sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Praia de São Pedro de Maceda

Portugal \ Aveiro \ Ovar \ Maceda


Praia selvagem situada numa zona de pinhal, em plena Mata Nacional das Dunas de Ovar. O acesso é feito pela Avenida da NATO, Maceda. 
É a mais famosa praia da freguesia de Maceda e a única a ostentar bandeira azul, galardoada pela primeira vez em 2016.
Esta é a praia ideal para os que procuram o contacto com a natureza, longe da urbe.
Tem uma imensa extensão de areal e as suas altas dunas mostram claros sinais da fustigação a que estão sujeitas pelas águas do mar no inverno. Todos os anos, o seu areal perde vários metros para o mar.
O mar é perigoso e frio. 
Tem bar de apoio, instalações sanitárias, parque infantil, de merendas e estacionamento amplo.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Marmoiral de Sobrado

Portugal \ Aveiro \ Castelo de Paiva \ União das Freguesias de Sobrado e Bairros


Rua Dom José da Arrochela, no sítio da Meia-Laranja, junto à entrada da Quinta da Boavista, Castelo de Paiva.
Está classificado como Monumento Nacional desde 5 de janeiro de 1950.
Monumento erguido por volta do século XII. Um documento existente na Torre do Tombo, datado de 1191, refere a existência de um marco de delimitação de propriedade de um Mosteiro vizinho, que poderá ser o de Sobrado, onde terá repousado o corpo de Dona Mafalda, filha de Dom Sancho e neta de Dom Afonso Henriques, na sua viagem final do Mosteiro de Alpendurada para o Mosteiro de Arouca, onde foi sepultada.
Faz parte de um grupo de memoriais que demarcavam os limites territoriais da área jurisdicional do Mosteiro de Arouca. Além deste, são conhecidos os Memoriais de Ermida, Arouca (Burgo), Alpendurada e Lordelo.
O Mairmoral da Boavista, como também é conhecido, apresenta uma tipologia diferente dos restantes, uma vez que não apresenta arco. É formado por duas cabeceiras verticais em forma de estela funerária, com remates circulares, onde foram gravadas, em cada face, cruzes latinas. Servem de apoio a duas lajes horizontais, cujas faces externas foram gravadas espadas. A laje superior é retangular e possui uma figura geométrica em ponta de lança que inclui uma cruz interior. A inferior, correspondente a uma tampa sepulcral, apresenta formato convexo na superfície e possui gravada uma longa espada e uma cruz grega inscrita em círculo, elemento habitual no românico, tanto na arte tumular como nas paredes dos templos.
Integra a Rota do Românico do Vale do Sousa.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Palácio Sotto Maior (Condeixa-a-Nova)

Portugal \ Coimbra \ Condeixa-a-Nova \ União das Freguesias de Condeixa-a-Velha e Condeixa-a-Nova

Rua de Dom Francisco de Lemos, Condeixa-a-Nova.
É também conhecido por Palácio dos Ramalhos ou dos Lemos.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 21 de dezembro de 1974.
Edifício construido no século XVII. Era então conhecido como solar de Nossa Senhora da Piedade ou Palácio dos Ramalhos de Condeixa. Tinha entrada lateral.
Na segunda metade do século XVIII, durante a época pombalina, foi reestruturada por ordem do bispo-conde Dom Francisco de Lemos Faria Pereira Coutinho que mandou duplicar a fachada e construir um corpo central, em estilo barroco. Estas obras terão sido feitas com a intenção de receber o rei Dom José, visita que nunca se terá concretizado.
Durante as invasões francesas, o palácio escapou incólume, contrariamente ao que se passou na vila, que foi praticamente desvastada pelas forças napoleónicas, o que fez levantar suspeições quanto à fidelidade do seu proprietário, Manuel Pereira Ramos de Azeredo Coutinho Ramalho, à causa nacional, suspeitando-se de uma aliança estratégica com o quartel de Massena.
Em 1920 foi adquirido pelo banqueiro Cândido Sotto Maior, passando a ser também conhecido por esta denominação.
Em 1950, com o falecimento do banqueiro, o palácio passou para a posse do comandante José Correia Matoso, seu genro.
É composto por uma longa fachada de dois pisos, de carater austero, composto por simples aberturas retangulares no piso térreo e janelas de sacada no andar nobre. Apresentando apenas alguma preocupação de elementos decorativos, ao estilo barroco, no corpo central. A entrada faz-se através de uma porta retangular, ladeada por colunas coríntias que suportam uma varanda com janela de sacada e molduras em forma de volutas. Este pano termina em frontão triangular onde se destacam os brasões das famílias Ramalhos (junto à janela) e Lemos (mais acima). A longa fachada é encerrada por dois torreões de planta quadrada com telhado piramidal.
No prolongamento da fachada do palácio, encontra-se a entrada lateral de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Piedade. Foi construída em 1737 e substituiu uma anterior, de onde terá sido transferida a escultura em pedra de Nossa Senhora da Conceição. É rasgada por um portal de verga reta encimada por frontão de enrolamentos interrompidos. No interior, as paredes são revestidas por azulejos de cerca de 1740, de fabrico coimbrão. Os painéis exibem cenas da vida da Virgem. Sob a tribuna, um outro painel representa o brasão dos Ramalhos. Destaque para uma Pietá datada de 1922, do escultor espanhol José Planas.
O palácio é rodeado por pomares e belos jardins. 
Ao longo dos séculos, e à semelhança de outros solares que recebiam com certa regularidade visitas régias, o palácio hospedou destacadas figuras ilustres da nação como Dom João VI (então principe regente), Dom Miguel I, Dona Maria II, Dom Pedro V, Dom Carlos e seu filho Dom Luis Filipe, Alexandre Herculano, entre outros.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Igreja Matriz de Silvares (Lousada)

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Rua da Igreja e Rua de Esplendém, Lousada.
Encontra-se afastada do centro urbano.
É dedicada a São Miguel.
Igreja com raízes medievais. É referida desde as Inquirições de 1258.
As obras de restauro dos séculos XVII e XVIII alteraram-na profundamente, dando origem à estrutura atual.
Templo de planta retangular, composta por nave, capela-mor, torre sineira e anexo recente no lado direito.
A fachada principal é rasgada por portal de verga e janela com o mesmo perfil. É flanqueada por cunhais apilastrados, firmados por pináculos piramidais com bola. Termina em empena, com cruz latina sobre plinto galbado.
Adossado à esquerda da fachada principal, eleva-se a torre sineira, composta por três registos. Os inferiores são cegos e o superior dispõe de quatro ventanas de volta perfeita. Nos ângulos sobressaem gárgulas do tipo canhão, sendo as frontais, ornadas com carrancas. Sobre os cunhais elevam-se pináculos fusiformes. Termina em coruchéu piramidal, rematado por bola.
O interior da nave tem cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira pintada no século XIX, exibindo moldura recortada com a figura de Nossa Senhora da Conceição ao centro. O pavimento está revestido a ladrilho cerâmico, com corredor central em granito. 
O coro-alto é de madeira e assenta em quatro mísulas de cantaria. É acedida por escadas de caracol metálicas.
Na base da torre sineira, situa-se o batistério. Um arco de volta perfeita permite aceder à pia batismal, em cantaria de granito, com coluna interrompida ao centro por anel e taça hemisférica, estriada.
Ao centro da nave, do lado do Evangelho, encontra-se um púlpito quadrangular com bacia e mísula de cantaria, com guarda de talha pintada de branco e dourado. Uma falsa porta em arco abatido e moldura recortada é encimada por guarda-voz de talha, ornada por acantos e querubins.
Inseridas nas paredes laterais estão duas capelas confrontantes: a de São Miguel a resgatar as Almas do Purgatório (lado do Evangelho) e o Crucificado, com a cidade de Jerusalém a servir de fundo à imagem (lado da Epístola). As capelas são semelhantes, com os fundos revestidos a azulejo em bicromia, azul e branco. Foram realizados em 1957 pela Fábrica Aleluia, de Aveiro, e substituíram dois altares. 
A ladear o arco triunfal de volta perfeita, encontram-se dois retábulos dispostos em ângulo, dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus (lado do Evangelho) e a Nossa Senhora de Fátima (lado da Epístola). São semelhantes e datam do século XIX, em estilo tardo-barroco. Estão pintadas de branco e dourado. 
A capela-mor tem cobertura semelhante à da nave, composto por um painel ovalado com moldura de acantos e com uma alegoria a representar uma fonte e um rebanho que nela bebe, pintada no século XIX. Contém retábulo de talha rococó, pintada de branco, azul e dourado, composta por três eixos definidos por duas colunas de fustes lisos com marmoreados fingidos e capitéis coríntios, assentes em altos plintos galbados, e por moldura exterior, pontuada por acantos e tímpano decorado por concheados. Encontra-se encerrada por painel pintado, a representar a Última Ceia.

sábado, 28 de outubro de 2017

Capela do Senhor dos Aflitos (Lousada)

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Avenida Senhor dos Aflitos, Lousada, implantada no cimo de um pequeno monte arborizado.
É um templo de grande impacto cenográfico, caraterizado pela verticalidade dos volumes.
Foi construída no século XIX, em estilo neobarroco. Deve a sua edificação a Valentim de Sousa Correia, emigrante no Brasil, de onde enviou vários donativos para a construção do templo.
Capela composta por nave única, bastante elevada, e capela-mor ligeiramente mais baixa.
A fachada principal possui dois corpos tripartidos que termina numa elevada torre sineira. No primeiro piso, três arcos de volta perfeita permitem o acesso ao interior. 
Está rodeada por um belo jardim arborizado composto por árvores centenárias, um lago com repuxos de água, um bar com esplanada, parques infantis, bancos de jardim e pela emblemática fonte com um menino a fazer chichi. 
É local de romaria realizada no último domingo de julho.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Capela do Senhor da Fraga

