domingo, 20 de agosto de 2017

Biblioteca Municipal de Lousada

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Praça Dr. António Meireles, Lousada.
Instalada no edifício das escolas primárias de Silvares, construídos em 1901 para ensino de ambos os sexos. Projeto-tipo Adães Bermudes.
Entre 1941 e 1945 beneficiou de obras de beneficiação.
Em 1999 deixou de funcionar como escola e no ano seguinte iniciaram as obras interiores para o adaptar a novos usos. Foi inaugurado como Biblioteca Municipal em 2002.
Tem planta retangular e é composta por três volumes principais, sendo o central mais alto, de dois pisos, destinado à residência dos dois professores, e os laterais destinados às salas de aula. Os panos extremos são levemente salientes e terminam em empena, encimados por sineira retangular de granito.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Monumento ao Bispo Dom António Meireles

País: Portugal
Concelho: Lousada
Freguesia: União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Avenida Senhor dos Aflitos, à entrada da escadaria que dá acesso à capela do Senhor dos Aflitos, Lousada.
Monumento que homenageia o lousadense Dom António Augusto de Castro Meireles, Bispo de Angra do Heroísmo e do Porto.
Dom António Meireles nasceu em 13 de agosto de 1885 na Casa da Fonte, em Boim (Lousada) e faleceu a 29 de março de 1942, no Paço Episcopal da Torre da Marca, no Porto.
Fez os seus estudos no Seminário dos Carvalhos e no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, ingressando mais tarde no Seminário do Porto, onde cursou Teologia no ano de 1903, sendo ordenado padre em 1908. Já na Universidade de Coimbra, formou-se em Teologia e Direito no ano de 1912, tendo aberto nesse ano escritório de Advogado no Porto.
Nas eleições gerais de 1915, conseguiu ser eleito pelo círculo de Oliveira de Azeméis, sendo então o primeiro e único deputado dos grupos políticos católicos a ter assento no Congresso da República.
Mais tarde foi nomeado Bispo de Angra do Heroísmo (1924-1928), Bispo coadjutor do Porto e Bispo titular de Lamia (1928-1929), e Bispo do Porto (1929-1942). 

Solar dos Condes de Santar

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Avenida Viscondessa de Taveiro, Santar.
É pertença da Sociedade Agrícola de Santar (produz vinho do Dão).
A construção do núcleo primitivo da casa remonta ao século XVI, por João Gonçalves do Amaral.
O solar atual é composto por dois corpos diferenciados. O mais baixo corresponde à construção do século XVII, sendo o segundo da centúria seguinte.
É antecedido por passeio lajeado, desnivelado da estrada, com murete baixo, onde assentam frades de pedra acorrentados.
O corpo primitivo desenvolve-se em dois andares, com capela ao centro e remate em empena com cruz. O templo, datado de 1678, é rasgado por portal retangular, encimado por cornija com modilhões onde assenta uma pedra de armas dos Melos, Pais do Amaral e Castelo Branco, entre dois pináculos, sobrepujado por óculo circular profundo e pequeno nicho. Tem campanário lateral. O interior da capela é composto por nave única e abside. É coberto por um teto de caixotões e revestido por um silhar de azulejos padrão. Alberga pinturas e um retábulo de talha dourada seiscentista. No pavimento encontra-se uma sepultura epigrafada do capitão-mor de Senhorim, António Pais do Amaral, com pedra de armas encimada por chapéu eclesiástico.
O corpo setecentista é simétrico e maior, articulado por pilastras rematadas por pináculos, com a zona central mais alta, marcada por frontão triangular contendo brasão de armas.
Adossado à esquerda da fachada situa-se muro com portão encimado por empena polilobada com pedra de armas, flanqueada por pilares rematados por pináculos.
Destaque para a Sala dos Coches com pavimento em tijoleira e teto de madeira sobre três pilares de granito.
A Cozinha Velha, construída em 1690, tem planta retangular. Alberga uma granítica fonte natural tipo relicário (com nicho de Santo António) e tanque quadrangular rasteiro, e uma ampla lareira de cantaria com grande chaminé.
No prolongamento da fachada da Cozinha encontra-se uma fonte datada de 1700, com revestimento azulejar figurativo, azul e branco, com cenas de caça.
Para sul estende-se o jardim e a quinta agricultada com vinha. A quinta, com forma quase retangular, está dividida em terraços, de cotas cada vez mais baixas à medida que se desce a encosta de suave declive. O jardim desenvolve-se em três amplos terraços, cada qual com diferente e rigoroso desenho de buxo. No primeiro terraço surge um jardim de buxo do século XX que joga com roseiras, elementos de água e estatuetas de granito. Os terraços seguintes são em desenho de buxo centenário. É comum aos três terraços um caminho central que termina num enorme lago envolvido por um pequeno bosque.
Num grande pátio junto à casa surge a Fonte dos Cavalos, construída em 1727 por ordem de José de Mello Pais do Amaral. Está revestida a azulejos datados de 1790, da autoria de José Maria Pereira do Cão, representando figuras equestres. Possui no centro um brasão, sobre o qual uma máscara grotesca lança água para um bebedouro de pedra.
No extremo sul do jardim situam-se as adegas, em cuja sala de Provas existe um arco ultrapassado de moldura decorada que assenta diretamente no chão.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Solar do Soito

