sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Vila romântica situada na margem do rio Lima, a cerca de 30 km a nordeste de Viana do Castelo, sua sede de distrito.
Pertence ao itinerário dos peregrinos para Santiago de Compostela, que, vindos do Porto, cruzavam o rio Lima em direção à Galiza.

A povoação desenvolveu-se em função da única ponte que atravessava o rio Lima.
Do período romano reza uma lenda datada de 135 a.C., que conta que as hostes romanas comandadas por Decius Junius Brutus ao atingirem a margem esquerda do rio Lima ficaram fascinadas com a beleza do lugar, julgando-se perante o lendário rio Lethes, que apagava todas as lembranças da memória a quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a atravessá-lo e só quando o comandante passou e, da outra margem chamou a cada um pelo seu nome, provando não ser este o rio do Esquecimento, é que os soldados aceitaram atravessar.
A partir de meados do século XI foi cabeça de um território conhecido por Terra de Riba Lima, também designada por Terra de São Martinho ou Terra de Ponte de Lima.
A 4 de Março de 1125 recebeu foral de Dona Teresa, mãe de Dom Afonso Henriques. Nesse documento aparece também a referencia à Feira de Ponte de Lima, a primeira documentada em Portugal, e responsável pelo dinamismo que a vila viria a conhecer.
Em 1217, Dom Afonso II confirma o foral aos “povoadores da Ponte”.
Entre 1359 e 1370 foi erguida a muralha de Ponte de Lima, a qual integrava a ponte, mandadas fortificar por Dom Pedro I. Era constituída por 9 torres e 9 portas.
Em 1385, o recente rei Dom João I empreendeu com Nuno Álvares Pereira uma campanha militar para dominar os focos de resistência no Entre Douro-e-Minho. O cerco a Ponte de Lima, local onde se refugiou Lopo Gomes de Lira, na altura Meirinho-Mor de Entre Douro-e-Minho e apoiante de Dona Beatriz e Dom João de Castela, ocorreu em maio.
Em 1464 foi nomeado Alcaide-mor do castelo de Ponte de Lima, Dom Leonel de Lima. Figura que participou em todas as grandes empresas militares portuguesas do século XV. A sua ascensão social começou depois da batalha de Alfarrobeira (1449) onde esteve ao lado de Dom Afonso V.
Em 1511 recebeu foral novo por Dom Manuel I.
No século XVII era cabeça de Comarca, tendo sido mudada por Viana.
A 5 de maio de 1826, Dom Pedro IV autorizou a realização das Feiras Novas de Ponte Lima. Ainda hoje são as festas do concelho, e romaria por excelência, realizadas em Setembro, em honra de Nossa Senhora das Dores.
Em 1865 deu-se a inauguração da iluminação pública. A vila abriu-se para o rio, implicando aterros junto ao Largo de Camões e soterramento de alguns arcos da Ponte.

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