terça-feira, 12 de novembro de 2019

Ponte da Arrábida

Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos
Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ União das Freguesias de Santa Marinha e São Pedro da Afurada

Ponte rodoviária intermunicipal, sobre o rio Douro.
Localiza-se nas freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos (Porto) e São Pedro da Afurada (Vila Nova de Gaia).
Está classificada como Monumento Nacional desde junho de 2013.
Foi iniciada em maio de 1957 e inaugurada em 22 de Maio de 1963, obra-prima do engenheiro Edgar Cardoso. Foi a primeira a ser construída na cidade do Porto apenas por portugueses, sem envolver firmas estrangeiras na sua conceção ou execução.
Trata-se de uma ponte de um só arco, à data da sua construção e, durante muito tempo, foi considerado o arco de maior vão do mundo, em betão armado.
O tabuleiro assenta sobre 76 pilares, sendo os de maior expressão os quatro que se encontram junto ao apoio do arco, assemelhando-se a grossas colunas quadrangulares, funcionando como elevadores, ligando a cota baixa da estrada marginal ao tabuleiro. O arco suspenso é constituído por duas vigas unidas por uma arcatura com estreitos elementos dispostos em cruz. Os volumes dos elevadores, na face voltada para o interior da ponte, apresentam quatro esculturas em bronze.
Mede 500 metros de comprimento por 25,5 metros de largura, estando o tabuleiro a 70 metros acima do nível médio das águas.
Proporciona excelente vista panorâmica.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Instalações da Esquadra 13 da Força Aérea Portuguesa

Portugal \ Guarda \ Seia \ Alvoco da Serra

Torre, Serra da Estrela.
Conjunto militar implantado no ponto mais alto de Portugal continental.
É composto pelas antigas instalações do Grupo de Deteção Alerta e Conduta de Interceção São Romão, de que se destaca a Torre, os dois edifícios de Radar e a capela de Nossa Senhora do Ar, além de algumas centenas de metros de túneis que ligam os diferentes imóveis da Torre, usados pelos militares quando a neve impedia a deslocação no exterior.
Foram construídas nas décadas de 1950 e 1960.
Em 1971 a esquadra viria a ser desativada e a grande maioria das instalações foram sendo desocupadas.
Em Dezembro de 1992, as instalações foram devolvidas ao Ministério das Finanças.
Os dois Edifícios de Radar, que são a imagem de marca da serra da Estrela, destacam-se pela sua cúpula. São os únicos imóveis que ainda estão integrados no domínio público militar. Uma delas está abandonada e a outra é utilizada como posto do Grupo de Montanha da GNR da Covilhã.
A Torre foi adaptada, em 2008, a Centro de Interpretação do Parque Natural da Serra da Estrela. Nas restantes instalações funcionam espaços comerciais e de restauração.

sábado, 14 de setembro de 2019

Praia de Salgueiros

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Canidelo

Avenida da Beira-Mar, Canidelo.
Está situada entre a praia da Estrela do Mar, a norte e a Praia da Sereia, a sul.
Praia marítima com uma pequena extensão de areia branca pontuada por formações rochosas. 
Dispõe de bandeira azul e de bons apoios, entre os quais sobressaem o aluguer de toldos e espreguiçadeiras, posto de socorros fixo e outro móvel, sanitários com chuveiros e dois bares-restaurantes.  
Tem ainda um parque de estacionamento camarário, grátis, para cerca de 200 carros.
Para quem gosta de fazer caminhadas ou pedalar pela costa, conta também com um passeio próprio ao longo da praia.
Quando o vento sopra, a praia tem as melhores condições para a prática de surf e de bodyboard.

Praia da Estrela do Mar

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Canidelo

Avenida da Beira-Mar, Canidelo.
Está localizada entre a praia de Salgueiros (a sul) e a praia das Pedras Amarelas (a norte).
Praia vigiada, de média dimensão. Apresenta um areal quase livre de pedras. A areia é fina e tem um tom claro. A superfície da praia é relativamente inclinada, sendo abrigada por um pequeno sistema dunar que tem sido recuperado nos últimos tempos.
Dispõe de bons apoios, de entre os quais sobressaem o aluguer de toldos e espreguiçadeiras, dois bares, instalações sanitárias e duches.
É frequentada por amantes de desportos náuticos em busca de mar agitado.
Tem boas acessibilidades e estacionamento gratuito junto da praia.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Avenida dos Plátanos

