quinta-feira, 8 de junho de 2017

Solar do Soito

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Rua Sacadura Cabral, Santar.
Está inserida numa grande propriedade onde se situa o Paço dos Cunhas.
Edifício classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993
Palacete construído no século XVIII, pertença da família Coelhos do Amaral.
O imóvel é antecedido por escadaria de dois lanços transversais, convergentes, com corrimão de balaústres.
A frontaria é totalmente preenchida de vãos moldurados com elementos curvilíneos dinâmicos. O piso inferior é constituído por portal flanqueado de pequenas volutas sob lintel em cortina, ladeado por uma janela e uma porta de molduras de frontões curvilíneos. O andar superior é composto por cinco janelas de molduras e frontões curvilíneos e parapeitos em sanefa. Sobre a janela central eleva-se o brasão dos Coelhos Amaral. É rematada por cornija que se arqueia acentuadamente ao centro e coruchéus sobre os cunhais.
Dispõe de um belo jardim com canteiros de buxo e de rosas, nespereiras, cedros, nogueiras, pinheiros, palmeiras e uma carreira de cameleiras. É decorada pelas estátuas de São Filipe Nery e de Nossa Senhora da Conceição e por uma carreira com bancos revestidos a azulejos de figura avulsa e um grande banco de topo com azulejos figurativos azuis e brancos de cercaduras roxo e amarela, com temática de caça e cortesãs, dos séculos XVII e XVIII.
Tem ainda uma grande quinta vinícola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Paço dos Cunhas

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Largo do Paço, Santar.
Inserida numa grande propriedade onde se encontra o Solar do Soito.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993.
Imóvel que tem origem no Solar da Quinta do Casal Bom, um solar de grande nobreza do século XVI, pertença dos antigos donatários de Senhorim, Óvoa e Barreiro.
O atual edifício, em estilo maneirista e barroco, do qual só resta a fachada principal, é uma edificação mandada fazer em 1609 por Dom Pedro da Cunha, aproveitando algumas estruturas do edifício quinhentista.
Em 1641, Dom Lopo da Cunha, filho de Dom Pedro da Cunha, e partidário dos Filipes, fugiu para Espanha e participou numa conspiração contra Dom João IV. Este ato teve como consequência a confiscação dos seus bens, o desterro em Espanha e, consequentemente, o abandono e início da ruína do Paço dos Cunhas.
No século XIX foi comprado por José Caetano dos Reis que o integrou na sua propriedade e reconstruiu parcialmente as antigas cavalariças e a adega.
O que se vê atualmente é a fachada, de tímida curvatura central, e rasgada por belo pórtico flanqueado por duas colunas sobre plintos paralelepipédicos, encimadas de lintel com inscrição epigráfica e com dois florões a ladear o brasão dos Cunhas. As janelas, ao nível do segundo piso, são compostas por balcão de balaústres, e a delimitar a fachada encontram-se pilastras encimadas de coruchéus. Na face interna situa-se pequeno nicho sobre a porta, e a norte e oeste articulam-se dois corpos em L. 
Dispõe de um belo jardim, uma grande quinta vinicola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante.