terça-feira, 30 de junho de 2015

Cidade Romana de Ammaia

País: Portugal
Concelho: Marvão
Freguesia: São Salvador da Aramenha

Estrada da Calçadinha nº 4, São Salvador da Aramenha.
Está situada na várzea do rio Sever.
Ruínas classificadas como Monumento Nacional desde 1949.
É indubitavelmente o mais importante vestígio da sua época, existente na região do norte Alentejo.
A sua área central é constituída pela Quinta do Deão e pela Tapada da Aramenha, possuindo uma área de 25 hectares.
Terá sido fundada entre os séculos I a.C. e I d.C.
Ammaia foi elevada a Civitas por volta do ano 44/45, tendo obtido o estatuto de Municipivm ainda durante o século I.
Embora as suas ruínas tivessem sido classificadas em 1949, estiveram abandonadas até finais de 1994. 
No Museu encontra-se uma parte do imenso espólio recolhido e recria a original dimensão deste importante e vasto local.

domingo, 28 de junho de 2015

Castelo de Vide

País: Portugal
Concelho: Castelo de Vide

Vila conhecida como a Sintra do Alentejo, como lhe chamou Dom Pedro V, certamente impressionado pela sua beleza.
É uma das mais emblemáticas e belas vilas do sul de Portugal.

Nos primórdios da nacionalidade, era conhecida por Vide ou Terra de Vid

Foi conquistada aos mouros em 1148.
Pertenceu a Gonçalo Mousinho e mais tarde a Pedro Annes em 1180.
Em 1226 é inserida no término de Marvão e em 1273 é doada por Dom Afonso III ao infante Dom Afonso.
Em 1310 recebeu foral.
Em 1327, no reinado Dom Afonso IV, foram concluídas as fortificações, passando a denominar-se Castelo de Vide ou Castelo Davide.
Em 1372 passou para a Ordem de Cristo e mais parte para Gonçalo Eanes de Abreu, herói da Batalha de Aljubarrota.
Nos séculos XV e XVI implantou-se na cidade, uma comunidade judaica, oferecendo suas prestações tradicionais: o comércio, as artes e os ofícios, e a medicina. Durante este período, a urbe viveu um nítido desenvolvimento.
Em 1512, Dom Manuel atribui-lhe foral novo.
Nos séculos XVII e XVIII foi abraçada por fortificações abaluartadas, incluindo a construção do Forte de São Roque. As fortificações medievais passam a ser cidadelas e recebem quartéis, depósitos de pólvora e armarias.
Em 1823, a sua Praça foi desativada.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Forte de Santa Catarina

País: Portugal
Concelho: Figueira da Foz
Freguesia: Buarcos

Praça Luís de Albuquerque e Avenida de Espanha, Figueira da Foz.
Classificado como Imóvel de Interesse Público.
Construção de finais do século XVI. Fazia, juntamente com as fortalezas de Buarcos e Palheiros, um triângulo defensivo do porto e baía da Figueira.
Apresenta estrutura de conceção triangular com três cortinas, um meio baluarte e dois baluartes irregulares.
O seu interior alberga uma capela dedicada a Santa Catarina de Ribamar, duas casernas e um farol.

A 26 de junho de 1808, uma força de várias povoações do concelho da Figueira da Foz e de municípios vizinhos, sob o comando de Bernardo António Zagalo, cercaram o forte obrigando as tropas napoleónicas a renderem-se. 

