segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Igreja Matriz de Silvares (Lousada)

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Rua da Igreja e Rua de Esplendém, Lousada.
Encontra-se afastada do centro urbano.
É dedicada a São Miguel.
Igreja com raízes medievais. É referida desde as Inquirições de 1258.
As obras de restauro dos séculos XVII e XVIII alteraram-na profundamente, dando origem à estrutura atual.
Templo de planta retangular, composta por nave, capela-mor, torre sineira e anexo recente no lado direito.
A fachada principal é rasgada por portal de verga e janela com o mesmo perfil. É flanqueada por cunhais apilastrados, firmados por pináculos piramidais com bola. Termina em empena, com cruz latina sobre plinto galbado.
Adossado à esquerda da fachada principal, eleva-se a torre sineira, composta por três registos. Os inferiores são cegos e o superior dispõe de quatro ventanas de volta perfeita. Nos ângulos sobressaem gárgulas do tipo canhão, sendo as frontais, ornadas com carrancas. Sobre os cunhais elevam-se pináculos fusiformes. Termina em coruchéu piramidal, rematado por bola.
O interior da nave tem cobertura em falsa abóbada de berço, de madeira pintada no século XIX, exibindo moldura recortada com a figura de Nossa Senhora da Conceição ao centro. O pavimento está revestido a ladrilho cerâmico, com corredor central em granito. 
O coro-alto é de madeira e assenta em quatro mísulas de cantaria. É acedida por escadas de caracol metálicas.
Na base da torre sineira, situa-se o batistério. Um arco de volta perfeita permite aceder à pia batismal, em cantaria de granito, com coluna interrompida ao centro por anel e taça hemisférica, estriada.
Ao centro da nave, do lado do Evangelho, encontra-se um púlpito quadrangular com bacia e mísula de cantaria, com guarda de talha pintada de branco e dourado. Uma falsa porta em arco abatido e moldura recortada é encimada por guarda-voz de talha, ornada por acantos e querubins.
Inseridas nas paredes laterais estão duas capelas confrontantes: a de São Miguel a resgatar as Almas do Purgatório (lado do Evangelho) e o Crucificado, com a cidade de Jerusalém a servir de fundo à imagem (lado da Epístola). As capelas são semelhantes, com os fundos revestidos a azulejo em bicromia, azul e branco. Foram realizados em 1957 pela Fábrica Aleluia, de Aveiro, e substituíram dois altares. 
A ladear o arco triunfal de volta perfeita, encontram-se dois retábulos dispostos em ângulo, dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus (lado do Evangelho) e a Nossa Senhora de Fátima (lado da Epístola). São semelhantes e datam do século XIX, em estilo tardo-barroco. Estão pintadas de branco e dourado. 
A capela-mor tem cobertura semelhante à da nave, composto por um painel ovalado com moldura de acantos e com uma alegoria a representar uma fonte e um rebanho que nela bebe, pintada no século XIX. Contém retábulo de talha rococó, pintada de branco, azul e dourado, composta por três eixos definidos por duas colunas de fustes lisos com marmoreados fingidos e capitéis coríntios, assentes em altos plintos galbados, e por moldura exterior, pontuada por acantos e tímpano decorado por concheados. Encontra-se encerrada por painel pintado, a representar a Última Ceia.

sábado, 28 de outubro de 2017

Capela do Senhor dos Aflitos (Lousada)

Portugal \ Porto \ Lousada \ União das Freguesias de Silvares, Pias, Nogueira e Alvarenga

Avenida Senhor dos Aflitos, Lousada, implantada no cimo de um pequeno monte arborizado.
É um templo de grande impacto cenográfico, caraterizado pela verticalidade dos volumes.
Foi construída no século XIX, em estilo neobarroco. Deve a sua edificação a Valentim de Sousa Correia, emigrante no Brasil, de onde enviou vários donativos para a construção do templo.
Capela composta por nave única, bastante elevada, e capela-mor ligeiramente mais baixa.
A fachada principal possui dois corpos tripartidos que termina numa elevada torre sineira. No primeiro piso, três arcos de volta perfeita permitem o acesso ao interior. 
Está rodeada por um belo jardim arborizado composto por árvores centenárias, um lago com repuxos de água, um bar com esplanada, parques infantis, bancos de jardim e pela emblemática fonte com um menino a fazer chichi. 
É local de romaria realizada no último domingo de julho.