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ Castro Vicente


Estrada do Cemitério, Castro Vicente, implantado no sopé oeste do Cabeço de Santo Cristo, nome pelo qual também é conhecida. 
Eleva-se num morro fronteiro à aldeia, no interior de um adro murado. 
Foi inicialmente a Igreja Matriz de Castro Vicente. A atual construção terá ocorrido no decorrer do século XVI, tendo sido sujeita a remodelação no ano de 1924. Está edificada sobre vestígios de muralhas e, segundo tradição popular, terá sido construída sobre uma antiga mesquita.
Trata-se de um templo de pequenas dimensões, com planta retangular.
A fachada principal é rasgada por um portal com viga, ladeada por pedras figurando pontas de diamantes. Na empena ostenta uma cartela com a data inscrita de 1924 (ano da sua reconstrução), encimada por uma figuração de relógio e rematada por um campanário.
Na parede da cabeceira, pelo exterior, ostenta três representações antropomórficas de granito, possivelmente elementos da cachorrada de um templo anterior ao atual.
No interior, existe uma estela romana que serve de pilastra ao arco da capela. Trata-se de uma estela dupla que contém a inscrição: D(iis) M(anibus) / VAL(eria) RVFINA RISIO [C]APITONI / AN(orum) XXXV. No mesmo templo foi ainda encontrada uma outra ara anepígrafa. 
Atrás do altar-mor de talha policroma, em estilo popular, possui pinturas murais quinhentistas. São visíveis a representação do mártir São Sebastião (a parte inferior do corpo e um braço atado) e uma outra figura que se julga ser um anjo de cruz alçada. É visível também um friso com ornamentação encanastrada, aos lados do altar e junto aos pés do santo. Predominam as cores laranja e verde.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Praia Fluvial da Ribeira (Azibo)

Portugal \ Bragança \ Macedo de Cavaleiros \ União das Freguesias de Podence e Santa Combinha


Praia fluvial situada na albufeira do Azibo, em Podence, em plena área classificada como Paisagem Protegida. Está localizada numa zona de rara beleza e enorme riqueza paisagística e biológica.
É uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, sendo a única a norte do rio Tejo.
Foi a primeira praia fluvial a ser distinguida com a Bandeira Azul. Está classificada ainda como Praia para Todos e Praia Acessível, dispondo de infraestruturas de acesso a pessoas portadoras de deficiência.
Trata-se de uma praia rural com extensão de areia intervalada e uma grande área relvada com diversas árvores que, nas horas de mais calor, proporcionam uma agradável sombra. O espaço verde pode ser aproveitado para um piquenique em família ou simplesmente, para um jogo de futebol.
Dispõe de vários recursos complementares como uma plataforma com uma pequena piscina para os mais pequenos, e de onde os mais crescidos e os adultos podem aproveitar para dar uns mergulhos na albufeira, jardim infantil, campo de jogos, bares e instalações sanitárias. No local existe ainda disponíveis para aluguer: cabanas, chapéus-de-sol e espreguiçadeiras, insufláveis aquáticos, embarcações ligeiras sem motor, bicicletas e veículos a pedal.
Daqui partem diversos percursos pela área protegida, que poderão ser efetuados a pé ou de bicicleta. 
Desaguam nas proximidades as ribeiras de Azibeiro e de Reguendos.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Santuário de Fátima

Portugal \ Santarém \ Ourém \ Fátima


Avenida de Dom José Alves Correia da Silva, Fátima.
Um dos mais famosos Santuários Marianos do Mundo.
O Santuário de Fátima é local de devoção a uma escala prodigiosa, um destino de peregrinação a par com Santiago de Compostela ou Lourdes. É visitado anualmente por milhares de peregrinos.
Todos os dias cumprem-se sentidas promessas e devotadas orações. Emocionam as cerimónias do 13 de Maio, evocativas da Primeira Aparição de Nossa Senhora aos Três Pastorinhos (Jacinta, Francisco e Lúcia), ocorridas neste preciso local (onde se ergue a Cruz e a capela das Aparições) entre esta data e 13 de Outubro de 1917.
Lúcia dos Santos (22 de Março de 1907-2005) e os primos Francisco (1908-1919) e Jacinta (1910-1920), que eram irmãos, costumavam pastar o gado nos terrenos que rodeavam Aljustrel. Segundo os relatos, na Primavera de 1916, enquanto guardavam as ovelhas na Loca do Cabeço, próximo da localidade, apareceu-lhes um anjo. Somente no dia 13 de Maio, quando os pequenos pastores encontravam-se com as ovelhas na Cova da Iria, uma propriedade que pertencia aos pais da Lúcia, apareceu Nossa Senhora pela primeira vez, em cima de uma azinheira pequena, a qual lhes ordenou que voltassem à árvore no mesmo dia durante seis meses. A aparição voltou a acontecer nas datas combinadas, à exceção de Agosto, já que nesse dia, os pastorinhos encontravam-se presos em Vila Nova de Ourém, depois de terem sido levados pela autoridade administrativa do concelho, que não acreditava nas visões das três crianças. Nesse mês, a Virgem apareceu-lhes no dia 19 nos Valinhos.  A 13 de Outubro apareceu pela sexta e última vez. Nesse dia, não foram só os pastorinhos que presenciaram algo de sobrenatural. Depois das crianças terem sido desacreditadas, as visões de Fátima começaram a ganhar adeptos e assim se explica a presença de cerca de 70 mil pessoas na Cova da Iria para assistir ao milagre do Sol, que a Virgem já tinha anunciado. Os que ainda são vivos, alguns deles familiares dos pastorinhos e residentes em Aljustrel, nunca mais se esqueceram desse dia em que o Sol ficou diferente. Muitos falam do “milagre do Sol”, mas só Lúcia ouviu os três segredos de Fátima durante a última aparição. O primeiro falava de paz (foi durante a Primeira Grande Guerra) e o segundo era a respeito da Rússia. O terceiro, revelado na beatificação de Francisco e Jacinta a 13 de Maio de 2000, refere-se à tentativa de assassinato do papa João Paulo II em 1981.
Francisco e Jacinta morreram vítimas de pneumónica, que grassava na época e Lúcia seguiu a vida conventual, falecendo em 2005.
Só em 1930 a Igreja considerou “dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria”.

O santuário tem um recinto duas vezes maior do que o de São Pedro, em Roma.
A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima domina a imensa esplanada. A sua construção iniciou-se em 13 de Maio de 1928, após ser benzida pelo arcebispo de Évora, Dom Manuel da Conceição Santos. Foi projetada pelo arquiteto holandês G. Van Kriecken, em pedra calcária branca da região. A sagração deu-se a 7 de Outubro de 1953, pelo Papa Pio XII.
A monumental basílica, em estilo neobarroco, exibe 69 metros de comprimento e 30 metros de largura, sendo a torre de 65 metros de altura encimada por uma coroa de bronze com 8 toneladas de peso e duas alas laterais, onde se encontram dois hospitais. Possui 15 altares de mármore de Estremoz, de Pêro Pinheiro e de Fátima, dedicados aos 15 mistérios do rosário, nos quais estão sepultados Jacinta e Francisco Marto, e recentemente Lúcia dos Santos. 
O quadro do altar-mor representa a Mensagem de Nossa Senhora aos Videntes, preparados pelo Anjo de Portugal, através do seu encontro com Cristo na Eucaristia. Vêem-se o bispo da diocese, Dom José de joelhos, do lado esquerdo, e as figuras dos papas Pio XII (que consagrou o Mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 1942), João XXIII e Paulo VI. Os vitrais representam cenas das aparições e invocações da Ladainha de Nossa Senhora. Nos quatro cantos do interior da Basílica encontram-se as estátuas dos grandes apóstolos do Rosário e da devoção ao Imaculado Coração de Maria: Santo António, Maria Claret, São Domingos de Gusmão, São João Eudes e São Estêvão, rei da Hungria. Na capela-mor, encontram-se os restos mortais de Dom José Alves Correia da Silva, primeiro bispo de Leiria-Fátima, depois da diocese ter sido restaurada. O órgão data de 1952 e tem mais de 10 mil tubos.

A Capelinha das Aparições é o verdadeiro coração do Santuário, situado na ampla esplanada fronteira à Basílica, do lado esquerdo, a umas centenas de metros daquela. Foi o primeiro edifício a ser construído na Cova da Iria, em 1919. Alberga a imagem de Nossa Senhora, obra do escultor tirsense José Ferreira Thedim (1920), no local exato onde a Virgem apareceu e onde estava a pequena azinheira, desaparecida devido à devoção dos primeiros peregrinos que a levaram, raminho a raminho. A primeira Missa foi ali celebrada no dia 13 de Outubro de 1921. A 6 de Março de 1922 foi dinamitada, e reconstruída ainda nesse mesmo ano. Em 1982 foi construído o vasto alpendre, inaugurado aquando da visita do Papa João Paulo II em 12 de Maio do mesmo ano. No interior, uma coroa da Virgem guarda a bala extraída ao papa João Paulo II aquando da tentativa de assassínio.

Foi debaixo da Azinheira Grande que os pastorinhos e os primeiros peregrinos rezaram o terço aguardando a chegada de Nossa Senhora. A azinheira simboliza toda a área onde os pastorinhos costumavam apascentar o rebanho.

No centro da praça do Santuário encontra-se o Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, local onde em 1921 brotou água inesperadamente. Ergue-se sobre um poço cavado, cuja água que ali brota tem sido instrumento de muitas graças.

A Esplanada é um projeto de Cottinelli Telmo, datado de 1949.
O arranjo arquitetónico do Santuário e da Colunata é datado de 1951, da autoria de António Lino. A Colunata enquadra a Basílica e abre os braços em direção à esplanada. É composta por 200 colunas e meias colunas, e por 14 altares. Sobre esta construção podem ver-se as estátuas de quatro santos portugueses: São João de Deus, São João de Brito, Santo António e o beato Nuno de Santa Maria. De um lado e de outro, da esquerda para a direita, encontram-se: Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Jales, beato Marcelino de Champagnat, São João Baptista de La Salle, São Afonso Maria de Ligório, São João Bosco com São Domingos Sávio, São Luís Maria Grignion de Mofort, São Vicente de Paulo, São Simão Stock, Santo Inácio de Loyola, São Paulo da Cruz, São João da Cruz e Santa Beatriz da Silva. A união da Colunata com a Esplanada é feita por uma escadaria monumental.
Na extremidade do braço meridional da colunata situa-se a Capela do Anjo da Paz, inaugurada em 1987 com o nome de Capela da Oração. Colocada sobre a porta de entrada eleva-se uma escultura da autoria de Clara Menéres, inaugurada em 20 de novembro de 2016. Trata-se da imagem do Anjo da Paz, representado por um vulto de expressão jovem, embrulhado num manto branco, com uma pomba numa mão e o ramo da oliveira na outra, numa clara referência ao Antigo Testamento.

