sábado, 23 de janeiro de 2021

Estátua O Porto

 Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória


Praça da Liberdade, Porto. Implantado no passeio junto ao edifício do Banco de Portugal.

É também chamada de Malhão.

Personifica a cidade do Porto.

Construída em 1818, em granito, da autoria do mestre pedreiro João da Silva e do escultor João de Sousa Alão. Inspirada numa escultura conhecida como O Porto primitivo que existia na Rua das Eiras, próxima da Sé e mencionada desde 1293.


Retrata um guerreiro segurando uma longa lança e um escudo com as armas da cidade e a inscrição Portus Cale. A cabeça é coberta com elmo (capacete militar) encimado por dragão.

Está assente num pedestal em granito.


Foi inicialmente colocada sobre o frontispício do palacete Monteiro Moreira, residência adaptada para servir como sede da Câmara Municipal, situada na antiga Praça Nova das Hortas (atual Praça da Liberdade).

Em 1916, quando o velho edifício dos Paços do Concelho foi demolido para a abertura da Avenida dos Aliados, foi transladado para junto do Paço Episcopal, quando ali funcionou a Câmara Municipal.

A partir de 1935 passou por vários locais como os jardins do Palácio de Cristal e pelo jardim de Arnaldo Gama, junto ao pano de muralha fernandina, nos Guindais.


Em 2002, o arquiteto Fernando Távora colocou-a nas traseiras da Casa dos 24, no Terreiro da Sé.

Finalmente, em abril de 2013, 97 anos depois, regressou à Praça da Liberdade, perto do local onde foi colocada originalmente.

 

Painel informativo localizado no monumento, 2020
etcetaljornal.pt (“O Porto” – A estátua que simboliza a cidade, 2020)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Igreja e Hospital da Santíssima Trindade (Porto)

 Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória


Praça e Rua da Trindade, Porto.

Conjunto edificado que inclui a igreja e o complexo hospitalar da Ordem da Trindade, ocupando a totalidade de um quarteirão de desenho retangular.

A igreja, voltada para a Praça da Trindade, foi projetada no início do século XIX pelo arquiteto e engenheiro militar Carlos Amarante, em estilo neoclássico. A primeira pedra foi colocada a 17 de abril de 1803.

O projeto foi alterado em 1818 por J. Francisco Guimarães e a sua construção concluída no início do século XX.

Apresenta planta em cruz latina, com nártex, nave única, cúpula sobre o cruzeiro, transepto prolongado ao Evangelho por capela octogonal e capela-mor profunda.


A fachada, em cantaria, é dividida em dois andares por entablamento e separada em três panos por pilastras. Rematada, ao centro, por torre sineira.


O piso inferior é rasgado por três portais de arco pleno com portão que dá acesso ao nártex, sendo o central composto por bandeira com a legenda SOLI DEO HONOR ET GLORIA, encimado pela insígnia da Santíssima Trindade rodeada por raios lanceolados. Sobre o portal central está o brasão da Ordem inserido em cartela oval coroada, ladeada por festões.


O segundo piso é rasgado por três janelas. No pano central, a ventana apresenta balaustrada e remate em frontão triangular, enquanto as laterais, em arco pleno, são encimadas por frontões curvos.


No topo, o pano central termina em frontão curvo, ladeado por dois áticos balaustrados, separados pela torre sineira. Nas extremidades localizam-se as estátuas de São João de Matha e a de São Félix de Valois, esculpidos em 1850 por João Albertino Azevedo e João Batista Ribeiro.

 A torre, de planta quadrada, está dividida em três corpos: um basamento enquadrado por pilastras que inclui o relógio envolvido por festão, o corpo das janelas sineiras e a cobertura em pirâmide, ladeada por urnas. Termina em esfera e cruz latina de metal.


Os edifícios que envolvem a igreja, fazem parte do complexo hospitalar da Ordem da Trindade, com construção iniciada em 1815 e inauguração a 6 de junho de 1853. Mais tarde funcionou como liceu.

Os volumes simétricos que ladeiam o frontispício da igreja têm três pisos com cinco vãos em arco de volta perfeita no piso térreo, a que se sobrepõem cinco janelas de sacada no segundo piso e cinco janelas de mansarda com frontões triangulares. O piso intermédio é revestido a azulejos azul e os restantes em cantaria.


A fachada Este, virada para a Rua da Trindade, possui um corpo central sobrelevado, delimitado por pilastras e rematado por frontão triangular, que é ladeado por dois panos ritmados por dez vãos em cada piso.

 

Painel informativo junto ao monumento, 2020
monumentos.gov.pt (Igreja e Hospital da Trindade, 2020)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Paços do Concelho do Porto

 Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória




Praça General Humberto Delgado, Porto.

Implantado no topo da Avenida dos Aliados, em posição de destaque.

Foi iniciado em 1920, segundo projeto do arquiteto António Correia da Silva, que teve como inspiração a Ópera de Paris.

Após inúmeras interrupções, em 1947 foi dado um último impulso para a conclusão das obras, terminadas em 1957, já sob a direção do arquiteto Carlos Chambers Ramos.