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Rua Sacadura Cabral, Santar.
Está inserida numa grande propriedade onde se situa o Paço dos Cunhas.
Edifício classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993
Palacete construído no século XVIII, pertença da família Coelhos do Amaral.
O imóvel é antecedido por escadaria de dois lanços transversais, convergentes, com corrimão de balaústres.
A frontaria é totalmente preenchida de vãos moldurados com elementos curvilíneos dinâmicos. O piso inferior é constituído por portal flanqueado de pequenas volutas sob lintel em cortina, ladeado por uma janela e uma porta de molduras de frontões curvilíneos. O andar superior é composto por cinco janelas de molduras e frontões curvilíneos e parapeitos em sanefa. Sobre a janela central eleva-se o brasão dos Coelhos Amaral. É rematada por cornija que se arqueia acentuadamente ao centro e coruchéus sobre os cunhais.
Dispõe de um belo jardim com canteiros de buxo e de rosas, nespereiras, cedros, nogueiras, pinheiros, palmeiras e uma carreira de cameleiras. É decorada pelas estátuas de São Filipe Nery e de Nossa Senhora da Conceição e por uma carreira com bancos revestidos a azulejos de figura avulsa e um grande banco de topo com azulejos figurativos azuis e brancos de cercaduras roxo e amarela, com temática de caça e cortesãs, dos séculos XVII e XVIII.
Tem ainda uma grande quinta vinícola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Paço dos Cunhas

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Largo do Paço, Santar.
Inserida numa grande propriedade onde se encontra o Solar do Soito.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993.
Imóvel que tem origem no Solar da Quinta do Casal Bom, um solar de grande nobreza do século XVI, pertença dos antigos donatários de Senhorim, Óvoa e Barreiro.
O atual edifício, em estilo maneirista e barroco, do qual só resta a fachada principal, é uma edificação mandada fazer em 1609 por Dom Pedro da Cunha, aproveitando algumas estruturas do edifício quinhentista.
Em 1641, Dom Lopo da Cunha, filho de Dom Pedro da Cunha, e partidário dos Filipes, fugiu para Espanha e participou numa conspiração contra Dom João IV. Este ato teve como consequência a confiscação dos seus bens, o desterro em Espanha e, consequentemente, o abandono e início da ruína do Paço dos Cunhas.
No século XIX foi comprado por José Caetano dos Reis que o integrou na sua propriedade e reconstruiu parcialmente as antigas cavalariças e a adega.
O que se vê atualmente é a fachada, de tímida curvatura central, e rasgada por belo pórtico flanqueado por duas colunas sobre plintos paralelepipédicos, encimadas de lintel com inscrição epigráfica e com dois florões a ladear o brasão dos Cunhas. As janelas, ao nível do segundo piso, são compostas por balcão de balaústres, e a delimitar a fachada encontram-se pilastras encimadas de coruchéus. Na face interna situa-se pequeno nicho sobre a porta, e a norte e oeste articulam-se dois corpos em L. 
Dispõe de um belo jardim, uma grande quinta vinicola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante. 