Na entrada do Santuário, do lado sul, encontra-se um monumento constituído por um módulo de betão do Muro de Berlim (começado a construir na noite de 12 para 13 de Agosto de 1961 e demolido a partir de 9 de Novembro de 1989). Este bloco foi oferecido por intermédio de um emigrante português na Alemanha e aqui colocado como grata recordação da intervenção divina, prometida em Fátima, na queda do comunismo. Pesa 2600 kg, mede 3,6 metros de altura e 1,2 metros de largura. O arranjo do monumento é do arquiteto J. Carlos Loureiro. Foi inaugurado em 13 de Agosto de 1994.

Junto à Reitoria existe um Presépio da autoria do escultor José Aurélio, inaugurado em 25 de Dezembro de 1999.

A Igreja da Santíssima Trindade é a última construção erigida no Santuário, da autoria do arquiteto grego Alexandros Tombazis Foi inaugurada a 12 de Outubro de 2007. Tem capacidade para nove mil pessoas sentadas. O destaque vai para a parede do fundo do altar, com mais de 500 m2, que inclui vários desenhos de inspiração ortodoxa sobre folha de ouro em relevo. A igreja guarda a primeira pedra oferecida pelo Papa João Paulo II. 

A estátua do Papa João Paulo II encontra-se no adro da Igreja do Santíssimo Sacramento. É uma obra da autoria de Czeslaw Dzwigaj, de nacionalidade polaca, a mesma do Papa Peregrino.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bruçó

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ Bruçó

Aldeia duriense situada a cerca de 19 km a sul de Mogadouro, sua sede de concelho.
Encontra-se a 626 metros de altitude, no relevo terminal do planalto mirandês, junto à margem direita do rio Douro, que a separa das terras espanholas, em pleno Parque Natural do Douro Internacional.
É uma povoação essencialmente agrícola e cheia de tradições.
O casario é composto por inúmeras casas seculares, algumas delas ainda em pedra. Tem duas principais praças: a da Igreja, popularmente chamada de Olmo, dada a existência outrora da dita árvore; e a da Calçada, onde se situa o pouco comércio que ainda mantém (café e mercearia). O Largo da Calçada é palco das principais festas da freguesia e local de encontro e convívio entre as gentes locais. É comum a presença de animais junto à fonte.
O rio Douro corre em tão enorme profundidade entre tão abruptas penedias, que só as aves de rapina lá conseguem ir. As restantes arribas são férteis e proporcionam boa azeitona, mais tarde convertida em ótimo azeite. Também a vinha se dá bem nestas terras, assim como as culturas cerealíferas, a amendoeira e o castanheiro.

É povoada desde tempos remotos. No sítio do Castelo dos Mouros foi erguido um castro durante a Idade do Ferro, mais tarde romanizado.
A partir do século XIII passou a pertencer à vila da Bemposta, donatária dos marqueses de Távora.
Em 1512 aparece a primeira referência escrita a Bruçó, no foral da vila de Bemposta, à qual pertencia.
Em 1759, após o Processo dos Távoras, passou a pertencer ao padroado real e a ser governada por um juiz de vara e quatro homens de governança, quatro quadrilheiros, dois alcaides e um procurador, todos sujeitos à justiça de Mogadouro.
Em 1950 atingiu o seu pico populacional: 804 habitantes.

No aspeto económico, a população vive essencialmente da agricultura e da pecuária. A construção civil e o pequeno comércio são atividades relativamente recentes.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Serra da Figueira

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ União das Freguesias de Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar de Rei

Montanha situada junto à povoação da Figueira, a cerca de 3 km a sudoeste de Mogadouro.
Atinge uma altitude máxima de 918 metros e tem uma proeminência topográfica de 159 metros.
O cume da montanha é constituído por uma crista rochosa que se estende de nordeste a sudoeste. Na parte nordeste foi construída uma torre de vigia e colocadas algumas antenas de comunicação. Na zona mais a sudoeste foi erguida a pequena capela de São Cristóvão.
Proporciona um excelente miradouro sobre a vila de Mogadouro e sobre os cumes circundantes da serra de Mogadouro, Reboredo, Bornes e Nogueira, bem como o planalto mirandês.
Dispõe de parque de merendas.
No alto da serra terá existido um povoado, de médias dimensões, com excelentes condições de defesa e controlo visual sobre o planalto Mirandês.
Próximo da capela existe um buraco, que o povo chama de Poço dos Mouros, que terá tido exploração mineira durante o período romano.

domingo, 24 de setembro de 2017

Zava

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ União das Freguesias de Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar de Rei

Pequena povoação situada no sopé da serra homónima, a 3 km a sul de Mogadouro, sua sede de freguesia e de concelho. Está separada desta pela ribeira do Juncal.
É uma localidade essencialmente agrícola.
O casario é constituído por habitações antigas, em alvenaria proveniente das serras de Zava e da Figueira. Muitas das suas casas estão degradadas. No interior da povoação encontram-se as capelas de Santo Amaro e do Cemitério.