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Avenida 5 de Outubro, Ponte de Lima.
Frondoso Passeio Público situado na margem do rio Lima. Liga o centro da vila à igreja de Nossa Senhora da Guia.
É o local de Ponte de Lima mais apetecível no verão, devido à sua sombra e frescura. No outono, os contrastes de cores quentes e o seu belíssimo tapete de folhas caídas proporcionam belos postais.
A existência do Passeio Público encontra-se documentada desde 1780.
No século seguinte viria a ter a designação de Alameda do Pomar, por se situar em frente do Pomar.
A necessidade de aumentar a alameda fez com que a Câmara, autorizada pelo rei em janeiro de 1901, mandasse construir o muro-cais entre as igrejas da Ordem Terceira e a de Nossa Senhora da Guia. Iniciada a obra, torna-se curioso o facto de todo o aterro entre os muros de suporte ter sido realizado por jovens mulheres de 17 e 18 anos, filhas do povo, que do vasto areal ao pé, iam transportando à cabeça o entulho necessário.
Em outubro de 1901, já com os plátanos plantados, depois de adquiridos à Real Companhia Hortícola Agrícola Portuense, foi inaugurada pelo Príncipe Real Dom Luís Filipe, acompanhado pelo seu aio Mouzinho de Albuquerque, tomando o nome daquele.
Popularmente conhecida como Avenida dos Plátanos, em comemoração da implantação da República passou a denominar-se 5 de outubro.
Em 2013 beneficiou de obras de requalificação, inauguradas em 7 de julho do mesmo ano.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Igreja de Nossa Senhora da Guia (Ponte de Lima)

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Avenida 5 de outubro, Ponte de Lima.
Está localizado no topo poente da Alameda dos Plátanos, na margem do rio Lima, sob o tabuleiro da ponte da N201.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 12 de setembro de 1978.
Foi construída cerca de 1630, no local onde existiu o Hospital dos Gafos e uma ermida dedicada a São Vicente Mártir.
A frontaria é circunscrita por pilastras que apoiam cornija encimada por nicho central com imagem do orago, ladeado por volutões e fogaréus. É precedida por galilé, datada de 1746, aberta por três arcos plenos, sobre pilastras, sendo o central encimado por janela oval moldurada por elementos florais e os das fachadas laterais por janela.
O pórtico da igreja, de verga reta, está enquadrado por pilastras que suportam cornija, encimada por fogaréus e ornato florido ao centro. Está ladeado por duas janelas com moldura recortada.
O interior, de nave única, apresenta decoração essencialmente barroca. É revestida a azulejos policromos de tapete do século XVIII e ostenta nos retábulos talha dourada em estilo Nacional e no arco triunfal talha de caraterísticas neoclássicas.
Tem adossada a residência do capelão ou casa paroquial, de três pisos, construída aquando da galilé, e uma torre quadrangular, com pilastras nos cunhais, portal de verga curva, oculo oval e encimada por pequena sineira. 

domingo, 1 de setembro de 2019

Convento de Santo António (Ponte de Lima)

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Avenida dos Plátanos, Ponte de Lima. Adossado e articulado com a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, com a qual partilha amplo terreiro, localizado na zona ribeirinha, junto ao rio Lima.
Alberga o Museu dos Terceiros.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde fevereiro de 1974.
O convento, do qual resta pouco mais que a igreja e uma ala conventual, foi fundado em 19 de julho de 1481 pelo Alcaide-mor de Ponte de Lima, Dom Leonel de Lima e sua esposa Dona Filipa da Cunha, aprovado por Bula de Sisto IV.
A 1 de fevereiro de 1483 foi doado pelos seus fundadores aos Observantes.
Em 1568, o convento passou a integrar a Província Capucha de Santo António, instituição de um noviciado.
Em 1639, o Frei Duarte de Santa Clara manda destruir a torre sineira para fazer um campanário na fachada principal.
Entre 1744 e 1747, a fachada foi ampliada em altura e toda a igreja foi alterada com linhas sóbrias, nave única precedida por galilé e coro-alto com cadeiral.
A demolição do convento deu-se no século XIX.
O atual templo apresenta traça maneirista, barroca e rococó.
A fachada principal, circunscrita por cunhais apilastrados com silhares almofadados, termina em empena com cruz latina no vértice. É rasgada pelo vão de acesso à galilé, em arco abatido e moldura almofadada, protegido por grades metálicas. O vão está encimado por pequeno nicho sobre o qual surge o janelão do coro de perfil retilíneo, ladeado por dois nichos contendo as figuras de São Francisco e São Pedro de Alcântara. Sobre o janelão, um óculo circular.
No lado direito, ligeiramente saliente, adossa-se campanário de dois registos, separados por friso e cornija, o inferior rasgado por janelas retilíneas e o superior com uma sineira em arco de volta perfeita e remate em frontão interrompido por pináculo do tipo balaústre.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Capela de Nossa Senhora da Misericórdia das Pereiras

