Cidade minhota situada a 20 km a oeste de
Braga, sede do distrito.
É considerada a Rainha do Artesanato.
Não é a principal urbe do Minho, mas talvez
a que melhor a carateriza.
A cidade espraia-se num terreno levemente
ondulado a 39 metros
de altitude, na margem direita do rio Cávado.
A povoação é antiquíssima e sobre a sua
origem há diversas teorias, atribuindo-se aos cartagineses (séculos IX a.C. –
II a.C.) o estabelecimento de uma barca de passagem, derivando o nome de barcellus (barca pequena).
Em 713, durante o período árabe,
era denominada por Barcellenos.
Cerca de 1154 recebe carta de
foral pelas mãos de Dom Afonso Henriques.
As Inquirições
de 1220 referem o rei como senhor de Barcelos.
Em 1256, Dom
Afonso III confirma o foral.
Em 1298 torna-se
na primeira vila condal portuguesa, instituída por Dom Dinis, que a atribui a
Dom Afonso Meneses, cujo papel foi preponderante para a negociação do tratado
de Alcanises.
Em 1385, Dom
João I atribui a Dom Nuno Álvares Pereira, o título de VII conde de Barcelos.
A 1 de
novembro de 1401 é doada, pelo Condestável, a Dom Afonso, como prenda de
casamento deste com sua filha Dona Beatriz Pereira de Alvim. Mais tarde, o novo
Senhor da vila manda construir o paço e uma cerca defensiva em redor da vila.
A 28 de agosto
de 1484, com a morte de Dom Fernando, X Conde de Barcelos e III Duque de
Bragança, degolado em Évora, por ordem de Dom João II, todos os bens da Casa de
Bragança, da qual faziam parte as terras de Barcelos, são confiscados e
integrados nos bens da Coroa.
A 2 de
setembro de 1491, o paço é dado, por Dom João II, para residência do
Alcaide-mor de Barcelos e Capitão-Fronteiro, Francisco de Mendanha.
Em 1496, após
a morte de Dom João II, o rei Dom Manuel manda regressar os herdeiros da Casa
de Bragança, exilados em Espanha, e restitui a Dom Jaime, IV Duque de Bragança,
todas as terras, honras e regalias que os monarcas anteriores já haviam dado.
A 7 de agosto
de 1515, Dom Manuel I outorga-lhe foral novo.
No século XVI,
Dom Sebastião (1557-1578) fê-la ducado, sendo Dom João, filho de Dom Teodósio
de Bragança, o seu primeiro duque.
Em 1640, com a
ascensão ao trono de Dom João IV, XV Conde de Barcelos, III Duque de Barcelos e
VIII Duque de Bragança, o paço passa a fazer parte dos bens da Casa Real.
Em 1928 foi
elevada à categoria de cidade.
A 28 de
janeiro de 2003, a freguesia de Barcelos foi extinta e integrada na União das
Freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro).
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