sábado, 27 de outubro de 2018

Sobral de Monte Agraço

Portugal \ Lisboa \ Sobral de Monte Agraço \ Sobral de Monte Agraço


Vila sede de concelho, localizada a 46 km a norte de Lisboa. 
O aglomerado urbano situa-se junto da margem direita do rio Sizandro.
A urbe tem o seu coração na Praça Dr. Eugénio Dias, marcada pela traça tardia, contemporânea de Dom José, onde se destacam os paços do concelho, a igreja e o chafariz, todos mandados edificar em 1771 por Inácio da Cruz Sobral.

O primitivo povoamento terá começado a partir do Monte Agraço, a cerca de quatro quilómetros da atual sede de concelho. A instalação humana no local deveu-se às terras férteis e irrigadas do vale do Sizandro, muito favorável à agricultura.
Em 1186, o então reguengo do Soveral foi doada pelo rei Dom Sancho I ao bispo e cabido de Évora.
Durante as Inquisições de Dom Afonso III, no século XIII, surgem referências à povoação, relativas à igreja de Santa Maria de Monteagraço.
Data de 1352 um trespasse do rossio de Montagraço a Gonçalo Pires Ribeiro, confirmado por Dom Dinis.
A partir do século XV, o povoamento que era até então disperso, começou a ser concentrado.
Em 1518 recebeu foral Novo pelo rei Dom Manuel. Por esta altura apresentava para além da Igreja Paroquial, o pelourinho e uns paços pertencentes ao bispo e cabido de Évora. O seu termo, nessa altura, era maior do que na atualidade, pois era constituído pelas aldeias de Vila Galega, Soveral, Barqueira, Cavela, Patameira, Bespeira e Cardosa. Estendia-se por uma légua e era delimitado pelos concelhos de Lisboa, Arruda e Torres Vedras, ao qual pertencera antes da atribuição do foral.
Em 1527 aparece no Cadastro (censo da população) com o título de vila, sendo o seu donatário o conde de Sortelha. O lugar mais importante da vila já era Sobral.
A 20 de agosto de 1654, a freguesia de Sobral de Monte Agraço foi integrada no termo de Lisboa.
Em 1771 o seu senhorio foi dado a Joaquim Inácio da Cruz Sobral, tesoureiro do Real Erário.
Em finais do século XVIII, inícios do XIX, a sede do concelho foi transferida do Lugar de São Salvador do Mundo, onde ainda se encontra a antiga Igreja Paroquial, para o Lugar de Sobral que entretanto aumentou de importância.
Em 1809, aquando das invasões napoleónicas, foi levantada nas suas imediações uma fortificação abaluartada, o Forte de Alqueidão, inserida no sistema defensivo das linhas de Torres Vedras. Foi no Sobral que morreu em combate o general Sainte-Croix, conselheiro do marechal Massena.
            Em 1844 tornou-se cabeça de condado.
            Em 1855 o seu concelho foi extinto.
            Em 1898 o seu antigo concelho foi restaurado com um aumento do seu território, passando a anexar a freguesia de Sapataria, que pertencia a Torres Vedras.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Jardim Zoológico de Lisboa

Portugal \ Lisboa \ Lisboa \ São Domingos de Benfica

Praça Marechal Humberto Delgado, Lisboa.
Ocupa a antiga quinta do Conde de Farrobo ou das Laranjeiras, sendo delimitada a sul pela Estrada das Laranjeiras e a oeste pela Estrada de Benfica.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 21 de dezembro de 1974.
O Jardim Zoológico de Lisboa foi fundado a 28 de maio de 1884 por Pedro Van der Laan e José Thomaz Sousa Martins, tornando-se no primeiro parque da Península Ibérica, dedicado à fauna e flora.
A 13 de maio de 1894 foi transferido para o Parque de Palhavã, onde atualmente se situa a Praça de Espanha.
Só em 1905, é que foi transferido definitivamente para a Quinta das Laranjeiras, após contrato de arrendamento com o Conde de Burnay. As novas instalações foram inauguradas a 28 de maio.
Em 1912, o local sofreu uma importante adaptação, projeto do conceituado arquiteto Raul Lino.
Durante várias décadas, as remessas de animais provenientes de África e do Brasil contribuíram para que aquele que foi o primeiro parque com flora e fauna da Península Ibérica tivesse uma coleção de espécies vasta e diversificada. 
A partir de 1991, quando se tornou membro da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), teve inicio a modernização do espaço do zoo, com a criação de áreas de trabalho específicas destinadas a melhorar a coleção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados veterinários.
Se nas primeiras décadas de existência o objetivo era mostrar simplesmente os animais aos visitantes, hoje em dia já não existem tigres fechados em jaulas, nem chimpanzés a serem alimentados por quem visita o espaço, ou o elefante que tocava a sineta quando recebia uma moedinha.
Possui uma das melhores coleções de animais do mundo, com cerca de 2000 animais de 324 espécies diferentes, entre as quais se destacam os mamíferos, as aves, os répteis, os anfíbios e os antrópodes.
Disponibiliza diversas atividades tais como a observação de golfinhos e leões-marinhos, apresentação de aves em voo de livre, alimentação de pelicanos, visita ao Parque Arco-Íris, à Quintinha Pedagógica e ao reptilário, bem como viagens de comboio e de teleférico.
A primeira área, logo após o portão de entrada, é de ingresso livre. Neste local existem espaços de restauração, carroceis e lojas.