Casa do Paço

País: Portugal
Concelho: Figueira da Foz
Freguesia: Buarcos

Rua da República, Figueira da Foz.
Classificado como Imóvel de Interesse Público.
Imóvel construído entre 1690 e 1704 pelo bispo-conde de Coimbra, Dom João de Melo.
Solar de grandes dimensões com torre anexa.
O edifício apresenta planta em U com jardim traseiro virado para o Largo Professor António Vítor Guerra. O acesso ao piso nobre é feito por este largo.
No interior, quatro das dependências do andar nobre são revestidos por belos azulejos holandeses, conjunto de quase 7000 peças, todas diferentes, executadas na década de 1710 em Roterdão. Constituem uma dos mais importantes acervos de azulejaria holandesa existente no mundo, representando paisagens holandesas, cavaleiros e cenas bíblicas.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Campo Maior

País: Portugal
Concelho: Campo Maior

Vila raiana situada a a 18 km de Elvas e a 18 km de Badajoz, constituindo um triângulo equilátero entre as três fortificações. Se Elvas representava a primeira barreira militar que se opunha à progressão dos exércitos invasores que passavam o o rio Guadiana em Badajoz, Campo Maior era a primeira barreira a vencer na progressão para norte.

Em 1219 foi conquistada aos mouros pela família Peres, de Badajoz. Se bem que, a sua conquista definitiva só se deva ter verificado depois da tomada, também definitiva, de Elvas e de Badajoz, respetivamente nos anos de 1228 e de 1230.
Em 1255 foi doada ao Bispo de Badajoz, Frei Pedro Perez, que lhe outorgou foral em 1260.
A partir de 1295, Dom Dinis, envolvido na guerra civil que campeava em Castela, tomou vários castelos fronteiriços, entre os quais o de Campo Maior, doando-o ao concelho de Elvas, que participara decisivamente nas operações militares em 1296.
Em 1297, o Tratado de Alcanizes integra-a no território nacional.
Em 1310, Dom Dinis renova o castelo.
Em 1318 foi finalmente comprado pela Coroa.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Museu de (A) Brincar

País: Portugal
Concelho: Arronches
Freguesia: Assunção

Largo de Serpa Pinto e Largo da Restauração, Arronches.
O museu está instalado no espaço da antiga fortaleza, nomeadamente nos antigos salões e cisternas.
Projeto lúdico-museológico da Câmara Municipal de Arronches, em funcionamento desde 2002.
O espólio do museu resulta de brinquedos e objetos ligados à infância, da última metade do século XIX e do século XX, que têm sido doados por particulares, recolhidos na região ou adquiridos pelo município, das mais variadas origens, materiais e temas, principalmente muitos feitos em papel encontrados num antiquário.
Destaque para a sala de aula, típica do Estado Novo, com mapas escolares, carteiras de madeira e retratos presidenciais da época.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Torres Vedras

País: Portugal
Concelho: Torres Vedras


Cidade.
É sede de um concelho pertencente ao distrito de Lisboa.
O concelho tem cerca de 20 km de orla marítima, de grande beleza.

A sua mais antiga ocupação comprovada data do século II a.C.
Os árabes aqui estabeleceram a sede de uma circunscrição da província da Belata e construíram as primeiras muralhas.
Em 1148 foi tomada por Dom Afonso Henriques. Segundo reza a lenda, a 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, razão pela qual, até ao século XIX, nessa data, se acendiam fogueiras no adro da igreja e nas ameias do castelo.
Em 1250 recebeu foral de Dom Afonso III.
Em 1413, Dom João I aqui reuniu o seu conselho, deliberando a realização de uma expedição a Ceuta, o que viria a ser o início da expansão marítima portuguesa.
Em 1510, Dom Manuel reformou o foral.
Entre 1808 e 1810 foi palco da heroica defesa contra as tropas invasoras de Napoleão. Depois da derrota nas batalhas da Roliça e do Vimeiro, o invasor seria finalmente vencido pelo estratégico complexo defensivo conhecido por Linhas de Torres Vedras, com a preciosa ajuda do duque de Wellington.
Em 1979 foi elevada a cidade.

domingo, 14 de junho de 2015

Sintra

País: Portugal
Concelho: Sintra

Mui prezada vila de Sintra.
Situa-se a 27 km de Lisboa.
A vila encontra-se rodeado de arvoredo, a 225 metros de altitude, na encosta nordeste da serra homónima.
É um local muito frequentado por turistas nacionais e estrangeiros.
Atraiu o espírito de inúmeros poetas, artistas e pensadores, tais como Lorde Byron que lhe chamou Éden e a considerou “a mais bela do mundo” ou Gil Vicente que a encarava como “um jardim do paraíso terreal”.
O concelho é composto por 11 freguesias, estando a vila situada na União das Freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim).
Na área do concelho situam-se inúmeras e famosas praias.

