Portugal \ Aveiro \ Aveiro \ União das Freguesias de Glória e Vera Cruz
Praça
Marquês de Pombal, Aveiro.
É também conhecido por convento de São João
Evangelista.
Classificado como Monumento Nacional desde
23 de junho de 1910.
Tem
origem num monumental Paço, de quatro torres, mandado construir por Dona Brites
de Lara e Meneses, viúva de Pedro de Médici, para sua residência e destinado,
por testamento, a um convento.
O convento foi fundado em 1657, para servir
as monjas Carmelitas Descalças. As obras ficaram concluídas em 1738.
Em
1904, para que pudesse ser aberta a atual praça, muito do edifício conventual
foi demolido, restando atualmente uma das torres, parte do claustro e parte das
dependências das monjas.
Mais tarde, os antigos anexos conventuais serviram
como posto da Polícia de Segurança Pública (PSP) e Tribunal.
A
igreja demorou cerca de 200 anos para ficar concluída, sendo terminada
apenas em finais do século XVIII, beneficiando de muitas ofertas dos Duques de
Aveiro.
A fachada é rasgada por portal rematado por
frontão semicircular interrompido por cruz e janelão retangular. Termina em
frontão triangular com emblemática heráldica e remate boleados assente em
plintos, elevando-se no topo, sobre pedestal, cruz de hastes retas.
Apresenta um interior harmonioso, com
decoração que vai do maneirismo
ao rococó, no modelo português das igrejas forradas de ouro, onde o
dourado da talha dourada se mistura com os painéis de azulejos azul e branco.
Os azulejos, datados do segundo quartel do
século XVIII, são de manufatura coimbrã de António Vital Rifarto, com temática
bucólica e cenas relacionadas com a vida de eremitas.
Os tetos da nave e do coro são ornados com
pinturas da vida de Santa Teresa, datados dos séculos XVII e XVIII.
A
capela-mor guarda um amplo retábulo, assente em alto embasamento, constituído
por corpo em arquivoltas assente em colunas torsas que abrem dois nichos
albergando estatuária e, rasgada ao centro, por camarim profundo de cobertura
em concha ocupado por trono de degraus com oratório tríplice.
No
enfiamento da capela-mor, duas portas dão acesso à sacrista.
Do
lado da Epístola, corpo anexo com grade cravada.
monumentos.gov.pt (Igreja das Carmelitas / Igreja de São João Evangelista), 2021
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