No alto da sua serra, também conhecida por Cimas de Mogadouro, existiu um castro, do qual pouco existe, tanto pela possível destruição romana quer pelo seu abandono. A serra de Zava não é mais que o prolongamento da serra da Figueira, uma espécie de seu cume secundário, que atinge os 857 metros de altitude.
A referência mais antiga a esta povoação remonta a 1530. Era constituída por seis moradores que, atendendo a diversos fatores de cálculo, deveriam corresponder aproximadamente a 24 habitantes.
Em 1758 aparece referenciada a Quinta da Zava, anexa de Mogadouro.
Em 1796 era composta por 18 fogos e 52 almas (24 homens e 28 mulheres).

No último domingo de janeiro é palco da Festa da Chouriça.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Parque Urbano da Ribeira do Juncal

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ União das Freguesias de Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar de Rei


Parque situado nas margens da ribeira do Juncal, próximo do complexo desportivo da vila e do parque escolar de Mogadouro.
Trata-se de uma zona ambiental de elevada importância para a região dado ser o curso de água mais próximo da malha urbana de Mogadouro. 
Foi alvo de um processo de recuperação de forma a torná-la num espaço agradável, inaugurado em 6 de fevereiro de 2017.
Com uma área de cerca de quatro hectares, o Parque Urbano de Mogadouro está dotado de um espelho de água, circuitos pedonais, circuito de manutenção, parque de merendas, parque infantil e anfiteatro.
Conta com um Centro Interpretativo dedicado ao Mundo Rural e às principais produções agrícolas da vila, como o ciclo do pão e do azeite. 
O CIMR é um equipamento “dinâmico” que permite aos visitantes conhecer o mundo rural da região transmontana e que pretende ser um lugar de aprendizagem através de espaços multimédia, como visionamento de filmes e imagens, e jogos interativos. Integra ainda um espaço para exposições temporárias e um auditório.

domingo, 20 de agosto de 2017

Biblioteca Municipal de Lousada

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Praça Dr. António Meireles, Lousada.
Instalada no edifício das escolas primárias de Silvares, construídos em 1901 para ensino de ambos os sexos. Projeto-tipo Adães Bermudes.
Entre 1941 e 1945 beneficiou de obras de beneficiação.
Em 1999 deixou de funcionar como escola e no ano seguinte iniciaram as obras interiores para o adaptar a novos usos. Foi inaugurado como Biblioteca Municipal em 2002.
Tem planta retangular e é composta por três volumes principais, sendo o central mais alto, de dois pisos, destinado à residência dos dois professores, e os laterais destinados às salas de aula. Os panos extremos são levemente salientes e terminam em empena, encimados por sineira retangular de granito.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Monumento ao Bispo Dom António Meireles

País: Portugal
Concelho: Lousada
Freguesia: União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Avenida Senhor dos Aflitos, à entrada da escadaria que dá acesso à capela do Senhor dos Aflitos, Lousada.
Monumento que homenageia o lousadense Dom António Augusto de Castro Meireles, Bispo de Angra do Heroísmo e do Porto.
Dom António Meireles nasceu em 13 de agosto de 1885 na Casa da Fonte, em Boim (Lousada) e faleceu a 29 de março de 1942, no Paço Episcopal da Torre da Marca, no Porto.
Fez os seus estudos no Seminário dos Carvalhos e no Colégio de Nossa Senhora do Carmo, em Penafiel, ingressando mais tarde no Seminário do Porto, onde cursou Teologia no ano de 1903, sendo ordenado padre em 1908. Já na Universidade de Coimbra, formou-se em Teologia e Direito no ano de 1912, tendo aberto nesse ano escritório de Advogado no Porto.
Nas eleições gerais de 1915, conseguiu ser eleito pelo círculo de Oliveira de Azeméis, sendo então o primeiro e único deputado dos grupos políticos católicos a ter assento no Congresso da República.
Mais tarde foi nomeado Bispo de Angra do Heroísmo (1924-1928), Bispo coadjutor do Porto e Bispo titular de Lamia (1928-1929), e Bispo do Porto (1929-1942). 

