sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Antigo Quartel dos Bombeiros de Valongo

Portugal \ Porto \ Valongo \ Valongo


Largo do Centenário nº 128, Valongo.

Alberga a Oficina da Regueifa e Biscoito, espaço museológico que homenageia os ícones gastronómicos e culturais de Valongo.

Imponente imóvel edificado nos inícios do século XX, em estilo clássico.

É composto por três corpos, sendo originalmente o central mais alto que os laterais. Estes eram constituídos apenas pelos pisos inferiores. 


O granito das portas e janelas destacam-se do fundo azulejado.

A ala direita do edifício foi ocupada em 1907 pelo Theatro Oliveira Zina, mais tarde Cineclube de Valongo, com parte do telhado em gigantesca claraboia.

               Em 1991, os bombeiros passaram para a Avenida 5 de outubro, deixando o edifício ao abandono, até que no ano de 2001 foi reconvertido no espaço museológico Oficina da Regueifa e Biscoito.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Câmara Velha de Marvão

Portugal \ Portalegre \ Marvão \ Santa Maria de Marvão


 


Praça do Pelourinho e Rua 24 de janeiro nº 1, Marvão.

Casa da Cultura de Marvão.

É o mais significativo edifício de arquitetura civil de toda a vila.

Foi construído em finais dos séculos XV, inícios do XVI, em estilo manuelino.

Funcionou como câmara, tribunal e prisão até 1956, ano em que se inauguraram os atuais Paços do Concelho. A partir dessa data, serviu de arrecadação e arquivo até 2002.

A 24 de janeiro de 2003 foi convertida em Casa da Cultura. Constituída pelo Arquivo Histórico, Sala de Leitura (antiga Sala da Guarda), Galeria de Arte, Antigo Tribunal, Sala de Reuniões, Auditório e Oficina de Artesanato (Antiga Prisão).


A fachada virada para o Pelourinho tem adossada a Torre do Relógio, que se eleva acima do edifício. 


O interior da torre permite ver a escada de acesso ao topo, constituída por degraus toscos embutidos na parede. É por esta entrada que se acede às antigas celas da prisão, onde se encontram a oficina de artesanato de Maria Joaquim Bonacho e uma exposição retratando uma antiga Escola Primária.


Pela porta situada na Travessa da Cadeia, entra-se no segundo e terceiro pisos do edifício.

Na antiga Sala da Guarda, situada no segundo andar, pode-se observar o buraco através do qual desciam os prisioneiros para o cárcere situado no piso inferior.


A Sala do antigo Tribunal é encantadora e bastante singular, dado o contraste entre a modéstia do espaço e o forte mobiliário com pormenores barrocos, provavelmente datado da segunda metade do século XVIII, com destaque para o cadeirão do juiz.  Foi nesta sala que o estadista José Mouzinho da Silveira trabalhou como Juiz de Fora. Um dos mais importantes políticos portugueses do século XIX, ligado à instituição do Regime Liberal em Portugal. Conserva uma exposição permanente sobre a sua vida e obra.


A fachada virada para a rua 24 de janeiro, a tardoz, era a principal entrada para a câmara, dado grande parte de o edifício estar ocupado pelas prisões. Obra de 1930, composta por dois planos e revestida a raspadinho, técnica de simulação de granito, executada com cal parda da Escusa. Está coroada de ameias e por quatro torrinhas decoradas, respetivamente, da esquerda para a direita, pela Cruz de Malta, pela esfera armilar, pelo antigo brasão municipal e pela Cruz de Cristo.

Painel informativo junto ao monumento, 2021
cm-marvao.pt/pt/museus/casa-da-cultura, 2021
monumentos.gov.pt (Núcleo Urbano da Vila de Marvão / Núcleo Intramuros de Marvão), 2021

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Ponte da Portagem

Portugal \ Portalegre \ Marvão \ São Salvador da Aramenha


    Rua da Ponte Romana, Lugar da Portagem, sobre o rio Sever.

    Está classificada, juntamente com a Torre medieval da Portagem, como conjunto de Interesse Público desde 28 de junho de 2013.

    Edificada entre finais do século XVI e inícios do XVII, aproveitando materiais provenientes de uma ponte romana desmantelada, possivelmente na atual zona de Olhos d’Água, nas imediações da cidade de Ammaia A destruição desta travessia destinou-se a evitar o atravessamento do rio, por mercadores, que passavam diretamente as suas mercadorias para Castela, sem pagar as taxas alfandegárias, que eram cobradas no edifício da torre aduaneira, a jusante.


    Ostenta cinco arcos de volta perfeita que suportam um tabuleiro rampante, com cerca de 52 metros de comprimento por 3,80 metros de largura. Entre os arcos, os pegões (pilhares) apresentam talhamares triangulares a montante, sendo a jusante, de secção retangular. 


    O pavimento, em pedra irregular, é limitado por guardas (muretes) de um metro de altura.

Painel informativo junto ao monumento, 2021
monumentos.gov.pt (Ponte Romana da Portagem), 2021

Ponte da Ribeira das Trutas

 Portugal \ Portalegre \ Marvão \ São Salvador da Aramenha


Bairro Novo, Lugar da Portagem, sobre a ribeira das Trutas, afluente do rio Sever.

Situa-se a cerca de 1000 metros a norte da cidade romana da Ammaia, na sua Zona de Proteção.

É também conhecida por Ponte do Cavalete.

A ponte primitiva terá sido construída no século I, durante o período romano. Mais tarde, provavelmente entre o final do século XVI e o início do século XVII, foi reconstruída, aproveitando as partes que se encontravam em bom estado.


É constituída por três arcos de volta abatida, sendo os das extremidades mais pequenos e quebrados.


O tabuleiro, com cerca de 20 metros de comprimento por 2,60 metros de largura, é rampante, sendo mais elevado sensivelmente ao centro. Revestido com calçada recente, de pequenas pedras. De cada um dos lados, muretes baixos que lhe conferem proteção e que terminam, a norte, em dois blocos cilíndricos, semienterrados, da mesma largura dos muretes, mas ligeiramente mais elevados.


Junto à ponte situa-se um parque de merendas.

PR5 Caminho dos Olhos d’Água; 2021
monumentos.gov.pt (Ponte da Ribeira das Trutas), 2021