sábado, 27 de maio de 2017

Casa das Fidalgas

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Largo da Torre e Avenida Viscondessa de Taveiro, Santar.
É também chamada de Solar de Dom Duarte ou Quinta do Duque de Viseu.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 19 de fevereiro de 2002.
O solar, de fundação seiscentista, foi mandada construir por Domingos de Sampaio do Amaral, a partir de uma torre senhorial datada de finais do século XIV e demolida no século XVIII por Dom Rui Lopes de Sousa Alvim Lemos.
Em 1950 foi beneficiada com diversas obras de renovação e remodelação e acrescentada a varanda alpendrada.
Em 1975 passou para a posse de Dom Duarte e Dom Miguel de Bragança.

A casa é composta por pequena capela com berço de caixotões de madeira de molduras marmoreadas e douradas, tendo sobre o altar um retábulo de talha joanina azul e dourada com volutas, anjinhos e sanefa sobre a imagem de Cristo Crucifixado.
A biblioteca é coberta por teto de estuque pintado com rendilhados e volutas vegetalistas a enquadrar cartelas com heráldica familiar tendo, ao centro, as armas dos Sousas, de Martim Afonso Chicharro.
A sala de jantar é coberta por teto de estuque e forrada a pratos de louça fina.
Destaque ainda para o Escritório com teto de estuque apainelado com florões a imitar madeira, a Sala Verde com teto de masseira de decoração vegetalista, a Sala Amarela também com teto de masseira oitavado e para a dupla Sala Passagem com arco de madeira em asa-de-cesto onde se apoiam dois tetos de caixotões de madeira.
Do recheio da casa fazem parte pinturas e mobiliário dos século XVIII e XIX.
Possui jardim formado por canteiros de buxo e árvores decorativas e terrenos agricolas com vinhas, oliveiras e hortas.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Capela da Misericórdia de Arouca

País: Portugal
Concelho: Arouca
Freguesia: União das Freguesias de Arouca e Burgo

Praça Brandão de Vasconcelos, Arouca, adossada à antiga Casa da Câmara.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 8 de maio de 1959.
Pequeno templo maneirista edificado em 1612.
A fachada é rasgada por um portal em arquivolta de arco pleno, inserido num alfiz com colunelos simples e pináculos. É encimada por um óculo sobre o qual se eleva o escudo de Portugal. 
Do lado direito da fachada foi edificada a torre sineira, de elevada estatura, dividida em quatro registos, com portal de entrada no primeiro e janela de sacada precedida de guarda de ferro no segundo.
O interior, de uma só nave, é coberto por um teto trapezoidal composto por 45 caixotões de madeira, datados de 1773, totalmente decorado com pinturas de Evangelistas, Apóstolos e Doutores da Igreja e cenas de temática mariana e do Nascimento, Vida e Paixão de Cristo. Alberga, do lado do Evangelho, a Capela do Senhor dos Passos, de talha dourada e policromada com ornatos em concha, e do lado da Epístola, um púlpito de madeira trabalhada e policromada com base pétrea e mísula concheada, e a tribuna dos mesários, com varandim abalaustrado. Todo o interior é revestido a azulejos seiscentistas de padrão azuis e amarelos, exceto na parede fundeira onde exibe o retábulo-mor, de modelo maneirista e que se divide em dois registos: o primeiro albergando três tábuas pintadas com temas marianos (Anunciação, Visitação e Creche) e dois nichos com estatuária; o segundo com cinco pinturas (Virgem com São João, Santo António, São Francisco) e duas com temas da Paixão de Cristo, também em tábua, e um crucifixo. 
Conta com um espaço museológico ligado à arte sacra.

sábado, 20 de maio de 2017

Antiga Câmara de Arouca

País: Portugal
Concelho: Arouca
Freguesia: União das Freguesias de Arouca e Burgo


Praça Brandão de Vasconcelos, Arouca. 
Encontra-se adossada à Capela da Misericórdia.
A sua construção foi iniciada em 30 de Janeiro de 1805, depois do príncipe regente Dom João ter autorizado a Câmara a lançar o imposto de dois reais sobre a venda de cada quartilho de vinho e por cada arrátel de carne, para financiar as obras de construção da nova Câmara.
Mais tarde os serviços camarários mudaram de instalações e passou a albergar a Cadeia e posteriormente o Hospital.