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Capela do Senhor da Fraga

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ Castro Vicente


Estrada do Cemitério, Castro Vicente, implantado no sopé oeste do Cabeço de Santo Cristo, nome pelo qual também é conhecida. 
Eleva-se num morro fronteiro à aldeia, no interior de um adro murado. 
Foi inicialmente a Igreja Matriz de Castro Vicente. A atual construção terá ocorrido no decorrer do século XVI, tendo sido sujeita a remodelação no ano de 1924. Está edificada sobre vestígios de muralhas e, segundo tradição popular, terá sido construída sobre uma antiga mesquita.
Trata-se de um templo de pequenas dimensões, com planta retangular.
A fachada principal é rasgada por um portal com viga, ladeada por pedras figurando pontas de diamantes. Na empena ostenta uma cartela com a data inscrita de 1924 (ano da sua reconstrução), encimada por uma figuração de relógio e rematada por um campanário.
Na parede da cabeceira, pelo exterior, ostenta três representações antropomórficas de granito, possivelmente elementos da cachorrada de um templo anterior ao atual.
No interior, existe uma estela romana que serve de pilastra ao arco da capela. Trata-se de uma estela dupla que contém a inscrição: D(iis) M(anibus) / VAL(eria) RVFINA RISIO [C]APITONI / AN(orum) XXXV. No mesmo templo foi ainda encontrada uma outra ara anepígrafa. 
Atrás do altar-mor de talha policroma, em estilo popular, possui pinturas murais quinhentistas. São visíveis a representação do mártir São Sebastião (a parte inferior do corpo e um braço atado) e uma outra figura que se julga ser um anjo de cruz alçada. É visível também um friso com ornamentação encanastrada, aos lados do altar e junto aos pés do santo. Predominam as cores laranja e verde.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Praia Fluvial da Ribeira (Azibo)

Portugal \ Bragança \ Macedo de Cavaleiros \ União das Freguesias de Podence e Santa Combinha


Praia fluvial situada na albufeira do Azibo, em Podence, em plena área classificada como Paisagem Protegida. Está localizada numa zona de rara beleza e enorme riqueza paisagística e biológica.
É uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, sendo a única a norte do rio Tejo.
Foi a primeira praia fluvial a ser distinguida com a Bandeira Azul. Está classificada ainda como Praia para Todos e Praia Acessível, dispondo de infraestruturas de acesso a pessoas portadoras de deficiência.
Trata-se de uma praia rural com extensão de areia intervalada e uma grande área relvada com diversas árvores que, nas horas de mais calor, proporcionam uma agradável sombra. O espaço verde pode ser aproveitado para um piquenique em família ou simplesmente, para um jogo de futebol.
Dispõe de vários recursos complementares como uma plataforma com uma pequena piscina para os mais pequenos, e de onde os mais crescidos e os adultos podem aproveitar para dar uns mergulhos na albufeira, jardim infantil, campo de jogos, bares e instalações sanitárias. No local existe ainda disponíveis para aluguer: cabanas, chapéus-de-sol e espreguiçadeiras, insufláveis aquáticos, embarcações ligeiras sem motor, bicicletas e veículos a pedal.
Daqui partem diversos percursos pela área protegida, que poderão ser efetuados a pé ou de bicicleta. 
Desaguam nas proximidades as ribeiras de Azibeiro e de Reguendos.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Santuário de Fátima

Portugal \ Santarém \ Ourém \ Fátima


Avenida de Dom José Alves Correia da Silva, Fátima.
Um dos mais famosos Santuários Marianos do Mundo.
O Santuário de Fátima é local de devoção a uma escala prodigiosa, um destino de peregrinação a par com Santiago de Compostela ou Lourdes. É visitado anualmente por milhares de peregrinos.
Todos os dias cumprem-se sentidas promessas e devotadas orações. Emocionam as cerimónias do 13 de Maio, evocativas da Primeira Aparição de Nossa Senhora aos Três Pastorinhos (Jacinta, Francisco e Lúcia), ocorridas neste preciso local (onde se ergue a Cruz e a capela das Aparições) entre esta data e 13 de Outubro de 1917.
Lúcia dos Santos (22 de Março de 1907-2005) e os primos Francisco (1908-1919) e Jacinta (1910-1920), que eram irmãos, costumavam pastar o gado nos terrenos que rodeavam Aljustrel. Segundo os relatos, na Primavera de 1916, enquanto guardavam as ovelhas na Loca do Cabeço, próximo da localidade, apareceu-lhes um anjo. Somente no dia 13 de Maio, quando os pequenos pastores encontravam-se com as ovelhas na Cova da Iria, uma propriedade que pertencia aos pais da Lúcia, apareceu Nossa Senhora pela primeira vez, em cima de uma azinheira pequena, a qual lhes ordenou que voltassem à árvore no mesmo dia durante seis meses. A aparição voltou a acontecer nas datas combinadas, à exceção de Agosto, já que nesse dia, os pastorinhos encontravam-se presos em Vila Nova de Ourém, depois de terem sido levados pela autoridade administrativa do concelho, que não acreditava nas visões das três crianças. Nesse mês, a Virgem apareceu-lhes no dia 19 nos Valinhos.  A 13 de Outubro apareceu pela sexta e última vez. Nesse dia, não foram só os pastorinhos que presenciaram algo de sobrenatural. Depois das crianças terem sido desacreditadas, as visões de Fátima começaram a ganhar adeptos e assim se explica a presença de cerca de 70 mil pessoas na Cova da Iria para assistir ao milagre do Sol, que a Virgem já tinha anunciado. Os que ainda são vivos, alguns deles familiares dos pastorinhos e residentes em Aljustrel, nunca mais se esqueceram desse dia em que o Sol ficou diferente. Muitos falam do “milagre do Sol”, mas só Lúcia ouviu os três segredos de Fátima durante a última aparição. O primeiro falava de paz (foi durante a Primeira Grande Guerra) e o segundo era a respeito da Rússia. O terceiro, revelado na beatificação de Francisco e Jacinta a 13 de Maio de 2000, refere-se à tentativa de assassinato do papa João Paulo II em 1981.
Francisco e Jacinta morreram vítimas de pneumónica, que grassava na época e Lúcia seguiu a vida conventual, falecendo em 2005.
Só em 1930 a Igreja considerou “dignas de crédito as visões das crianças na Cova da Iria”.

