Concelho: Aveiro
Freguesia: União das Freguesias de Glória e Vera Cruz
Cidade.
Situa-se a
Famosa pela sua ria.
É a cidade dos canais e Capital da Arte Nova.
Está situada em área plana, a 12 metros de altitude, na
foz do rio Vouga, sendo porto lagunar e marítimo, em comunicação com a ria
através de três canais – o das Pirâmides, o de São Roque e o dos Santos
Mártires ou do Matadouro – merecendo por isso o epíteto de Veneza portuguesa.
Aveiro é um município territorialmente
descontínuo, visto que compreende algumas ilhas na Ria de Aveiro, e uma porção
de península costeira com quase 25
km de extensão que fecha a ria a ocidente.
É limitado a norte pelo município da
Murtosa, a nordeste por
Albergaria-a-Velha, a leste por Águeda, a sul por Oliveira do Bairro, a sueste
por Vagos e por Ílhavo, e com uma faixa relativamente estreita de litoral
no Oceano Atlântico, a oeste.
A sua origem está relacionada com um
povoado de pescadores, provavelmente anterior aos romanos.
A configuração atual da ria é
relativamente recente, pois outrora o mar atingia povoações atualmente
situadas muito longe da costa, como por exemplo Alquerubim que dista de Aveiro 15 km para este, atingida pela
linha da maré ainda no século XI.
A magnífica situação geográfica
propiciou, desde muito cedo, a fixação da população, sendo a salinagem, as
pescas e o comércio marítimo fatores determinantes de desenvolvimento.
Aveiro e as suas salinas surgem
mencionadas pela primeira vez no testamento da condessa Mumadona Dias, feito a
26 de Fevereiro de 959. Nesse testamento, são legadas ao Convento de
Guimarães, salinas em
Allavarium.
A produção de sal, bem essencial para a
conservação dos alimentos, e a situação geográfica viriam a transformar a
cidade num importante centro marítimo e comercial desde a nacionalidade.
A povoação desenvolveu-se à volta da
igreja consagrada a São Miguel (demolida em 1835), que se situava onde hoje é a
Praça da Republica.
Em 24 de Abril de 1187, Dom Sancho I doa Aveiro à sua irmã Dona Urraca Afonso.
No século XIV foi doada por Dom João I a
seu filho o infante Dom Pedro, duque de Coimbra. Este, no século XV cingiu
Aveiro de robustas muralhas e mandou construir vários monumentos.
Em 1434, Dom Duarte promoveu a criação de
uma feira franca anual, que se manteve até hoje, a conhecida Feira de Março.
Em 1472, com a vinda da princesa Santa
Joana, irmã do rei Dom João II para o Mosteiro de Jesus, Aveiro passou a ter bastante notoriedade. Em 1485, o monarca doou o
senhorio da então vila à sua irmã que acabaria por falecer no convento, em 1490.
Em 1495 Dom João II, ao estabelecer o património do seu filho bastardo Dom Jorge, nele incluiu Aveiro.
Em 27 de Maio de 1500 Dom Manuel I
confirmou quase totalmente o largo património dado a Dom Jorge, constituindo
deste modo os domínios do ducado de Aveiro.
No início do século XVI, era uma vila
considerável e próspera, com muitos conventos, igrejas e capelas, enriquecida
pelo sal e pelos navios que pescavam o bacalhau na descoberta Terra Nova,
fundamental para o seu desenvolvimento.
Em 4 de Agosto de 1515 recebeu o primeiro
foral conhecido, dado por Dom Manuel.
Em 1575 a sua riqueza desapareceu de um dia para o
outro quando violentas tempestades se abateram sobre a região e assorearam o
porto. O canal que até então era navegado pelos barcos de grande envergadura
que chegavam à cidade e que fazia a ligação entre a ria e Oceano Atlântico,
foi destruído. A partir de então, a ria passou a ser propriedade quase
exclusiva dos moliceiros.
A 11 de Abril de 1759, mesmo empobrecida,
Aveiro foi elevada a cidade por Dom José.
A 13 de Junho de 1759, Dom José fez
executar o último duque de Aveiro, titulo criado em 1547 por Dom João III,
cujos bens foram confiscados a favor da Coroa.
A 3 de Abril de 1808, e após várias
tentativas, a barra nova de Aveiro foi aberta, tendo sido aproveitada para o
efeito muita pedra das muralhas medievais. Com a abertura
da nova barra, a cidade conheceu um novo impulso e cresce.
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