Solar dos Condes de Santar

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Avenida Viscondessa de Taveiro, Santar.
É pertença da Sociedade Agrícola de Santar (produz vinho do Dão).
A construção do núcleo primitivo da casa remonta ao século XVI, por João Gonçalves do Amaral.
O solar atual é composto por dois corpos diferenciados. O mais baixo corresponde à construção do século XVII, sendo o segundo da centúria seguinte.
É antecedido por passeio lajeado, desnivelado da estrada, com murete baixo, onde assentam frades de pedra acorrentados.
O corpo primitivo desenvolve-se em dois andares, com capela ao centro e remate em empena com cruz. O templo, datado de 1678, é rasgado por portal retangular, encimado por cornija com modilhões onde assenta uma pedra de armas dos Melos, Pais do Amaral e Castelo Branco, entre dois pináculos, sobrepujado por óculo circular profundo e pequeno nicho. Tem campanário lateral. O interior da capela é composto por nave única e abside. É coberto por um teto de caixotões e revestido por um silhar de azulejos padrão. Alberga pinturas e um retábulo de talha dourada seiscentista. No pavimento encontra-se uma sepultura epigrafada do capitão-mor de Senhorim, António Pais do Amaral, com pedra de armas encimada por chapéu eclesiástico.
O corpo setecentista é simétrico e maior, articulado por pilastras rematadas por pináculos, com a zona central mais alta, marcada por frontão triangular contendo brasão de armas.
Adossado à esquerda da fachada situa-se muro com portão encimado por empena polilobada com pedra de armas, flanqueada por pilares rematados por pináculos.
Destaque para a Sala dos Coches com pavimento em tijoleira e teto de madeira sobre três pilares de granito.
A Cozinha Velha, construída em 1690, tem planta retangular. Alberga uma granítica fonte natural tipo relicário (com nicho de Santo António) e tanque quadrangular rasteiro, e uma ampla lareira de cantaria com grande chaminé.
No prolongamento da fachada da Cozinha encontra-se uma fonte datada de 1700, com revestimento azulejar figurativo, azul e branco, com cenas de caça.
Para sul estende-se o jardim e a quinta agricultada com vinha. A quinta, com forma quase retangular, está dividida em terraços, de cotas cada vez mais baixas à medida que se desce a encosta de suave declive. O jardim desenvolve-se em três amplos terraços, cada qual com diferente e rigoroso desenho de buxo. No primeiro terraço surge um jardim de buxo do século XX que joga com roseiras, elementos de água e estatuetas de granito. Os terraços seguintes são em desenho de buxo centenário. É comum aos três terraços um caminho central que termina num enorme lago envolvido por um pequeno bosque.
Num grande pátio junto à casa surge a Fonte dos Cavalos, construída em 1727 por ordem de José de Mello Pais do Amaral. Está revestida a azulejos datados de 1790, da autoria de José Maria Pereira do Cão, representando figuras equestres. Possui no centro um brasão, sobre o qual uma máscara grotesca lança água para um bebedouro de pedra.
No extremo sul do jardim situam-se as adegas, em cuja sala de Provas existe um arco ultrapassado de moldura decorada que assenta diretamente no chão.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Solar do Soito

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Rua Sacadura Cabral, Santar.
Está inserida numa grande propriedade onde se situa o Paço dos Cunhas.
Edifício classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993
Palacete construído no século XVIII, pertença da família Coelhos do Amaral.
O imóvel é antecedido por escadaria de dois lanços transversais, convergentes, com corrimão de balaústres.
A frontaria é totalmente preenchida de vãos moldurados com elementos curvilíneos dinâmicos. O piso inferior é constituído por portal flanqueado de pequenas volutas sob lintel em cortina, ladeado por uma janela e uma porta de molduras de frontões curvilíneos. O andar superior é composto por cinco janelas de molduras e frontões curvilíneos e parapeitos em sanefa. Sobre a janela central eleva-se o brasão dos Coelhos Amaral. É rematada por cornija que se arqueia acentuadamente ao centro e coruchéus sobre os cunhais.
Dispõe de um belo jardim com canteiros de buxo e de rosas, nespereiras, cedros, nogueiras, pinheiros, palmeiras e uma carreira de cameleiras. É decorada pelas estátuas de São Filipe Nery e de Nossa Senhora da Conceição e por uma carreira com bancos revestidos a azulejos de figura avulsa e um grande banco de topo com azulejos figurativos azuis e brancos de cercaduras roxo e amarela, com temática de caça e cortesãs, dos séculos XVII e XVIII.
Tem ainda uma grande quinta vinícola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Paço dos Cunhas

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Largo do Paço, Santar.
Inserida numa grande propriedade onde se encontra o Solar do Soito.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 30 de novembro de 1993.
Imóvel que tem origem no Solar da Quinta do Casal Bom, um solar de grande nobreza do século XVI, pertença dos antigos donatários de Senhorim, Óvoa e Barreiro.
O atual edifício, em estilo maneirista e barroco, do qual só resta a fachada principal, é uma edificação mandada fazer em 1609 por Dom Pedro da Cunha, aproveitando algumas estruturas do edifício quinhentista.
Em 1641, Dom Lopo da Cunha, filho de Dom Pedro da Cunha, e partidário dos Filipes, fugiu para Espanha e participou numa conspiração contra Dom João IV. Este ato teve como consequência a confiscação dos seus bens, o desterro em Espanha e, consequentemente, o abandono e início da ruína do Paço dos Cunhas.
No século XIX foi comprado por José Caetano dos Reis que o integrou na sua propriedade e reconstruiu parcialmente as antigas cavalariças e a adega.
O que se vê atualmente é a fachada, de tímida curvatura central, e rasgada por belo pórtico flanqueado por duas colunas sobre plintos paralelepipédicos, encimadas de lintel com inscrição epigráfica e com dois florões a ladear o brasão dos Cunhas. As janelas, ao nível do segundo piso, são compostas por balcão de balaústres, e a delimitar a fachada encontram-se pilastras encimadas de coruchéus. Na face interna situa-se pequeno nicho sobre a porta, e a norte e oeste articulam-se dois corpos em L. 
Dispõe de um belo jardim, uma grande quinta vinicola, hortas e pomares, incluindo dependências agrícolas, pombal, eira, poço e um mirante. 