O santuário tem um recinto duas vezes maior do que o de São Pedro, em Roma.
A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima domina a imensa esplanada. A sua construção iniciou-se em 13 de Maio de 1928, após ser benzida pelo arcebispo de Évora, Dom Manuel da Conceição Santos. Foi projetada pelo arquiteto holandês G. Van Kriecken, em pedra calcária branca da região. A sagração deu-se a 7 de Outubro de 1953, pelo Papa Pio XII.
A monumental basílica, em estilo neobarroco, exibe 69 metros de comprimento e 30 metros de largura, sendo a torre de 65 metros de altura encimada por uma coroa de bronze com 8 toneladas de peso e duas alas laterais, onde se encontram dois hospitais. Possui 15 altares de mármore de Estremoz, de Pêro Pinheiro e de Fátima, dedicados aos 15 mistérios do rosário, nos quais estão sepultados Jacinta e Francisco Marto, e recentemente Lúcia dos Santos. 
O quadro do altar-mor representa a Mensagem de Nossa Senhora aos Videntes, preparados pelo Anjo de Portugal, através do seu encontro com Cristo na Eucaristia. Vêem-se o bispo da diocese, Dom José de joelhos, do lado esquerdo, e as figuras dos papas Pio XII (que consagrou o Mundo ao Imaculado Coração de Maria, em 1942), João XXIII e Paulo VI. Os vitrais representam cenas das aparições e invocações da Ladainha de Nossa Senhora. Nos quatro cantos do interior da Basílica encontram-se as estátuas dos grandes apóstolos do Rosário e da devoção ao Imaculado Coração de Maria: Santo António, Maria Claret, São Domingos de Gusmão, São João Eudes e São Estêvão, rei da Hungria. Na capela-mor, encontram-se os restos mortais de Dom José Alves Correia da Silva, primeiro bispo de Leiria-Fátima, depois da diocese ter sido restaurada. O órgão data de 1952 e tem mais de 10 mil tubos.

A Capelinha das Aparições é o verdadeiro coração do Santuário, situado na ampla esplanada fronteira à Basílica, do lado esquerdo, a umas centenas de metros daquela. Foi o primeiro edifício a ser construído na Cova da Iria, em 1919. Alberga a imagem de Nossa Senhora, obra do escultor tirsense José Ferreira Thedim (1920), no local exato onde a Virgem apareceu e onde estava a pequena azinheira, desaparecida devido à devoção dos primeiros peregrinos que a levaram, raminho a raminho. A primeira Missa foi ali celebrada no dia 13 de Outubro de 1921. A 6 de Março de 1922 foi dinamitada, e reconstruída ainda nesse mesmo ano. Em 1982 foi construído o vasto alpendre, inaugurado aquando da visita do Papa João Paulo II em 12 de Maio do mesmo ano. No interior, uma coroa da Virgem guarda a bala extraída ao papa João Paulo II aquando da tentativa de assassínio.

Foi debaixo da Azinheira Grande que os pastorinhos e os primeiros peregrinos rezaram o terço aguardando a chegada de Nossa Senhora. A azinheira simboliza toda a área onde os pastorinhos costumavam apascentar o rebanho.

No centro da praça do Santuário encontra-se o Monumento ao Sagrado Coração de Jesus, local onde em 1921 brotou água inesperadamente. Ergue-se sobre um poço cavado, cuja água que ali brota tem sido instrumento de muitas graças.