sábado, 13 de junho de 2015

Lisboa

País: Portugal
Concelho: Lisboa

Capital de Portugal.
De todas as capitais europeias, a cidade de Lisboa é capaz de ser aquela que se mantém mais típica e castiça, plena de cores e cheiros, com belos bairros históricos mas também zonas altamente urbanizadas e modernas. Para tal contribui em muito a sua especial luminosidade e o facto de ter a seus pés o rio, que se avista da maioria dos principais pontos da cidade.
É a única capital com um castelo a dominá-la.
Está situada na margem direita do estuário do Tejo, o maior rio peninsular em extensão.
Cidade acidentada, a sua altitude varia entre os 6 metros à beira-rio até 75 metros em São Pedro de Alcântara, 110 metros na Penha da França, 120 metros no Castelo de São Jorge e 226 metros em Monsanto (altitude máxima).
Duas linhas de colinas definem os dois principais hemisférios do grande conjunto urbanístico lisboeta. Do lado oriental ainda se conserva alguma ruralidade. É a Lisboa provinciana e bairrista, onde abundam ruas escondidas, escadarias, pátios solarengos e muitos jardins. O lado ocidental, virado para o Tejo e com a ponte 25 de Abril como pano de fundo, é a zona mais ruidosa e ativa, onde se situam os portos, as indústrias e a linha ferroviária, mas também os morros do Castelo, da Graça e da Senhora do Monte e, ainda, os bairros mais luxuosos.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Fortaleza de Peniche

País: Portugal
Concelho: Peniche
Freguesia: Peniche

Campo da República, Peniche.
Classificada como Monumento Nacional.
Construção iniciada em 1557 por ordem de Dom João III. As obras prolongaram-se durante quase três séculos.
Em Maio de 1589 foi tomada pela armada inglesa que apoiava as pretensões de Dom António, Prior de Crato, à coroa portuguesa.
No século XVII, Dom João IV reparou e ampliou a fortaleza fazendo dela uma praça de guerra de 1ª classe, governada por um general. A obra foi concluída por volta de 1645 e em 1650 iniciou-se a edificação da linha de muralhas.
No início do século XX, serviu de abrigo a refugiados Boers provenientes da África do Sul e residência de prisioneiros alemães e austríacos durante a Primeira Guerra Mundial.
Durante o Estado Novo serviu como prisão de patriotas portugueses que lutaram pela causa Liberdade. Em 1960, Álvaro Cunhal e outros presos comunistas fizeram história ao fugir da mesma.
A Fortaleza serviu ainda, no período revolucionário imediatamente ao 25 de Abril de 1974, de alojamento provisório de famílias chegadas do antigo Ultramar Português, que durou até ao início da década de 1980.
Apresenta quatro frentes, cada uma com sua porta - a das Cabanas, a Nova, a da Ponta e a de Peniche de Cima. A que está virada para o Campo da Torre possui um revelim. Esta e as outras duas que dão para oeste estão dotadas de fosso e de praças de armas salientes e reentrantes. Do lado noroeste a fortaleza é inexpugnável devido à penedia.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Óbidos

País: Portugal
Concelho: Óbidos

Vila-museu.
Situa-se a 63 km a sudoeste de Leiria
É considerada uma das 7 maravilhas de Portugal. 
Encontra-se a 79 metros de altitude, envolvido por uma muralha que abraça um cabeço dolomítico coroado pelo altivo castelo medieval.
A vila é composta por casario típico, de ruas antigas e estreitas com calçada de pedra e escadarias abruptas, pórticos e janelas manuelinas,  recantos pitorescos e janelas floridas. 
A zona antiga alberga inúmeras tabernas e lojas de artesanato.

