tratamento de asma, bronquite, rinite e sinusite.

domingo, 2 de outubro de 2016

Pelourinho de Canas de Senhorim

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: Canas de Senhorim

Largo do Pelourinho, Canas de Senhorim.
O original pelourinho terá sido erigido cerca de 1514, após receber foral de Dom Manuel I.
Em 1867, após a restauração do concelho, o pelourinho foi transferido para o local dos novos paços do concelho.
Em fevereiro de 1897 o pelourinho original foi destruído por estorvar o trânsito, dele sobrevivendo apenas o capitel e alguns fragmentos.
Em 1935, Alberto António de Sousa Ferreira, mandou erigir um novo pelourinho, inspirado nos fragmentos existentes, inaugurado em 8 de julho do mesmo ano. Possuía degraus e fuste oitavados, capitel de moldura pouco saliente e remate em tronco piramidal octogonal com um primeiro registo vertical e um segundo inclinado até ao vértice. Foi destruído por um veículo em 1984.
Em 1987 foi construído um novo e atual pelourinho, idêntico ao monumento original, obra do pedreiro António Gonçalves Bento. 
Monumento em cantaria de granito, com cerca de dois metros de altura, constituído por soco de quatro degraus quadrangulares, estando os dois primeiros semienterrados, vencendo o desnível do arruamento. É encimado por coluna com fuste de secção quadrangular, de ângulos chanfrados e de base quadrada, onde assenta diretamente o capitel em gola côncava, octogonal, e de rebordos salientes. Remata em pináculo piramidal de faces lisas.