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Largo Delfim Guimarães, junto à Casa das Pereiras, Ponte de Lima.
Está localizado num alto, sobranceiro à vila, ainda dentro do perímetro da antiga muralha, que passava junto à fachada posterior e onde se erguia a Torre das Pereiras ou de Vasco Marinha.
Classificada como Imóvel de Interesse Municipal desde 26 de fevereiro de 1982.
Tem origem numa capela mandada construir em 1525 por Pedro Afonso Fiúza e sua esposa Catarina Madriz, em substituição de uma pequena ermida existente no local. O atual templo resulta da reforma datada de 1818, em traça barroca.
Em 1979, os seus proprietários doaram-na à Câmara Municipal, beneficiando de obras em 1998.
É antecedida por escadaria de dois lanços, com bolas sobre acrotérios que intercalam a guarda.
A fachada é firmada por pilastras coroadas por fogaréus e terminada em empena recortada, sobreposta por cornija borromínica e cruz latina. É rasgada por portal de verga abatida, flanqueada por pilastras encimadas por fogaréus, sustentando duplo friso e cornija, e por janela, também de verga abatida, encimada por brasão de um administrador da Irmandade (século XVII).
A torre sineira, sensivelmente recuada, está inacabada, como sempre esteve ao longo da sua história. Apresenta dois registos separados por frisos e cornija. O primeiro rasgado por óculo e o segundo, inacabado, com ventana em arco de volta perfeita.

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Torre de São Paulo (Ponte de Lima)

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Porte de Lima

Passeio 25 de abril e Rua do Postigo, com entrada pelos nºs 15-17, Ponte de Lima.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 20 de março de 1945.
Deve o seu nome à existência de uma imagem de São Paulo, colocada numa edícula sobre a porta do postigo que lhe estava adjacente.
Foi erigida no século XIV, integrando a estrutura muralhada de defesa da vila.
No início do século XVI beneficiou de intervenções, percetíveis na única porta de acesso ao nível do adarve do muro adjacente.
Apresenta planta quadrangular, cobertura em terraço e coroada por merlões.
No interior conserva os apoios do campanário da Irmandade de Nossa Senhora da Expectação, aí colocados no século XVIII.
Na fachada voltada ao rio, ostenta um painel de azulejos que recorda um episódio imaginário de Dom Afonso Henriques na Cabração (Cabras São Senhor!), composição da autoria de Jorge Colaço.
Tem adossado um pequeno pano de muralha.

Torre da Cadeia Velha

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Passeio 25 de abril e Rua da Porta Nova.
É também chamada de Torre da Porta Nova.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 20 de março de 1945.
Antiga torre que fazia parte da estrutura muralhada da vila, construída no século XIV. Foi reconvertida em cadeia da Correção da Comarca, em 1511, a mando do rei Dom Manuel, servindo como espaço de encarceramento até à década de 1960. Posteriormente albergou o Arquivo Histórico e Municipal. Atualmente é dedicado a galeria de exposições, lançamento de livros e pequenos colóquios ou conferências. O local funciona também como Posto de Turismo.
O edifício está dividido em três pavimentos e uma enxovia. As fachadas são rasgadas por janelas gradeadas sobrepostas e por uma porta de arco quebrado no piso inferior, aberto durante a construção do Passeio Público em finais do século XIX. Ostenta na fachada sul, já deslocados do local primitivo, as armas reais e uma esfera armilar, divisa do rei Dom Manuel. O topo é coroado por merlões piramidais e cobertura de telha em quatro águas. Tinha anteriormente acesso ao interior apenas pela barbacã da muralha.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Igreja e Hospital da Misericórdia de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Rua da Matriz, Rua Cardeal Saraiva e Largo da Picota, Ponte de Lima.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 20 de agosto de 1946.
A igreja, fronteira à Matriz, foi construída no século XVI, em estilo maneirista e barroco, sobre uma capela de edificação interior. O edifício integra um conjunto edificado onde se inserem, também, a casa consistorial e a sacristia, precedidos por um pátio murado com gradeamento de ferro.
O frontispício da igreja corresponde à fachada lateral primitiva. É marcada por um grande portal ladeado por duas colunas assentes sobre plintos e encimado por um relevo representando a Mater Omnium, também enquadrada por colunas. Duas figuras, assentes em mísulas, representando São Roque (à esquerda) e Santo Aleixo (à direita) ladeiam o pórtico.
O hospital, adossado à igreja, foi erguido no século XVII, com reconstrução concluída em 1731. Atualmente, o edifício está dividido em dois, devido à abertura, na década de 1920, da Rua Cardeal Saraiva, destruindo-se assim a fachada principal da igreja, um curioso claustro setecentista e uma parte da muralha medieval.
O edifício anexado à igreja é atualmente ocupado pela Casa do Consistório e por uma farmácia. A fachada virada para a rua Cardeal Saraiva é marcada pelo grande portal barroco. A posterior apresenta estrutura porticada no piso térreo e loggia no andar superior, à qual se acede pela escadaria lateral.
O corpo situado no Largo da Picota alberga, desde 1993, a Biblioteca Municipal de Ponte de Lima. Antes tinha sido quartel da GNR. Está adossado a um troço de muralha ao qual tem acesso a partir da varanda alpendrada.
O antigo hospital foi palco de uma chacina, em 1809, por parte das tropas francesas de napoleão que mataram todos os doentes.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Capela de Nossa Senhora da Cardia (São João de Ovar)

