Cidade transmontana, sede de concelho e de
distrito, localizada na raia, a cerca de 485 km a nordeste da capital Lisboa.
O
primitivo núcleo populacional terá sido Celiobriga
e depois Brigância.
Os
romanos valorizaram-na e deram-lhe o nome de Juliobriga, em homenagem a Júlio César.
Após
a queda do Império Romano, voltaria a ser Brigância.
Já
em domínio português, Dom Sancho I (1185-1211) manda construir, à volta da vila,
uma linha defensiva de altas muralhas, e outorga-lhe o seu primeiro foral
(1187).
Em
1199, Afonso IX de Leão, veio sitiar Bragança, mas a tropa enviada por Dom
Sancho levou os leoneses a abandonar o intento.
Em
finais do século XIII, Dom Dinis (1279-1325), manda construir o primeiro
castelo e erguer uma nova linha de muralhas à volta do burgo, que entretanto
cresceu.
No
século XIV, o infante Dom Afonso Sanches, meio-irmão de Dom Afonso IV, em
resposta à confiscação de seus bens pelo monarca e depois de algum tempo fora
do País, onde conseguiu reunir auxílios, escolheu como vitimas para vingativa
punição, Bragança, mais a sua região, e por aqui andou a queimar e destruir,
até que a intervenção pacificadora da Rainha Santa alcançou a reconciliação
entre seu filho, o rei, e o enteado.
Em
1377, Dom Fernando mandou ampliar a cerca. Durante o reinado deste rei,
Bragança viria a ser tomada pelo exército do rei de Castela, Enrique I, numa
daquelas desastradas guerras em grande parte provocadas pelo monarca, por nada
e para nada.
Em
1409, foram iniciadas as obras do atual castelo, erguidas sobre o primitivo
castelo de Dom Dinis. Só terminam 40 anos depois.
Em
1442, o infante Dom Afonso, filho natural de Dom João I e de Dona Inês Pires,
funda a Casa de Bragança.
No
reinado de Dom Afonso V (1438-1481) foram construídas a fonte d’el Rei (ou Poço
do Rei) e os panos de muralha que a cercam. Este rei outorgou-lhe Foral Novo
(1464), a pedido de Dom Fernando, II Duque de Bragança e eleva-a à categoria de
cidade.
Nos
finais do século XV e inícios do século XVI, começa a afirmar-se a supremacia
económica do arrabalde em detrimento da “vila”. No século XVII é já dominante.
A
partir de 1640 até à implantação da República, o seu nome ganhou mais
visibilidade, com a coroação de Dom João, VIII duque de Bragança, iniciando a
Dinastia de Bragança que reinou durante esse período.
Durante cerca de 15 anos, o
distrito esteve dividido em dois bispados – Bragança e Miranda -, até que, em
Setembro de 1780, se fundiram num só.
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