segunda-feira, 31 de julho de 2017

Monumento ao Bispo Dom António Meireles

País: Portugal
Concelho: Lousada
Freguesia: União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Avenida Senhor dos Aflitos, à entrada da escadaria que dá acesso à capela do Senhor dos Aflitos, Lousada.
Monumento que homenageia o lousadense Dom António Augusto de Castro Meireles, Bispo de Angra do Heroísmo e do Porto.
Dom António Meireles nasceu em 13 de agosto de 1885 na Casa da Fonte, em Boim (Lousada) e faleceu a 29 de março de 1942, no Paço Episcopal da Torre da Marca, no Porto.
Fez os seus estudos no Seminário dos Carvalhos e no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, ingressando mais tarde no Seminário do Porto, onde cursou Teologia no ano de 1903, sendo ordenado padre em 1908. Já na Universidade de Coimbra, formou-se em Teologia e Direito no ano de 1912, tendo aberto nesse ano escritório de Advogado no Porto.
Nas eleições gerais de 1915, conseguiu ser eleito pelo círculo de Oliveira de Azeméis, sendo então o primeiro e único deputado dos grupos políticos católicos a ter assento no Congresso da República.
Mais tarde foi nomeado Bispo de Angra do Heroísmo (1924-1928), Bispo coadjutor do Porto e Bispo titular de Lamia (1928-1929), e Bispo do Porto (1929-1942). 

Solar dos Condes de Santar

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Avenida Viscondessa de Taveiro, Santar.
É pertença da Sociedade Agrícola de Santar (produz vinho do Dão).
A construção do núcleo primitivo da casa remonta ao século XVI, por João Gonçalves do Amaral.
O solar atual é composto por dois corpos diferenciados. O mais baixo corresponde à construção do século XVII, sendo o segundo da centúria seguinte.
É antecedido por passeio lajeado, desnivelado da estrada, com murete baixo, onde assentam frades de pedra acorrentados.
O corpo primitivo desenvolve-se em dois andares, com capela ao centro e remate em empena com cruz. O templo, datado de 1678, é rasgado por portal retangular, encimado por cornija com modilhões onde assenta uma pedra de armas dos Melos, Pais do Amaral e Castelo Branco, entre dois pináculos, sobrepujado por óculo circular profundo e pequeno nicho. Tem campanário lateral. O interior da capela é composto por nave única e abside. É coberto por um teto de caixotões e revestido por um silhar de azulejos padrão. Alberga pinturas e um retábulo de talha dourada seiscentista. No pavimento encontra-se uma sepultura epigrafada do capitão-mor de Senhorim, António Pais do Amaral, com pedra de armas encimada por chapéu eclesiástico.
O corpo setecentista é simétrico e maior, articulado por pilastras rematadas por pináculos, com a zona central mais alta, marcada por frontão triangular contendo brasão de armas.
Adossado à esquerda da fachada situa-se muro com portão encimado por empena polilobada com pedra de armas, flanqueada por pilares rematados por pináculos.
Destaque para a Sala dos Coches com pavimento em tijoleira e teto de madeira sobre três pilares de granito.
A Cozinha Velha, construída em 1690, tem planta retangular. Alberga uma granítica fonte natural tipo relicário (com nicho de Santo António) e tanque quadrangular rasteiro, e uma ampla lareira de cantaria com grande chaminé.
No prolongamento da fachada da Cozinha encontra-se uma fonte datada de 1700, com revestimento azulejar figurativo, azul e branco, com cenas de caça.
Para sul estende-se o jardim e a quinta agricultada com vinha. A quinta, com forma quase retangular, está dividida em terraços, de cotas cada vez mais baixas à medida que se desce a encosta de suave declive. O jardim desenvolve-se em três amplos terraços, cada qual com diferente e rigoroso desenho de buxo. No primeiro terraço surge um jardim de buxo do século XX que joga com roseiras, elementos de água e estatuetas de granito. Os terraços seguintes são em desenho de buxo centenário. É comum aos três terraços um caminho central que termina num enorme lago envolvido por um pequeno bosque.
Num grande pátio junto à casa surge a Fonte dos Cavalos, construída em 1727 por ordem de José de Mello Pais do Amaral. Está revestida a azulejos datados de 1790, da autoria de José Maria Pereira do Cão, representando figuras equestres. Possui no centro um brasão, sobre o qual uma máscara grotesca lança água para um bebedouro de pedra.
No extremo sul do jardim situam-se as adegas, em cuja sala de Provas existe um arco ultrapassado de moldura decorada que assenta diretamente no chão.