Portugal \ Aveiro \ Ovar \ União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã


Rua Cimo de Vila, São João de Ovar. 
No início do século XIX, no local onde hoje se encontra a atual capela, existia umas alminhas, mas mais recuadas da estrada, que albergava a pequena imagem de Nossa Senhora da Cardia, em madeira, com cerca de 25 cm de altura. 
Depois da compra do terreno com a casa anexa, pelo casal Gaspar e Maria Glória Leite, estes passaram a organizar uma festa em honra da padroeira. Mais tarde mandaram erguer uma capela, apta a receber um altar onde se pudesse rezar missa.
Se as antigas alminhas já eram muito procuradas por devotos, que invocavam a Senhora da Cardia para que lhes valesse nas suas doenças, particularmente do coração, mais passou a sê-lo a nova capelinha, que atraiu mais a atenção dos viajantes, em especial das peixeiras que por ali passavam na sua venda de pescado. Até gente de longe, que fazia com frequência o percurso da serra para Ovar, ali parava um pouco, invocando a intercessão da Virgem. O pequeno templo começou a aglutinar à sua volta a população do lugar e tornou-se um centro de culto, permanecendo assim ao longo de várias dezenas de anos, até que um grupo de bairristas decidiu avançar com o projeto de uma capela maior, onde todos pudessem cumprir o preceito dominical. A sua inauguração ocorreu a 27 de Fevereiro de 1977, mantendo-se a anterior ao lado, servindo de sacristia. 
No último fim-de-semana de Maio realiza-se a sua festa anual. Conta com uma Procissão de Velas com o andor de Nossa Senhora de Fátima e bandas de música.

sábado, 10 de agosto de 2019

Igreja Matriz de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima


Rua da Matriz, Ponte de Lima.
Dedicada a Santa Maria dos Anjos.
Classificada como Monumento de Interesse Público desde 10 de maio de 2013.
Templo erguido no século XV. Foi iniciada em 1425 e terá sido concluída em 1446. As várias transformações e ampliações ao longo dos séculos são bem visíveis, pela sobreposição de vários estilos como o gótico, o maneirista ou o barroco.
A fachada principal, definida em dois registos por cornija, é rasgada no primeiro por portal gótico escavado, de arco apontado, formando seis arquivoltas de decoração vegetalista, e no segundo, por uma rosácea revivalista, neogótica, construída no século XX, com molduras múltiplas. Termina em empena com cruz vazada e hastes flor-de-lisada.
A torre sineira, de planta quadrangular, adossa-se à direita da frontaria e ligeiramente recuada. É rasgada inferiormente por janela retilínea e, na face sudoeste, por fresta e pequena janela com remate em arco canopial, sob a qual surge painel de azulejo figurativo, monocromo, azul sobre fundo branco, com moldura policroma, tendo, nos extremos superiores os escudos portugueses e, ao centro, as armas municipais. Superiormente possui quatro ventanas de volta perfeita, encimadas por relógios circulares. Termina em ameias e pequena estrutura metálica que sustenta uma sineta e um catavento.
O interior é composto por três naves organizadas por dois tramos de pilares, cabeceira tripartida e capela-mor poligonal, ladeada por dois absidíolos retangulares. Apresenta coberturas diferenciadas, de madeira em apainelados na nave e em abóbada de berço de caixotões de cantaria no transepto e na capela-mor.
O coro alto, sobre arco de asa de cesto, é protegido por uma balaustrada de madeira.
A capela de Nossa Senhora da Conceição, na base da torre sineira, é de inspiração gótica. Foi fundada em 1540 por Inês Pinto. É acedida por portal ornado pelas armas dos fundadores. Guarda lápides tumulares dos seus instituidores e seus descendentes.
Adossados aos pilares que marcam o cruzeiro do transepto, dois púlpitos quadrangulares com guardas de madeira confrontam-se.
Os altares laterais, dedicados a Nossa Senhora das Dores, e a Nossa Senhora da Piedade (hoje de Nossa Senhora de Fátima), ambos setecentistas, destacam-se pela riqueza da sua talha.
O arco triunfal, de volta perfeita, é encimado por frontão triangular que enquadra um nicho de volta perfeita de interior concheado.

