sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Penafiel

Portugal \ Porto \ Penafiel \ Penafiel

Cidade sede de concelho e capital do Vale do Sousa.
Localiza-se a 41 km a Este do Porto, sua sede de distrito.
A urbe está situada numa colina, entre os rios Sousa e Cavalum, sobranceira ao imponente santuário de Nossa Senhora da Piedade.
A cidade é composta por um interessante centro histórico e monumental.

As suas terras são habitadas desde tempos pré-históricos.
Ainda não era chegado o ano 1000 e já as terras de Penafiel sobressaiam entre as mais importantes de Entre-Douro-e-Minho.
Apesar do atual topónimo ser posterior à povoação de Arrifana, que está na origem de Penafiel, esta já aparece em documentos de 1064.
Foi cabeça de Terra (julgado), pelo menos desde 1384, altura em que incluía a freguesia de São Martinho de Moazares e o lugar de Arrifana.
Em 1519 recebeu foral de Dom Manuel I. A sede da paróquia é transferida de São Martinho de Moazares para Arrifana, passando a designar-se São Martinho de Arrifana de Sousa.
Em março de 1741, Arrifana de Sousa foi elevada à categoria de vila por decreto de Dom João V, após deliberação negativa em 1723.
A 3 de março de 1770, Dom José escolhe Arrifana de Sousa para sede episcopal e eleva-a à categoria de cidade, tornando-a na segunda mais antiga do distrito, a seguir ao Porto. Toma o nome do julgado: Penafiel.
A 1 de junho do mesmo ano, o papa Clemente XIV confirma a nova sede episcopal, desanexando-a do Porto. A sua criação ficou em parte a dever-se ao desejo do Marquês de Pombal de afrontar o bispo do Porto, com o qual digladiava havia algum tempo, retirando-lhe assim uma fatia muito significativa da sua diocese e, mais importante que isso, os respetivos rendimentos. A sua área estendia-se até à entrada do Porto, incluindo ainda uma parte da freguesia de Campanhã.
Em 1778, o papa Pio VI extingue a diocese e reintegra-a no Porto.
A 28 de janeiro de 2013, a freguesia de Penafiel passou a agregar as antigas freguesias de Milhundos, Marecos, Novelas, Santa Marta e Santiago de Subarrifana.

Serpe

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Avenida Egas Moniz, à entrada do Jardim do Calvário, Penafiel.
Obra de arte inaugurada a 21 de junho de 2014, da autoria de José de Guimarães.
Escultura em aço pintado, dividida em três módulos. Atinge quatro metros de altura.
Recorda a Bicha Serpe, um dos elementos tradicionais do cortejo do Corpo de Deus, sendo aquele que a encabeça, conduzida pelo seu Juiz ou Mordomo, vestido à moda do século XVIII e que, brandindo um espadalhão, simula dominar e segurar o dragão. A sua participação no cortejo remonta, pelo menos, ao último quartel do século XVIII, ainda no tempo de Arrifana de Sousa. No final da década de 1930 caiu em desuso, acabando por desaparecer do cortejo, para reaparecer no desfile de 1989.

Paço Episcopal de Penafiel

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Rua do Paço e Largo Padre Américo, Penafiel.
Edifício adaptado no século XVIII para residência do primeiro e único bispo de Penafiel, frei Inácio de São Caetano, durante a curta diocese que vigorou entre 1770 e 1778. Nunca foi ocupado pelo bispo, que era confessor da princesa Dona Maria. Residia na corte e nunca se interessou pelo seu bispado. Quando Dona Maria I subiu ao trono, conseguiu a renúncia do Frei e pouco depois pediu a abolição da diocese ao Papa.
A casa anterior pertencia a José de Beça Veloso de Barbosa, Morgado da Venda do Campo (São Martinho de Recezinhos), que a vendeu à mitra de Penafiel. A fachada ostentava o brasão daquela família e, depois de transformada em paço episcopal, passou a exibir no portal da quinta, as armas do ausente bispo.
Mais tarde albergou o Magistério Primário, altura em que lhe foi anexada um pombal ao prédio, e depois foi polo da Universidade Portucalense (entre 1990 e 2004) e albergou ainda serviços administrativos da Câmara Municipal, que acabou por comprar o edifício. Entretanto o pombal foi retirado e edificado no seu lugar um inestético prédio novo. Atualmente hospeda o CESPU-IINFACTS.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Santuário de Nossa Senhora da Piedade e dos Santos Passos

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Avenida Zeferino de Oliveira, Penafiel, implantado no monte de São Bartolomeu, o ponto mais alto da cidade.
É também conhecida por Igreja ou Santuário do Sameiro.
Templo romântico iniciado em 1886 e concluído apenas na primeira metade do século XX, obra da autoria do Eng.º Jorge Ferreira Leite, numa versão simplificada e menos dispendiosa do projeto do Eng.º Manuel Maria Ricardo Correia. Foi construído para substituir as primitivas capelas da Piedade e dos Santos Passos, demolidas para a edificação do mercado público.
A torre foi construída em 1898, enquanto a capela-mor data de 1895.
Durante a abertura das valas dos alicerces foi encontrada uma estatueta do deus romano da guerra, Marte, atribuível aos séculos II-III, atualmente exposta no Museu Municipal.
Está rodeado pelo frondoso parque Zeferino de Oliveira, popularmente conhecido por Jardim do Sameiro.
Do seu alto avista-se um excelente panorama sobre a cidade.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Igreja da Misericórdia de Penafiel

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Largo Padre Américo e Praça do Município, Penafiel.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 26 de fevereiro de 1982.
É dedicada a Nossa Senhora do Amparo.
Foi construída entre 1621 e 1631 por iniciativa de Amaro Moreira, abade de Ermelo (Mondim de Basto).
O aparecimento de uma imagem de Nossa Senhora da Lapa, em 1764, motivou a construção da torre e da fachada lateral voltada para a Praça da República que, por falta de verbas, não foi acabada.
Entre 1770 e 1778, durante a existência do bispado de Penafiel, foi adaptada a Sé Catedral sob invocação de Nossa Senhora e São José.
A fachada principal, toda em cantaria, é ritmada por pilastras e termina em frontão triangular onde surgem as armas da misericórdia. Ao nível do segundo piso, ostenta um grande nicho com a imagem da padroeira.
A altaneira torre sineira é coberta por cúpula bolbosa forrada a azulejos azuis e brancos.
O alçado lateral inacabado, voltado para os Paços do Concelho, apresenta elementos barrocos. Destaque para a composição central formada pela porta, nicho e óculo. Na parte da fachada que ficou por levantar, ergueu-se a capela de Nossa Senhora da Lapa.
Na cabeceira situa-se a capela do Senhor dos Passos.
A antiga casa do sacristão foi transformada em núcleo museológico de Arte Sacra.