Vila romântica situada na margem do rio
Lima, a cerca de 30 km a nordeste de Viana do Castelo, sua sede de distrito.
Pertence ao itinerário dos peregrinos
para Santiago de Compostela, que, vindos do Porto, cruzavam o rio Lima em
direção à Galiza.
A povoação desenvolveu-se em
função da única ponte que atravessava o rio Lima.
Do período romano reza uma
lenda datada de 135 a.C., que conta que as hostes romanas comandadas por Decius
Junius Brutus ao atingirem a margem esquerda do rio Lima ficaram fascinadas com
a beleza do lugar, julgando-se perante o lendário rio Lethes, que apagava todas
as lembranças da memória a quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a
atravessá-lo e só quando o comandante passou e, da outra margem chamou a cada
um pelo seu nome, provando não ser este o rio do Esquecimento, é que os
soldados aceitaram atravessar.
A partir de meados do século
XI foi cabeça de um território conhecido por Terra de Riba Lima, também designada por Terra de São Martinho ou Terra
de Ponte de Lima.
A 4 de Março de 1125 recebeu foral de
Dona Teresa, mãe de Dom Afonso Henriques. Nesse documento aparece também a
referencia à Feira de Ponte de Lima, a primeira documentada em Portugal, e
responsável pelo dinamismo que a vila viria a conhecer.
Em 1217, Dom Afonso II confirma o foral
aos “povoadores da Ponte”.
Entre 1359 e 1370 foi erguida a muralha
de Ponte de Lima, a qual integrava a ponte, mandadas fortificar por Dom Pedro I.
Era constituída por 9 torres e 9 portas.
Em 1385, o recente rei Dom João I
empreendeu com Nuno Álvares Pereira uma campanha militar para dominar os focos
de resistência no Entre Douro-e-Minho. O cerco a Ponte de Lima, local onde se
refugiou Lopo Gomes de Lira, na altura Meirinho-Mor de Entre Douro-e-Minho e
apoiante de Dona Beatriz e Dom João de Castela, ocorreu em maio.
Em 1464 foi nomeado Alcaide-mor do
castelo de Ponte de Lima, Dom Leonel de Lima. Figura que participou em todas as
grandes empresas militares portuguesas do século XV. A sua ascensão social
começou depois da batalha de Alfarrobeira (1449) onde esteve ao lado de Dom
Afonso V.
Em 1511 recebeu foral novo por Dom Manuel
I.
No século XVII era cabeça de Comarca,
tendo sido mudada por Viana.
A 5 de maio de 1826, Dom Pedro IV
autorizou a realização das Feiras Novas de Ponte Lima. Ainda hoje são as festas
do concelho, e romaria por excelência, realizadas em Setembro, em honra de
Nossa Senhora das Dores.
Em 1865 deu-se a inauguração
da iluminação pública. A vila abriu-se para o rio, implicando aterros junto ao
Largo de Camões e soterramento de alguns arcos da Ponte.
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