sábado, 3 de agosto de 2019

Vaca das Cordas

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Rua Cardeal Saraiva, Ponte de Lima.
Monumento inaugurado em maio de 2011. Homenageia todos aqueles que se dedicaram, ao longo da sua vida, à realização da tradicional Vaca das Cordas.
Secular tradição que remonta, pelo menos, desde o século XV. Terá sido interrompida em 1881 e retomada em 1922. Atrai milhares de visitantes de todos os pontos do país, inclusive da vizinha Espanha. Realiza-se ao final da tarde da véspera do Dia de Corpo de Deus, impondo o costume que o animal, um touro, seja preso à grade de ferro da janela da torre sineira da Igreja Matriz e, posteriormente sejam dadas, em correria, três voltas ao edifício. Após as voltas ao templo e depois de ser banhado com vinho tinto, o animal corre pelas ruas em direção ao areal, na margem do rio Lima, onde a festa e a estúrdia são uma constante. Depois de recolhido o touro, a festa continua pela noite dentro, nos bares e ruas do Centro Histórico, ao som da música. Na manhã seguinte, o animal é abatido e a carne vendida.

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Vila romântica situada na margem do rio Lima, a cerca de 30 km a nordeste de Viana do Castelo, sua sede de distrito.
Pertence ao itinerário dos peregrinos para Santiago de Compostela, que, vindos do Porto, cruzavam o rio Lima em direção à Galiza.

A povoação desenvolveu-se em função da única ponte que atravessava o rio Lima.
Do período romano reza uma lenda datada de 135 a.C., que conta que as hostes romanas comandadas por Decius Junius Brutus ao atingirem a margem esquerda do rio Lima ficaram fascinadas com a beleza do lugar, julgando-se perante o lendário rio Lethes, que apagava todas as lembranças da memória a quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a atravessá-lo e só quando o comandante passou e, da outra margem chamou a cada um pelo seu nome, provando não ser este o rio do Esquecimento, é que os soldados aceitaram atravessar.
A partir de meados do século XI foi cabeça de um território conhecido por Terra de Riba Lima, também designada por Terra de São Martinho ou Terra de Ponte de Lima.
A 4 de Março de 1125 recebeu foral de Dona Teresa, mãe de Dom Afonso Henriques. Nesse documento aparece também a referencia à Feira de Ponte de Lima, a primeira documentada em Portugal, e responsável pelo dinamismo que a vila viria a conhecer.
Em 1217, Dom Afonso II confirma o foral aos “povoadores da Ponte”.
Entre 1359 e 1370 foi erguida a muralha de Ponte de Lima, a qual integrava a ponte, mandadas fortificar por Dom Pedro I. Era constituída por 9 torres e 9 portas.
Em 1385, o recente rei Dom João I empreendeu com Nuno Álvares Pereira uma campanha militar para dominar os focos de resistência no Entre Douro-e-Minho. O cerco a Ponte de Lima, local onde se refugiou Lopo Gomes de Lira, na altura Meirinho-Mor de Entre Douro-e-Minho e apoiante de Dona Beatriz e Dom João de Castela, ocorreu em maio.
Em 1464 foi nomeado Alcaide-mor do castelo de Ponte de Lima, Dom Leonel de Lima. Figura que participou em todas as grandes empresas militares portuguesas do século XV. A sua ascensão social começou depois da batalha de Alfarrobeira (1449) onde esteve ao lado de Dom Afonso V.
Em 1511 recebeu foral novo por Dom Manuel I.
No século XVII era cabeça de Comarca, tendo sido mudada por Viana.
A 5 de maio de 1826, Dom Pedro IV autorizou a realização das Feiras Novas de Ponte Lima. Ainda hoje são as festas do concelho, e romaria por excelência, realizadas em Setembro, em honra de Nossa Senhora das Dores.
Em 1865 deu-se a inauguração da iluminação pública. A vila abriu-se para o rio, implicando aterros junto ao Largo de Camões e soterramento de alguns arcos da Ponte.