Trata-se de um edifício eclético, de dois pisos e planta retangular, onde se destaca a cantaria das molduras que ganham evidência pelo contraste com o pano, e ainda pelo ritmo que a variedade dos vãos imprime à fachada. O pórtico é encimado por cantaria de linhas curvas ligado a pedra de armas com o brasão nacional. A cercá-la, no andar nobre, duas janelas de sacada com guardas de ferro, molduradas com bacias de pedra sobre mísulas.
No interior, o destaque vai para a escada centralizada de patamar alto para onde abrem três portas que dão acesso às divisões do segundo andar.

sábado, 13 de maio de 2017

Praça Brandão de Vasconcelos (Arouca)

País: Portugal
Concelho: Arouca
Freguesia: União das Freguesias de Arouca e Burgo

Praça Brandão de Vasconcelos, Arouca.
O verdadeiro coração da vila de Arouca, local onde as pessoas convivem e se encontram. Está situada mesmo em frente à fachada principal do Mosteiro.
Praça criada no final do século XIX, no local onde existiu a Igreja de São Bartolomeu, fundada no século XVI e que foi derrubada devido às suas precárias condições.
A regeneração do centro histórico de Arouca, iniciada em 2012, contemplaram nesta praça o deslocamento do chafariz do centro para uma das extremidades, a construção de um anfiteatro e o rebaixamento do pavimento em calçada, de modo a favorecer a vista quer da capela da Misericórdia, quer da antiga cadeia. Durante os trabalhos foram encontrados dois crânios e parte da ossada de duas pernas, datadas do período medieval, o que atesta a existência da referida igreja. 

terça-feira, 9 de maio de 2017

Café Majestic

País: Portugal
Concelho: Porto
Freguesia: União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória

Rua de Santa Catarina nº 112, Porto.
O mais sumptuoso e emblemático café portuense.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1983.
É da autoria do arquiteto portuense João Queirós.
Foi escriturado em 17 de Dezembro de 1921 com o nome de Café Elite, uma denominação que tinha plena justificação porque era, naquele tempo, o mais belo exemplar dos cafés portuenses, um espaço para ser usufruído pela elite da cidade.
Só dois anos mais tarde adotou o nome que ainda hoje mantém, após um contrato de arrendamento feito pela Sociedade Majestic Lda., para a exploração de uma esplanada aberta para a rua de Passos Manuel, onde funcionava uma cervejaria e onde se realizavam animados jogos de matraquilhos. Aquela sociedade explorava ainda, no piso superior, uma ampla sala de jogos.

O café encontra-se inserido num edifício do início do século XX, considerado um notável exemplo da Arte Nova portuguesa que alia a singularidade dos detalhes decorativos a uma boa integração urbanística.
No interior destaca-se o deslumbrante luxo decorativo muito próprio da época em que a Arte Nova estava em voga, com resplandecentes espelhos de Antuérpia, primorosos bancos corridos estofados a couro gravado, madeiras trabalhadas, colunas de mármore terminadas em capitéis dourados e ornamentados com figuras de querubins, e mármores indianas no chão e tampos das mesas.

Se no passado andaram por aqui António Nobre, Beatriz Costa, Gago Coutinho, José Régio, Leonardo Coimbra ou Teixeira de Pascoaes, o livro de honra inclui hoje os ex-presidentes Jacques Chirac (França), Joaquim Chissano (Moçambique), Aníbal Cavaco Silva ou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Também a escritora J. K. Rowling aqui passou, escrevendo grande parte do primeiro livro da saga Harry Potter – A Pedra Filosofal
Recentemente, uma prestigiada revista de turismo internacional, considerou-o como o sexto mais bonito café do mundo.