O seu concelho é protegido pela serra de Montejunto e estende-se por terras planas até ao mar, servindo a lagoa de Óbidos de fronteira natural com o município de Caldas da Rainha.
O território é rico em história, património monumental, praias, termas, grutas e áreas verdes.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Forte de São Miguel

País: Portugal
Concelho: Nazaré
Freguesia: Nazaré

Rua 25 de abril, Sítio da Nazaré.
Está localizado no extremo do promontório.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1978.
Foi mandado construir pelo rei Dom Sebastião no século XVI para defesa e vigilância marítima. Tem projeto datado de 1593, da autoria do frei Giovanni Vicenzo Casale.
Em 1639 foi reconstruído por Mateus do Couto.
Apresenta planta irregular, composta por dois meios baluartes virados para terra e traçado  atenalhado virado ao mar.
O portal de entrada é encimado por um nicho com a imagem de São Miguel Arcanjo.
Sobre a muralha encontra-se o farol da Nazaré, composto por lanterna pintada de vermelho.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Pedrógão

País: Portugal
Concelho: Leiria
Freguesia: Coimbrão

Pitoresca aldeia de pescadores situada na orla costeira da freguesia de Coimbrão, junto ao Pinhal do Urso.
É a única praia do concelho de Leiria.
O topónimo tem origem nas grandes rochas escalvadas existentes junto ao mar.
Foi fundada em 1835 por dois lavradores abastados de Coimbrão que decidiram montar uma campanha no extenso areal, iniciando a exploração industrial da sardinha. Para movimentar o barco, contrataram cerca de 40 homens nas praias a norte que acabaram por aqui se fixar, construindo rudimentares casas em madeira. Utilizavam uma das mais antigas artes de pescar – a Arte Xávega – pesca de arrasto onde o barco sai de terra deixando uma corda que está sempre ligada a este, dando a volta a mais de 500 metros de distância da costa. Entretanto, o barco deixa a rede e é arrastada até à praia por bois. 
Durante mais de um século, a praia de Pedrógão foi uma das maiores abastecedoras de peixe da região.
Mais tarde surgiram as casas senhoriais, os cafés e as tabernas.
Em 1957 foi fundado um casino, junto à casa de madeira onde se julga ter vivido o escritor Aquilino Ribeiro.
Com o passar dos anos, as típicas casas em madeira e alvenaria deram lugar aos prédios, descaraterizando completamente uma das mais belas praias da região.

sábado, 6 de junho de 2015

Cerâmica das Caldas

País: Portugal
Concelho: Caldas da Rainha


Caldas da Rainha é um dos mais importantes centros cerâmicos do país.
Trata-se de cerâmica típica, em barro, famosa pelo caráter popular, humorístico e brejeiro.
O seu fabrico remonta a 1488. 
Maria dos Cacos foi a primeira ceramista de nomeada, entre tantos outros, como Manuel Cipriano Gomes (o Mafra), António Sousa Liso, Francisco de Sousa e Gomes de Avelar. Foi na fábrica deste que o mais famoso de todos, Rafael Bordalo Pinheiro iniciou seus trabalhos, que operaram radical modificação na cerâmica regional. Também José Fuller (visconde de Sacavém), Costa Mota (sobrinho) e o miniaturista Francisco Elias devem ser salientados.
Tanto se produz cerâmica utilitária como artística, muita dela utilizando modelos de Bordalo Pinheiro, existindo aqui importantes fábricas como as Faianças Bordalo Pinheiro e outras que, ao longo dos anos têm marcado o artesanato da cidade no país e no estrangeiro. 
Na Exposição Universal de Paris, em 1889, obteve uma medalha de ouro e duas de bronze.
As peças de cerâmica locais podem ser adquiridas no mercado da Praça da República e nas lojas da Rua da Liberdade.