domingo, 9 de junho de 2019

Pelourinho de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

A vila de Ponte de Lima conta com dois pelourinhos, um situado no Passeio 25 de abril, próximo da Torre de São Paulo e o outro implantado na Praça da República, no interior do Jardim Adelino Sampaio, em frente aos Paços do Concelho de Ponte de Lima.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
O primitivo pelourinho estava ereto no areal do rio Lima, no exterior dos muros da vila, frente à Porta do Postigo, adossado à Torre de São Paulo. Tantas vezes foi derrubado devido às cheias, que acabou por ser substituído por outro no século XVI.
Em 1594 tinha corrente e pescoceira ou coleira, arrancadas e atiradas ao rio em 1836 pelo Camarista José Joaquim Lopes.
Em 1818 foram-lhes acrescentadas as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Em 1857, ao se alargar o passeio, a Câmara apeou-o para transferi-lo para a Praça da Rainha, mas as várias peças acabaram dispersas, perdidas ou conservadas noutros locais, como é o caso do antigo escudo afixado na fonte de São João, o fuste numa hospedaria junto ao rio ou o capitel no pátio interior do Asilo Dona Maria Pia.
Foi reedificado em 1936 durante o Estado Novo, em frente aos Paços do Concelho. É composto por soco circular de três degraus, fuste cilíndrico, capitel alto com as armas e coroa de Portugal, coroado por volutas onde assentam esfera armilar e cruz de Cristo.
A recuperação da maioria dos elementos originais permitiu em 1999 a sua reconstrução mais fidedigna. Foi levantada próxima do local original, próximo da Torre de São Paulo. Este novo pelourinho difere do da Praça da República por ser composto por soco e degraus quadrangulares, apresentar anéis inferiores no fuste e ausência de cruz no topo.

Ponte Velha de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima
Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arcozelo

Ponte sobre o rio Lima, com acesso pelo Largo de Camões (Ponte de Lima) e Rua Conde da Barca (Arcozelo).
Está classificada como Monumento Nacional desde 16 de junho de 1910.
É formada por dois troços distintos, um romano, mais simples e mais largo, e outro medieval.
O século I é o período provável da edificação romana, visto por ela passar a via iniciada pelo Imperador Augusto, que de Braga ia para Tui. Apresenta uma configuração simples, assente sobre 7 arcos de volta perfeita e apontados, encontrando-se um deles encoberto pelo maciço onde assenta a igreja de Santo António e outro entaipado a jusante.
A ponte medieval, em estilo gótico, foi provavelmente concluída em 1370, integradas nas obras de fortificação da vila, mandadas fazer pelo rei Dom Pedro I. Era flanqueada por duas torres, demolidas na segunda metade do século XIX, subsistindo apenas a base da Torre Velha, a norte, já nada restando da Torre dos Grilos, que ficava no extremo oposto, no alinhamento das muralhas da vila. O calcetamento e a colocação dos merlões datam de
1504, durante o reinado de Dom Manuel. Dois dos seus 17 arcos quebrados encontram-se soterrados pelos arranjos urbanísticos do Largo de Camões. Apresenta talha-mares a montante e quadrangulares do lado oposto, encimados por olhais, também de arco apontado.
Sensivelmente a meio da ponte, do lado montante, eleva-se um cruzeiro já referenciado em 1758. É composto por coluna facetada, cruz latina de braços rematados em flor-de-lis e escudo no capitel, com as armas da vila. Servia na época, para dividir a comarca eclesiástica de Valença da de Braga.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Lenda do Rio Lethes

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Parque do Areal, na margem do rio Lima, Ponte de Lima.
Recorda a lenda do rio Lethes, o rio do Esquecimento.
Monumento inaugurado a 10 de junho de 2009. Na margem direita está o general Brutus e na esquerda os soldados romanos.
Reza a lenda que, em 135 a.C., as hostes romanas comandadas por Decius Junius Brutus ao atingirem a margem esquerda do rio Lima, ficaram fascinados com a beleza do lugar, julgando-se perante o lendário rio Lethes, fronteira para o mundo inferior, o mundo dos mortos, que apagava todas as lembranças da memória a quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a atravessá-lo e só quando o comandante passou e, da outra margem chamou a cada um pelo seu nome, provando não ser este o rio do Esquecimento, é que os soldados aceitaram atravessar.
Junto aos soldados encontra-se um marco miliar romano.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Praia de Canide Sul

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Canidelo

Avenida da Beira-Mar, Canidelo. Confina a sul com a praia de Marbelo e a norte com a praia de Canide Norte.
É também conhecida por Praia de Canidelo Sul.
Tem um extenso areal de areia fina e branca, protegida a norte por um paredão. A sul, é limitada pela ribeira de Canide.
As suas águas agitadas merecem cuidados especiais devido às suas correntes. É boa para a prática de desportos náuticos como surf, bodyboard ou kitesurf.
O acesso à praia é feito por passadiços de madeira que dão proteção ao sistema dunar existente.
Tem bons apoios de praia.
Conta com um parque camarário gratuito para mais de 50 viaturas.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Sanatório Marítimo do Norte

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ União das Freguesias de Gulpilhares e Valadares