Edifício de grande presença arquitetónica, constituído por seis pisos, uma cave e dois pátios interiores. Dominado ao centro por uma robusta torre.

É acedida através de duas rampas laterais junto à fachada principal. Substituíram a escadaria frontal construída originalmente. Uma das alterações realizadas pelo arquiteto Carlos Chambers Ramos.

 

A fachada principal, em cantaria de granito, desenvolve-se em três registos.

O inferior, constituído por fiadas salientes e arestadas, é rasgado por sete portais sobrepujados e intercalados por mísulas, a que se sobrepõem varandas.


A ladear a porta principal, dois atlantes suportam a varanda central, mais saliente que as restantes.


O segundo piso é constituído por sete pórticos ladeados por colunas e rematados por frontões. São encimados por óculos com grinaldas, ao nível do mezanino, à exceção do vão central, que é rematado por arco de volta perfeita com aduela ao centro e tímpano exibindo as armas portuguesas. Sobre o arco, duas figuras masculinas.


Sob a cornija surgem doze brasões que correspondiam ao número das freguesias que constituíam o concelho do Porto à época de construção.

O último registo é marcado por conjuntos de arcadas triplas intercaladas por doze estátuas, de tradição helénica, que suportam a platibanda, percorrida por balaustrada. As cariátides representam da esquerda para a direita: Navegação, Pesca, Agricultura, Viticultura, Construção Civil, Indústria, Ciências, Arquitetura, Escultura, Pintura, Música e Literatura. Sousa Caldas é o autor das seis primeiras e Henrique Moreira das restantes.

A torre, com 70 metros de altura, apresenta planta quadrangular de volumes escalonados. Para atingir o seu topo é necessário subir 180 degraus.


Avenida dos Aliados continua em mudança e a encher-se de hotéis; Jornal de Notícia; 27/12/2020; Alfredo Teixeira
Painel informativo junto ao monumento, 2020
cm-porto (Edifício Paços do Concelho, 2020)
monumentos.gov.pt (Câmara Municipal do Porto / Edifício dos Paços do Concelho do Porto, 2020)

domingo, 3 de janeiro de 2021

Avenida dos Aliados (Porto)

 Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória


Espaço estruturado pela Praça da Liberdade, Avenida dos Aliados e Praça General Humberto Delgado, Porto.

É formado pelas duas praças ligadas por ampla avenida, de faixa dupla e ampla faixa central, com o edifício dos Paços do Concelho no topo.


Estátua equestre de Dom Pedro IV

Toda a zona dos Aliados, estátuas incluídas, forma um conjunto classificado como de Interesse Público desde 14 de junho de 2011.

É considerado o coração da cidade e a sua sala de visitas.


Edifício A Nacional

Autêntico “Museu” de arquitetura e de cultura da primeira metade do século XX, ao gosto Beaux Arts de influência francesa. Constituído por um conjunto de edifícios monumentais com fachadas, na sua maioria, harmoniosas e elegantemente decoradas, muitas delas coroadas por lanternins, cúpulas e coruchéus.


Antigos Paços do Concelho, demolidos para a abertura da Avenida

O seu projeto esteve a cargo do arquiteto inglês Barry Parker, com as obras a arrancarem a 1 de fevereiro de 1916, sob a direção do arquiteto José Marques da Silva. Para a abertura desta avenida foi necessário demolir os antigos Paços Concelho, o Bairros dos Laranjais e de outras várias ruas como a do Laranjal e a de Dom Pedro IV. As entidades da época queriam que fosse tão ampla que pudesse competir com a Plaza Mayor de Madrid.

Recebeu inicialmente a designação de Avenida das Nações Aliadas, em homenagem à vitória aliada na I Guerra Mundial.


Atuais Paços do Concelho do Porto

Em 2006, com a chegada do Metro aos Aliados, os espaços ajardinados com canteiros de flores e os desenhos da calçada portuguesa que aqui existiam, foram substituídos por pavimento de granito numa polémica requalificação projetada pelos arquitetos Souto Moura e Siza Vieira. A par disso, os passeios tornaram-se mais largos e arborizados, dando a ideia de um espaço urbano mais amplo,

Nos últimos anos, as instituições bancárias e as sedes dos principais jornais, companhias de seguro ou das várias empresas que outrora ocupavam os monumentais edifícios, deram lugar a hotéis, lojas e apartamentos de luxo.

A Avenida é ainda palco das principais festas da cidade. É ali que todos se encontram nas passagens de ano, no São João, nas conquistas do FC Porto ou em concertos ao ar livre. Memoráveis são também as visitas papais ou da rainha Isabel II, e a celebração do 25 de abril de 1974 e o 1º de maio que se lhe seguiu.

Avenida dos Aliados continua em mudança e a encher-se de hotéis; Jornal de Notícia; 27/12/2020; Alfredo Teixeira
Painel informativo situado junto à estátua equestre de Dom Pedro IV, 2020
monumentos.gov.pt (Avenida dos Aliados, Praça da Liberdade e Praça General Humberto Delgado, 2020)
portugalvivo.com