terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Capelas dos Passos de Ovar

Portugal \ Aveiro \ Ovar \ União das Freguesias de Ovar, São João, Arada e São Vicente de Pereira Jusã

Passo das Filhas de Jerusalém, Largo Mouzinho de Albuquerque


Centro da cidade de Ovar.

Estão ligadas às cerimónias da Quaresma.

Classificadas como Imóveis de Interesse Público desde 16 de junho de 1946.


Passo do Horto, Rua Alexandre Herculano


Terra de arreigadas tradições religiosas, a cidade de Ovar tem, espalhados pelo seu centro histórico, sete pequenas capelas de arquitetura simples em estilo rococó, ao longo das quais se percorre a Via Sacra. Ilustram as diferentes cenas da Paixão de Cristo, em imagens muito expressivas.

A devoção dos Passos em Ovar data de 1572, ano em que foi constituída a Irmandade dos Passos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

No século XVII, o Papa Inocêncio X, concedeu à respetiva confraria, um Breve de Indulgências.

Em 1747 foi concedido à Confraria o real dos Passos, imposto de pagar um real por cada quartilho de vinho que se bebesse em Ovar, com a finalidade da construção das capelas.  


Passo da Verónica, Praça da República


As atuais capelas dos Passos foram construídas entre 1748 e 1756, por iniciativa do Padre Manuel de Resende. Vieram substituir os anteriores Passos, simples barracas de madeira, portáteis. O projeto seria fazer uma capela com cada uma das cenas dramáticas do caminho de Cristo no seu martírio mas na verdade só foram construídas sete, e como os Passos da Via Sacra são catorze, sete têm capela e as outras sete estão assinaladas por cruzes no caminho. Eram seus protetores nessa época, os condes da Feira, que lhe ofereceram um riquíssimo Relicário Processional. 


A primeira, evocando o Pretório, encontra-se no interior da matriz, na nave esquerda. O seu retábulo (1735) e ilhargas (1750) são da autoria do mestre entalhador portuense José Teixeira Guimarães. 

Ao longo da cidade situam-se as restantes capelas, adossadas a edifícios de habitação.

Os cinco oratórios autónomos apresentam porta em cantaria lavrada e os seus interiores estão revestidos de talha dourada rococó e pinturas murais. As figuras foram pintadas pelo mestre valeguense António José Pinto.



 Na Rua Alexandre Herculano, junto ao Tribunal, situa-se a capela do Passo do Horto, também chamada da Queda ou do Senhor Caído por Terra. 


Na Rua Alexandre Herculano acha-se a capela do Passo do Encontro. 


A capela do Passo do Cirineu localiza-se na Rua Cândido dos Reis, junto ao Largo dos Bombeiros Velhos. 


A capela do Passo da Verónica encontra-se na Praça da República.



A capela do Passo das Filhas de Jerusalém depara-se no Largo Mouzinho de Albuquerque (Praça das Galinhas).


Termina na Capela do Calvário, localizada no Largo dos Combatentes da Grande Guerra. É de maiores dimensões e precedida por uma monumental escadaria.


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