Avenida Infante Sagres, Valadares.
Alberga o Centro de Reabilitação do Norte Dr. Ferreira Alves.
Sanatório fundado pelo médico Joaquim Gomes Ferreira Alves. Foi inaugurado em Agosto de 1917, projeto do arquiteto Francisco de Oliveira Ferreira.
O gigante com muitas janelas e portas, outrora casa de cura para muitos males ortopédicos, nomeadamente para o tratamento da tuberculose com aproveitamento dos ares marítimos, acolheu mais de três mil doentes até à morte do seu fundador, em 1978. O espaço foi então doado ao Estado, sendo vontade do benemérito que continuasse a ter utilidade social ligada à saúde. A partir dessa data deixou de funcionar, sendo cedido em 1988 pelo Ministério da Saúde, mercê de um protocolo que levantou dúvidas pela então ministra Leonor Beleza, à Associação São João de Deus para ali instalar a Casa do Enfermeiro. O projeto nunca foi em frente e, sem ocupação, o edifício foi-se degradando, situação só travada com a decisão governamental de ali instalar o Centro de Reabilitação Física do Norte, iniciado em junho de 2010.
O complexo está rodeado de majestosa área verde que se divide entre Francelos e Valadares.

domingo, 7 de abril de 2019

Capela do Senhor da Pedra

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ União das Freguesias de Gulpilhares e Valadares

Alameda do Senhor da Pedra, localizada no areal da praia homónima, Gulpilhares.
Assenta sobre um afloramento rochoso, muito fustigado pelas águas do oceano Atlântico.
Foi edificada em 1686 no local onde terá existido um altar pagão, beneficiando de obras em 1936.
O acesso à capela é feito por escadaria a partir do areal.
Templo de planta hexagonal composto por alpendre antecedendo a entrada principal, sineira em cantaria de granito e sacristia. A ladear o pórtico surgem painéis de azulejos, monocromáticos, de cor azul, com inscrições.
A romaria ao Senhor da Pedra realiza-se no domingo da Santíssima Trindade (domingo anterior ao Corpo de Deus) e tem a duração de três dias. As festividades têm início no sábado com a noite de folclore que encerra à meia-noite com um espetáculo de fogo-de-artifício. No dia seguinte, domingo, desfilam as rusgas ao Senhor da Pedra, tradição que perdura ao longo dos anos e que atrai centenas de pessoas, e ao meio-dia há missa solene na capela. As festas terminam na terça-feira com a procissão e bênção de mar.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Praia da Granja

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ São Félix da Marinha

Rua da Esplanada Fernando Ermida, Granja.
Emblemática praia outrora conhecida como o bidé dos marqueses.
Foi muito frequentada e teve grande prestígio entre o último quartel do século XIX e inícios do XX. Por esta praia passaram e veranearam ilustres figuras, como por exemplo: el-rei Dom Luís, a rainha Dona Maria Pia e seu filho infante Dom Afonso de Bragança, o príncipe real Dom Luiz Filipe, Mouzinho de Albuquerque, ou o famoso Grupo dos Cinco: Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Oliveira Martins, Antero de Quental e Guerra Junqueiro. Muitas outras famílias da nobreza do Porto, Lisboa, Santarém, Castelo Branco e da vizinha Espanha também passaram férias no local.
Atualmente é uma praia que hasteia bandeira azul, composta por uma zona rochosa que aparece e desaparece ao sabor da maré.

Praia da Aguda

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Arcozelo

Rua do Mar, Aguda.
Praia situada entre a praia da Sétima Arte (a sul) e a praia da Areia Branca (a norte).
Um enorme paredão construído em 2002, fez com que o mar não inundasse mais as ruas e criou um “gigante” areal.
É caracterizada pelos seus afloramentos rochosos que proporcionam uma proteção parcial ao seu mar agitado.
Dispõe de toldos, barracas, posto de socorro, saneamento básico, três campos de voleibol e um de futebol.
É procurada pelos praticantes de surf e oferece boas condições para a pesca submarina.
A praia é ocupada por muitos barcos, ou não fosse esta uma zona piscatória, outrora (entre 1920 e 1980) puxados por bois, na chamada Arte Xávega.

Aguda

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Arcozelo

Lugar situado à beira-mar, sendo a única zona piscatória da freguesia de Arcozelo, Vila Nova de Gaia.
A sua origem remonta aos finais do século XIX, como comunidade piscatória, quando em 1870, pescadores da Afurada e de Espinho, aqui se instalaram para a pesca do caranguejo “pilado”, que vendiam aos lavradores locais, para servir como adubo fertilizante.
As formações e afloramentos rochosos naturais, destacados da praia e dispostos paralelamente a esta, proporcionavam uma proteção parcial em relação à agitação, o que motivou a fixação das primeiras famílias de pescadores. Um dos rochedos pontiagudos, a Aguda, deu o nome ao local. O núcleo urbano inicia-se mesmo junto à praia, possivelmente onde outrora se localizavam as dunas primárias.
A urbe é composta por diversos chalés e vivendas de notável valor arquitetónico.
A comunidade dedica-se principalmente à pesca.