A Esplanada é um projeto de Cottinelli Telmo, datado de 1949.
O arranjo arquitetónico do Santuário e da Colunata é datado de 1951, da autoria de António Lino. A Colunata enquadra a Basílica e abre os braços em direção à esplanada. É composta por 200 colunas e meias colunas, e por 14 altares. Sobre esta construção podem ver-se as estátuas de quatro santos portugueses: São João de Deus, São João de Brito, Santo António e o beato Nuno de Santa Maria. De um lado e de outro, da esquerda para a direita, encontram-se: Santa Teresa de Ávila, São Francisco de Jales, beato Marcelino de Champagnat, São João Baptista de La Salle, São Afonso Maria de Ligório, São João Bosco com São Domingos Sávio, São Luís Maria Grignion de Mofort, São Vicente de Paulo, São Simão Stock, Santo Inácio de Loyola, São Paulo da Cruz, São João da Cruz e Santa Beatriz da Silva. A união da Colunata com a Esplanada é feita por uma escadaria monumental.
Na extremidade do braço meridional da colunata situa-se a Capela do Anjo da Paz, inaugurada em 1987 com o nome de Capela da Oração. Colocada sobre a porta de entrada eleva-se uma escultura da autoria de Clara Menéres, inaugurada em 20 de novembro de 2016. Trata-se da imagem do Anjo da Paz, representado por um vulto de expressão jovem, embrulhado num manto branco, com uma pomba numa mão e o ramo da oliveira na outra, numa clara referência ao Antigo Testamento.

Na entrada do Santuário, do lado sul, encontra-se um monumento constituído por um módulo de betão do Muro de Berlim (começado a construir na noite de 12 para 13 de Agosto de 1961 e demolido a partir de 9 de Novembro de 1989). Este bloco foi oferecido por intermédio de um emigrante português na Alemanha e aqui colocado como grata recordação da intervenção divina, prometida em Fátima, na queda do comunismo. Pesa 2600 kg, mede 3,6 metros de altura e 1,2 metros de largura. O arranjo do monumento é do arquiteto J. Carlos Loureiro. Foi inaugurado em 13 de Agosto de 1994.

Junto à Reitoria existe um Presépio da autoria do escultor José Aurélio, inaugurado em 25 de Dezembro de 1999.

A Igreja da Santíssima Trindade é a última construção erigida no Santuário, da autoria do arquiteto grego Alexandros Tombazis Foi inaugurada a 12 de Outubro de 2007. Tem capacidade para nove mil pessoas sentadas. O destaque vai para a parede do fundo do altar, com mais de 500 m2, que inclui vários desenhos de inspiração ortodoxa sobre folha de ouro em relevo. A igreja guarda a primeira pedra oferecida pelo Papa João Paulo II. 

A estátua do Papa João Paulo II encontra-se no adro da Igreja do Santíssimo Sacramento. É uma obra da autoria de Czeslaw Dzwigaj, de nacionalidade polaca, a mesma do Papa Peregrino.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bruçó

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ Bruçó

Aldeia duriense situada a cerca de 19 km a sul de Mogadouro, sua sede de concelho.
Encontra-se a 626 metros de altitude, no relevo terminal do planalto mirandês, junto à margem direita do rio Douro, que a separa das terras espanholas, em pleno Parque Natural do Douro Internacional.
É uma povoação essencialmente agrícola e cheia de tradições.
O casario é composto por inúmeras casas seculares, algumas delas ainda em pedra. Tem duas principais praças: a da Igreja, popularmente chamada de Olmo, dada a existência outrora da dita árvore; e a da Calçada, onde se situa o pouco comércio que ainda mantém (café e mercearia). O Largo da Calçada é palco das principais festas da freguesia e local de encontro e convívio entre as gentes locais. É comum a presença de animais junto à fonte.
O rio Douro corre em tão enorme profundidade entre tão abruptas penedias, que só as aves de rapina lá conseguem ir. As restantes arribas são férteis e proporcionam boa azeitona, mais tarde convertida em ótimo azeite. Também a vinha se dá bem nestas terras, assim como as culturas cerealíferas, a amendoeira e o castanheiro.

É povoada desde tempos remotos. No sítio do Castelo dos Mouros foi erguido um castro durante a Idade do Ferro, mais tarde romanizado.
A partir do século XIII passou a pertencer à vila da Bemposta, donatária dos marqueses de Távora.
Em 1512 aparece a primeira referência escrita a Bruçó, no foral da vila de Bemposta, à qual pertencia.
Em 1759, após o Processo dos Távoras, passou a pertencer ao padroado real e a ser governada por um juiz de vara e quatro homens de governança, quatro quadrilheiros, dois alcaides e um procurador, todos sujeitos à justiça de Mogadouro.
Em 1950 atingiu o seu pico populacional: 804 habitantes.

No aspeto económico, a população vive essencialmente da agricultura e da pecuária. A construção civil e o pequeno comércio são atividades relativamente recentes.