sábado, 27 de maio de 2017

Casa das Fidalgas

País: Portugal
Concelho: Nelas
Freguesia: União das Freguesias de Santar e Moreira

Largo da Torre e Avenida Viscondessa de Taveiro, Santar.
É também chamada de Solar de Dom Duarte ou Quinta do Duque de Viseu.
Está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 19 de fevereiro de 2002.
O solar, de fundação seiscentista, foi mandada construir por Domingos de Sampaio do Amaral, a partir de uma torre senhorial datada de finais do século XIV e demolida no século XVIII por Dom Rui Lopes de Sousa Alvim Lemos.
Em 1950 foi beneficiada com diversas obras de renovação e remodelação e acrescentada a varanda alpendrada.
Em 1975 passou para a posse de Dom Duarte e Dom Miguel de Bragança.

A casa é composta por pequena capela com berço de caixotões de madeira de molduras marmoreadas e douradas, tendo sobre o altar um retábulo de talha joanina azul e dourada com volutas, anjinhos e sanefa sobre a imagem de Cristo Crucifixado.
A biblioteca é coberta por teto de estuque pintado com rendilhados e volutas vegetalistas a enquadrar cartelas com heráldica familiar tendo, ao centro, as armas dos Sousas, de Martim Afonso Chicharro.
A sala de jantar é coberta por teto de estuque e forrada a pratos de louça fina.
Destaque ainda para o Escritório com teto de estuque apainelado com florões a imitar madeira, a Sala Verde com teto de masseira de decoração vegetalista, a Sala Amarela também com teto de masseira oitavado e para a dupla Sala Passagem com arco de madeira em asa-de-cesto onde se apoiam dois tetos de caixotões de madeira.
Do recheio da casa fazem parte pinturas e mobiliário dos século XVIII e XIX.
Possui jardim formado por canteiros de buxo e árvores decorativas e terrenos agricolas com vinhas, oliveiras e hortas.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Capela da Misericórdia de Arouca

País: Portugal
Concelho: Arouca
Freguesia: União das Freguesias de Arouca e Burgo

Praça Brandão de Vasconcelos, Arouca, adossada à antiga Casa da Câmara.
Classificada como Imóvel de Interesse Público desde 8 de maio de 1959.
Pequeno templo maneirista edificado em 1612.
A fachada é rasgada por um portal em arquivolta de arco pleno, inserido num alfiz com colunelos simples e pináculos. É encimada por um óculo sobre o qual se eleva o escudo de Portugal. 
Do lado direito da fachada foi edificada a torre sineira, de elevada estatura, dividida em quatro registos, com portal de entrada no primeiro e janela de sacada precedida de guarda de ferro no segundo.
O interior, de uma só nave, é coberto por um teto trapezoidal composto por 45 caixotões de madeira, datados de 1773, totalmente decorado com pinturas de Evangelistas, Apóstolos e Doutores da Igreja e cenas de temática mariana e do Nascimento, Vida e Paixão de Cristo. Alberga, do lado do Evangelho, a Capela do Senhor dos Passos, de talha dourada e policromada com ornatos em concha, e do lado da Epístola, um púlpito de madeira trabalhada e policromada com base pétrea e mísula concheada, e a tribuna dos mesários, com varandim abalaustrado. Todo o interior é revestido a azulejos seiscentistas de padrão azuis e amarelos, exceto na parede fundeira onde exibe o retábulo-mor, de modelo maneirista e que se divide em dois registos: o primeiro albergando três tábuas pintadas com temas marianos (Anunciação, Visitação e Creche) e dois nichos com estatuária; o segundo com cinco pinturas (Virgem com São João, Santo António, São Francisco) e duas com temas da Paixão de Cristo, também em tábua, e um crucifixo. 
Conta com um espaço museológico ligado à arte sacra.

sábado, 20 de maio de 2017

Antiga Câmara de Arouca

País: Portugal
Concelho: Arouca
Freguesia: União das Freguesias de Arouca e Burgo


Praça Brandão de Vasconcelos, Arouca. 
Encontra-se adossada à Capela da Misericórdia.
A sua construção foi iniciada em 30 de Janeiro de 1805, depois do príncipe regente Dom João ter autorizado a Câmara a lançar o imposto de dois reais sobre a venda de cada quartilho de vinho e por cada arrátel de carne, para financiar as obras de construção da nova Câmara.
Mais tarde os serviços camarários mudaram de instalações e passou a albergar a Cadeia e posteriormente o Hospital.

Trata-se de um edifício eclético, de dois pisos e planta retangular, onde se destaca a cantaria das molduras que ganham evidência pelo contraste com o pano, e ainda pelo ritmo que a variedade dos vãos imprime à fachada. O pórtico é encimado por cantaria de linhas curvas ligado a pedra de armas com o brasão nacional. A cercá-la, no andar nobre, duas janelas de sacada com guardas de ferro, molduradas com bacias de pedra sobre mísulas.
No interior, o destaque vai para a escada centralizada de patamar alto para onde abrem três portas que dão acesso às divisões do segundo andar.