terça-feira, 5 de março de 2019

Igrexa de San Xés (Sanxenxo)

España \ Galicia \ Pontevedra \ Sanxenxo \ Padriñan

Rúa San Isidro, Sanxenxo.
Pequeno templo construído entre os séculos XIV-XVI, em estilo mariñeiro, muito comum na costa galega na época. Foi erguida no lugar de Aldariz e transferida para este local entre 1670 e 1780.
A fachada é rasgada por um pórtico plano, encimado por nicho com a imagem da Virxe do Carmen, e sobre este um óculo. À esquerda situa-se uma torre barroca coroada por uma balaustrada pétrea.
O interior, de uma só nave e abside mais estreita, possui duas capelas laterais (dedicadas a São José e à Purificação) que correspondem aos braços da cruz, e um altar que repousa sobre a urna de um Cristo deitado. 

segunda-feira, 4 de março de 2019

Praia da Lanzada

España \ Galicia \ Pontevedra \ O Grove \ San Vicente

PO-308, localizada entre a Punta de Raeiros (a norte) e a Praia do Espiñeiro (a sul), em frente à bonita Illa de Ons.
É uma das mais conhecidas praias da Galiza, muito aprazível e em estado semisselvagem. Ventosa, composta por um extenso areal de cerca de 3 km de areia muito fina, águas frias e com alguma ondulação.
É abrigada por um longo cordão dunar onde se situa um extenso passadiço de madeira ao longo da praia.
No extremo norte, junto à Punta de Caeiros, forma uma pequena baía, ideal para as crianças.
É recomendável para a prática de desportos náuticos como o mergulho, o bodyboard, o windsurf, o surf e o paddle surf.
O limite sul da praia, junto ao Espiñeiro, já pertence ao concello de Sanxenxo, mais propriamente à parróquia de Noalla.
Dispõe de um grande estacionamento gratuito.

domingo, 3 de março de 2019

Combarro

España \ Galicia \ Pontevedra \ Poio \ Combarro

San Roque de Combarro é uma parroquia do concello de Poio, situada a 6 km a oeste da sede do município.
O centro histórico de Combarro, localizado na margem direita da ria de Pontevedra, é um espaço singular que combina na perfeição, a arquitetura popular galega com a arquitetura piscatória europeia. Pelo seu valor arquitetónico e beleza, foi declarado como Conjunto Histórico-Artístico no ano 1972.
O mar e o campo são os dois principais fatores que modelaram a estrutura urbanística de Combarro, a qual se manteve em perfeito estado até aos nossos dias, possibilitando admirar as típicas casas mariñeiras, os cruzeiros e os espigueiros.
O casario é composto por pequenas casas mariñeiras dos séculos XVII-XVIII, com delicados trabalhos de cantaria em que se destacam as suas varandas balconadas de pedra, ao estilo barroco, idênticas aos dos paços. Todas elas estão orientadas ao mar e os seus interiores revelam-se humildes, com piso térreo em terra e sem divisões, destinadas a armazenar os utensílios de pesca e os seus apetrechos.
A rúa do Mar é a mais comercial, juntamente com a paralela rúa de San Roque. Nela observam-se numerosos espigueiros alinhados sobre o muro costeiro e as rampas utilizadas para subir e baixar os barcos e para lançar os apetrechos e redes ao mar.
Os hórreos de Combarro, datados do século XVIII, são cerca de trinta e formam o maior conjunto da Galiza, com a singularidade de se situarem junto à costa. Serviam para armazenar e secar o milho, as batatas, o presunto e o peixe. Por isso eram construídos sobre colunas de uma certa altura para os separar do chão e evitar a entrada de humidade ou ratos. Ainda que atualmente a madeira e a pedra são os materiais mais frequentes, originalmente as paredes eram de canas trançadas e o telhado em palha, daí o nome de palleiras como são conhecidos na vila. 
A rúa Cega deve o seu nome ao facto de ser a única zona de Combarro antigo em que as casas não estão orientadas ao mar. A sua orientação para o interior não é caprichosa nem casual, pois os seus habitantes não se dedicavam às tarefas do mar mas aos labores da terra. A amplitude das portas destas casas permitia a fácil entrada do gado e dos carros.
São sete, o número de cruzeiros existentes no casco velho, construídos entre os séculos XVIII-XIX. Todos eles representam a crucificação de Cristo no seu anverso, virado ao interior, e a figura da Virgem no reverso, olhando o mar. Alguns possuem um altar com funções sobretudo ornamentais para a procissão do Corpus.
A grande praza de Chousa é o local de encontro dos combarrosenses, lugar onde se celebram as festas, feiras e um sem número de atividades.
As primeiras referencias escritas à vila remontam a 1105.