sexta-feira, 15 de março de 2019

Praia da Granja

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ São Félix da Marinha

Rua da Esplanada Fernando Ermida, Granja.
Emblemática praia outrora conhecida como o bidé dos marqueses.
Foi muito frequentada e teve grande prestígio entre o último quartel do século XIX e inícios do XX. Por esta praia passaram e veranearam ilustres figuras, como por exemplo: el-rei Dom Luís, a rainha Dona Maria Pia e seu filho infante Dom Afonso de Bragança, o príncipe real Dom Luiz Filipe, Mouzinho de Albuquerque, ou o famoso Grupo dos Cinco: Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Oliveira Martins, Antero de Quental e Guerra Junqueiro. Muitas outras famílias da nobreza do Porto, Lisboa, Santarém, Castelo Branco e da vizinha Espanha também passaram férias no local.
Atualmente é uma praia que hasteia bandeira azul, composta por uma zona rochosa que aparece e desaparece ao sabor da maré.

Praia da Aguda

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Arcozelo

Rua do Mar, Aguda.
Praia situada entre a praia da Sétima Arte (a sul) e a praia da Areia Branca (a norte).
Um enorme paredão construído em 2002, fez com que o mar não inundasse mais as ruas e criou um “gigante” areal.
É caracterizada pelos seus afloramentos rochosos que proporcionam uma proteção parcial ao seu mar agitado.
Dispõe de toldos, barracas, posto de socorro, saneamento básico, três campos de voleibol e um de futebol.
É procurada pelos praticantes de surf e oferece boas condições para a pesca submarina.
A praia é ocupada por muitos barcos, ou não fosse esta uma zona piscatória, outrora (entre 1920 e 1980) puxados por bois, na chamada Arte Xávega.

Aguda

Portugal \ Porto \ Vila Nova de Gaia \ Arcozelo

Lugar situado à beira-mar, sendo a única zona piscatória da freguesia de Arcozelo, Vila Nova de Gaia.
A sua origem remonta aos finais do século XIX, como comunidade piscatória, quando em 1870, pescadores da Afurada e de Espinho, aqui se instalaram para a pesca do caranguejo “pilado”, que vendiam aos lavradores locais, para servir como adubo fertilizante.
As formações e afloramentos rochosos naturais, destacados da praia e dispostos paralelamente a esta, proporcionavam uma proteção parcial em relação à agitação, o que motivou a fixação das primeiras famílias de pescadores. Um dos rochedos pontiagudos, a Aguda, deu o nome ao local. O núcleo urbano inicia-se mesmo junto à praia, possivelmente onde outrora se localizavam as dunas primárias.
A urbe é composta por diversos chalés e vivendas de notável valor arquitetónico.
A comunidade dedica-se principalmente à pesca.

terça-feira, 5 de março de 2019

Igrexa de San Xés (Sanxenxo)

España \ Galicia \ Pontevedra \ Sanxenxo \ Padriñan

Rúa San Isidro, Sanxenxo.
Pequeno templo construído entre os séculos XIV-XVI, em estilo mariñeiro, muito comum na costa galega na época. Foi erguida no lugar de Aldariz e transferida para este local entre 1670 e 1780.
A fachada é rasgada por um pórtico plano, encimado por nicho com a imagem da Virxe do Carmen, e sobre este um óculo. À esquerda situa-se uma torre barroca coroada por uma balaustrada pétrea.
O interior, de uma só nave e abside mais estreita, possui duas capelas laterais (dedicadas a São José e à Purificação) que correspondem aos braços da cruz, e um altar que repousa sobre a urna de um Cristo deitado. 

segunda-feira, 4 de março de 2019

Praia da Lanzada

España \ Galicia \ Pontevedra \ O Grove \ San Vicente

PO-308, localizada entre a Punta de Raeiros (a norte) e a Praia do Espiñeiro (a sul), em frente à bonita Illa de Ons.
É uma das mais conhecidas praias da Galiza, muito aprazível e em estado semisselvagem. Ventosa, composta por um extenso areal de cerca de 3 km de areia muito fina, águas frias e com alguma ondulação.
É abrigada por um longo cordão dunar onde se situa um extenso passadiço de madeira ao longo da praia.
No extremo norte, junto à Punta de Caeiros, forma uma pequena baía, ideal para as crianças.
É recomendável para a prática de desportos náuticos como o mergulho, o bodyboard, o windsurf, o surf e o paddle surf.
O limite sul da praia, junto ao Espiñeiro, já pertence ao concello de Sanxenxo, mais propriamente à parróquia de Noalla.
Dispõe de um grande estacionamento gratuito.

domingo, 3 de março de 2019

Combarro

España \ Galicia \ Pontevedra \ Poio \ Combarro

San Roque de Combarro é uma parroquia do concello de Poio, situada a 6 km a oeste da sede do município.
O centro histórico de Combarro, localizado na margem direita da ria de Pontevedra, é um espaço singular que combina na perfeição, a arquitetura popular galega com a arquitetura piscatória europeia. Pelo seu valor arquitetónico e beleza, foi declarado como Conjunto Histórico-Artístico no ano 1972.
O mar e o campo são os dois principais fatores que modelaram a estrutura urbanística de Combarro, a qual se manteve em perfeito estado até aos nossos dias, possibilitando admirar as típicas casas mariñeiras, os cruzeiros e os espigueiros.
O casario é composto por pequenas casas mariñeiras dos séculos XVII-XVIII, com delicados trabalhos de cantaria em que se destacam as suas varandas balconadas de pedra, ao estilo barroco, idênticas aos dos paços. Todas elas estão orientadas ao mar e os seus interiores revelam-se humildes, com piso térreo em terra e sem divisões, destinadas a armazenar os utensílios de pesca e os seus apetrechos.
A rúa do Mar é a mais comercial, juntamente com a paralela rúa de San Roque. Nela observam-se numerosos espigueiros alinhados sobre o muro costeiro e as rampas utilizadas para subir e baixar os barcos e para lançar os apetrechos e redes ao mar.
Os hórreos de Combarro, datados do século XVIII, são cerca de trinta e formam o maior conjunto da Galiza, com a singularidade de se situarem junto à costa. Serviam para armazenar e secar o milho, as batatas, o presunto e o peixe. Por isso eram construídos sobre colunas de uma certa altura para os separar do chão e evitar a entrada de humidade ou ratos. Ainda que atualmente a madeira e a pedra são os materiais mais frequentes, originalmente as paredes eram de canas trançadas e o telhado em palha, daí o nome de palleiras como são conhecidos na vila. 
A rúa Cega deve o seu nome ao facto de ser a única zona de Combarro antigo em que as casas não estão orientadas ao mar. A sua orientação para o interior não é caprichosa nem casual, pois os seus habitantes não se dedicavam às tarefas do mar mas aos labores da terra. A amplitude das portas destas casas permitia a fácil entrada do gado e dos carros.
São sete, o número de cruzeiros existentes no casco velho, construídos entre os séculos XVIII-XIX. Todos eles representam a crucificação de Cristo no seu anverso, virado ao interior, e a figura da Virgem no reverso, olhando o mar. Alguns possuem um altar com funções sobretudo ornamentais para a procissão do Corpus.
A grande praza de Chousa é o local de encontro dos combarrosenses, lugar onde se celebram as festas, feiras e um sem número de atividades.
As primeiras referencias escritas à vila remontam a 1105.