Bolinhol

País: Portugal
Concelho: Vizela

Pão de Ló Coberto de Vizela.
Tem formato retangular e é coberto por uma calda de açúcar. 
A massa é mais húmida por causa dos tempos de cozedura. 
É embrulhado com linho tosco (linhol), e daí a alcunha. 
A receita original do doce foi uma criação de Joaquina Pedrosa da Silva, na década de 1880. 
Em 1884, esta doceira apresentou o doce na Exposição Industrial Concelhia de Guimarães onde recebeu os maiores elogios. 
Ernesto de Freitas Bravo teve um papel importante na sua fama, ao coloca-lo à venda em estabelecimentos na cidade do Porto. 
A iguaria mereceu o título de Património Cultural, entregue pela Comissão Nacional de Gastronomia.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Igreja Matriz da Batalha

País: Portugal
Concelho: Batalha
Freguesia: Batalha

Largo da Misericórdia, Batalha.
Dedicada à Exaltação de Santa Cruz.
Mandada edificar por Dom Manuel I, a pedido dos habitantes da vila. Foi construída entre 1512 e 1532, projeto de Mateus Fernandes.
O templo tem traça manuelina, barroca e revivalista.
Destaque para a torre barroca e para o belo portal manuelino da autoria de Boitaca, ornamentado com temas renascentistas e os emblemas de Dom Manuel. É considerado um dos melhores pórticos manuelinos de todo o país. 
O interior é revestido por azulejos vindos de um extinto Convento de Alcácer do Sal.
No século XX, recebeu do Mosteiro da Batalha um altar de mármore (da Capela dos descendentes de Dom Lopo Dias de Sousa) e a pia batismal.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Sé Catedral da Guarda

País: Portugal
Concelho: Guarda
Freguesia: Guarda

Praça de Luís de Camões, Guarda.
A construção de uma catedral na cidade deve-se à mudança da sede Episcopal de Idanha-a-Velha para a Guarda, por ordem do rei Dom Sancho I, nos inícios do século XIII.
Na segunda metade do século XIV, Dom Fernando mandou demolir a anterior Catedral que se situava onde está atualmente a Igreja da Misericórdia, por se localizar extramuros e por estar exposta aos perigos das guerras com Castela.
A construção do atual templo iniciou-se no reinado de Dom João I, por volta de 1390 e prolongou-se por cerca de 150 anos, até cerca de 1540, no reinado de Dom João III. Este longo período construtivo justifica os diferentes estilos arquitetónicos aplicados no templo: românico, gótico e manuelino.
A fachada principal é ladeada por duas opulentes torres românicas e rasgada por um portal manuelino.
Na fachada norte o destaque vai para o imponente portal gótico.
Contrastando com o exterior algo pesado, o interior encanta pela impressão de leveza provocada pela invulgar altura, pela harmonia das colunas torsas manuelinas e pelas abóbadas artesoadas góticas com o seu belíssimo reticulado estelar.
O retábulo escultórico maneirista situado na capela-mor foi executado em pedra de Ançã, na oficina de João de Ruão. É composto por mais de 100 figuras.
Das sete capelas situadas ao longo das naves laterais, sobressai a Capela dos Pinas, com um magnífico portal renascentista.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Casa da Torre

País: Portugal
Concelho: Gouveia
Freguesia: União das Freguesias de Gouveia (São Pedro e São Julião)


Avenida dos Bombeiros Voluntários, Gouveia.
O único monumento classificado e um dos que desperta mais a atenção do visitante em todo o concelho.
Está classificado como Monumento Nacional desde 1928.
A sua construção remonta ao século XVI. Pertenceu aos marqueses de Gouveia.
Erguido em granito, é o edifício mais imponente da cidade, dotado de bela cerca, com três pisos e planta irregular. 
Em 1990/1 o edifício sofreu obras de reparação.
As suas janelas são renascentistas à exceção de duas que são manuelinas: uma de padieira relevada com inscrição gótica e outra mainelada com colunas encordoadas por motivos geométricos e vegetalistas, consideradas das mais bonitas de todo o país.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Castelo de Celorico da Beira

País: Portugal
Concelho: Celorico da Beira
Freguesia: União das Freguesias de Celorico (São Pedro e Santa Maria) e Vila Boa do Mondego

