domingo, 9 de junho de 2019

Pelourinho de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

A vila de Ponte de Lima conta com dois pelourinhos, um situado no Passeio 25 de abril, próximo da Torre de São Paulo e o outro implantado na Praça da República, no interior do Jardim Adelino Sampaio, em frente aos Paços do Concelho de Ponte de Lima.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
O primitivo pelourinho estava ereto no areal do rio Lima, no exterior dos muros da vila, frente à Porta do Postigo, adossado à Torre de São Paulo. Tantas vezes foi derrubado devido às cheias, que acabou por ser substituído por outro no século XVI.
Em 1594 tinha corrente e pescoceira ou coleira, arrancadas e atiradas ao rio em 1836 pelo Camarista José Joaquim Lopes.
Em 1818 foram-lhes acrescentadas as armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Em 1857, ao se alargar o passeio, a Câmara apeou-o para transferi-lo para a Praça da Rainha, mas as várias peças acabaram dispersas, perdidas ou conservadas noutros locais, como é o caso do antigo escudo afixado na fonte de São João, o fuste numa hospedaria junto ao rio ou o capitel no pátio interior do Asilo Dona Maria Pia.
Foi reedificado em 1936 durante o Estado Novo, em frente aos Paços do Concelho. É composto por soco circular de três degraus, fuste cilíndrico, capitel alto com as armas e coroa de Portugal, coroado por volutas onde assentam esfera armilar e cruz de Cristo.
A recuperação da maioria dos elementos originais permitiu em 1999 a sua reconstrução mais fidedigna. Foi levantada próxima do local original, próximo da Torre de São Paulo. Este novo pelourinho difere do da Praça da República por ser composto por soco e degraus quadrangulares, apresentar anéis inferiores no fuste e ausência de cruz no topo.

Ponte Velha de Ponte de Lima

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima
Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arcozelo

Ponte sobre o rio Lima, com acesso pelo Largo de Camões (Ponte de Lima) e Rua Conde da Barca (Arcozelo).
Está classificada como Monumento Nacional desde 16 de junho de 1910.
É formada por dois troços distintos, um romano, mais simples e mais largo, e outro medieval.
O século I é o período provável da edificação romana, visto por ela passar a via iniciada pelo Imperador Augusto, que de Braga ia para Tui. Apresenta uma configuração simples, assente sobre 7 arcos de volta perfeita e apontados, encontrando-se um deles encoberto pelo maciço onde assenta a igreja de Santo António e outro entaipado a jusante.
A ponte medieval, em estilo gótico, foi provavelmente concluída em 1370, integradas nas obras de fortificação da vila, mandadas fazer pelo rei Dom Pedro I. Era flanqueada por duas torres, demolidas na segunda metade do século XIX, subsistindo apenas a base da Torre Velha, a norte, já nada restando da Torre dos Grilos, que ficava no extremo oposto, no alinhamento das muralhas da vila. O calcetamento e a colocação dos merlões datam de
1504, durante o reinado de Dom Manuel. Dois dos seus 17 arcos quebrados encontram-se soterrados pelos arranjos urbanísticos do Largo de Camões. Apresenta talha-mares a montante e quadrangulares do lado oposto, encimados por olhais, também de arco apontado.
Sensivelmente a meio da ponte, do lado montante, eleva-se um cruzeiro já referenciado em 1758. É composto por coluna facetada, cruz latina de braços rematados em flor-de-lis e escudo no capitel, com as armas da vila. Servia na época, para dividir a comarca eclesiástica de Valença da de Braga.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Lenda do Rio Lethes

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte de Lima \ Arca e Ponte de Lima

Parque do Areal, na margem do rio Lima, Ponte de Lima.
Recorda a lenda do rio Lethes, o rio do Esquecimento.
Monumento inaugurado a 10 de junho de 2009. Na margem direita está o general Brutus e na esquerda os soldados romanos.
Reza a lenda que, em 135 a.C., as hostes romanas comandadas por Decius Junius Brutus ao atingirem a margem esquerda do rio Lima, ficaram fascinados com a beleza do lugar, julgando-se perante o lendário rio Lethes, fronteira para o mundo inferior, o mundo dos mortos, que apagava todas as lembranças da memória a quem o atravessasse. Os soldados negaram-se a atravessá-lo e só quando o comandante passou e, da outra margem chamou a cada um pelo seu nome, provando não ser este o rio do Esquecimento, é que os soldados aceitaram atravessar.
Junto aos soldados encontra-se um marco miliar romano.