Localizado no topo de um monte sobranceiro à vila de Celorico da Beira.
Apresenta uma planta mais ou menos circular com duas entradas, uma a poente e outra a nascente, dois cubelos adossados ao lado sul da muralha, um de planta quadrangular e outro de planta trapezoidal, e uma torre integrada no pano de muralha a norte. É o somatório de inúmeras intervenções que sofreu ao longo dos séculos.
A torre que ainda subsiste foi erigida no século XII. Apresenta traça românica e gótica. É constituída por planta retangular, com três pisos. A porta é em arco quebrado o que evidencia a entrada ao nível do primeiro andar e seteiras nas suas paredes. Em 1823 terá sofrido pequenas alterações para receber o relógio da vila. O aspeto atual resulta das obras de restauro efetuadas nas décadas de 1930 e 1940. 

O testemunho mais antigo encontrado na área que hoje é ocupada pelo castelo corresponde a uma inscrição 
rupestre do período romano, dedicada a uma divindade indígena. Encontra-se no exterior do perímetro amuralhado, junto a um dos torreões. A presença desta inscrição parece testemunhar a presença de um santuário proto-histórico romanizado, datado do século I.
A fortificação foi construída em finais do século XI, inícios do século XII, em estilo românico. Os vestígios desta construção primitiva são hoje praticamente imperceítiveis. A primitiva construção era constituída por duas torres, uma das quais, situada no centro da fortificação, designada por Torre de Menagem.
Entre finais do século XIII e meados do XIV, durante os reinados de Dom Dinis e Dom Fernando, assistiu-se à construção de uma torre e dois torreões adossados ao pano de muralha que ainda subsistem. Durante este período foi também construída uma barbacã – sistema defensivo exterior ao perímetro do castelo e que constituía a sua primeira linha de defesa.
No século XVII, após a restauração da independência (1640), sofreu novas obras de restauro.
Durante o século XIX foram destruídas algumas estruturas como a cerca exterior e a Torre de Menagem.
Durante a década de 1930 realizaram-se obras de reconstrução e consolidação das muralhas e da torre, e de edificação das ameias.
A requalificação atual foi feita em 2007.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Cacela Velha

País: Portugal
Concelho: Vila Real de Santo António
Freguesia: Vila Nova de Cacela

Aldeia de agricultores e pescadores situada junto à ria Formosa, a cerca de 1 km a sul de Vila Nova de Cacela.
É uma das mais típicas e antiquíssimas povoações da costa algarvia, classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1983.
Assenta num promontório, no extremo oriental do Parque Natural da Ria Formosa.
O assoreamento da ribeira de Pedra Alva, que corre perto, e a formação do cordão dunar da ria Formosa afastou-a do mar.
O casario é composto por ruas estreitas e casas baixas brancas trajadas de azul, verde ou ocre.
É a primitiva sede do atual concelho de Vila Real de Santo António.
A sua existência como centro urbano remonta, pelo menos, ao tempo de romanos e árabes, embora se lhe atribua origem fenícia. 
No período romano era uma importante villa ligada à pesca e salga do peixe.
Durante o período de ocupação muçulmana tinha muralhas de defesa. Era designada Cacetalate Darrague e deve o seu nome à família berbere Darrag Alcacetali.
Em 1168, durante a conquista almoáda do Gharb al-Andalus, as tropas de Cide Abú Iacube, filho de Abde Almunime, estiveram estacionadas neste lugar.
Em 1240 foi conquistada pelos cavaleiros da Ordem de Santiago. O rei Dom Sancho I doou-o, assim como Ayamonte, à Ordem, como prémio pela bravura demonstrada na conquista do Algarve.
Em 1283, foi elevada a vila com foral outorgado pelo rei Dom Dinis.  
Em 1755 foi arrasada pelo terramoto, perdeu importância económica, mas manteve uma admirável força ambiental.
A 24 de Junho de 1833, desembarcou no seu cais, a diminuta força liberal sob o comando do conde de Vila Flor.