domingo, 27 de janeiro de 2019

Igreja de São João Baptista da Sé de Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo


Praça da Sé, Bragança. 
Está classificada como Imóvel de Interesse Público.
Tem origem num convento para as Freiras Claras construído neste local em 1515 pelo Bispo Dom Teodósio. Como estas não o ocuparam, em 1562 instalou-se no edifício um colégio da Companhia de Jesus, com nível universitário onde se regeram cursos de Humanidades, Filosofia e Teologia.  
Após a expulsão da Ordem, em 1759, novos arranjos foram feitos, primeiro para instalar o Seminário Diocesano em 1766, e dois anos depois, para servir como catedral.
No exterior salientam-se a galilé, o aparatoso janelão maneirista datado de 1685 (para aqui removido no século XX) e o Portal Renascentista com influências barrocas.
Em 1930-31, foi acrescentada mais um piso à torre, para instalar o relógio.
O interior, de nave única, reflete as reformas feitas pelos jesuítas (séculos XVI- XVIII) e as intervenções realizadas aquando da elevação da igreja a Sé Catedral. O teto subdivide-se em três abóbadas com arcos de cruzaria e mísulas. O altar-mor apresenta talha dourada de estilo nacional e o coro alto é do século XVII. A Sacrista, datada do século XVII, é coberta por um teto apainelado com ricas pinturas, narrando a vida de Santo Inácio. O claustro é renascentista.

Casa do Arco (Bragança)

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União de Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo

Rua Abílio Beça nº 58, Bragança.
É também chamado de Solar dos Pimentéis.
Pertenceu à família dos Morais, Pimentéis e Bacelares.
O arco, que lhe deu o nome, foi construído em 1694, ligando as duas casas que pertenciam ao então proprietário, o Mestre de Campo Domingos de Morais Madureira Pimentel.
Em inícios do século XIX (pouco antes de 1815) sofreu obras de ampliação, por conta da Viscondessa de Mirandela, então titular do morgadio.
O palacete termina, do lado poente, em torreão.
O arco unia a rua da Carreira (ou de Trás) à rua Direita – uma aristocrata e sossegada, a outra, comercial e dinâmica.

Igreja e Convento de Santa Clara de Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo


Rua Emídio Navarro, Bragança.
É dedicada a Nossa Senhora das Graças, padroeira da cidade de Bragança.
A sua construção foi iniciada em 1569, destinada a acolher as filhas e netas dos cidadãos de Bragança. Só em 1598 é que passou a albergar as freiras.
Na Guerra da Restauração (1640) já estaria em ruínas, sendo aproveitada a pedra dos seus dormitórios e da cerca para a construção de novas muralhas.
Um belo pórtico renascentista, datado de 1597, rasga a fachada.
O interior exibe pintura cenográfica no teto, idêntico ao da igreja de Santa Maria. A capela-mor, com teto de berço apainelado, guarda um excelente retábulo datado de inícios de setecentos. O arco triunfal é revestido em talha de boa lavra.

Igreja de São Vicente de Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União de Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo

Largo do Principal, Bragança.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público.
Da sua estrutura original, em estilo românico, só resta partes da cabeceira (abside trilobulada).
Um portal maneirista rasga a fachada, onde se encontra um painel de azulejos, descerrado em 1929, que recorda a proclamação do General Sepúlveda contra a Invasão Francesa em 1808.
No interior, destaca-se a capela seiscentista dedicada a Santo Cristo e a capela-mor com altar em talha dourada barroca, da primeira metade do século XVIII.
Segundo a tradição, terá sido nesta igreja que se realizou o casamento secreto do príncipe Dom Pedro com Dona Inês de Castro.
Junto à entrada do templo encontra-se um chafariz e um Passo da Via-Sacra.

sábado, 26 de janeiro de 2019

Igreja de Santa Maria de Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo

Rua Dom Fernão, no interior da Cidadela de Bragança.
É dedicada a Santa Maria da Assunção ou do Sardão.
Remonta à fase da reconquista do território pelos guerreiros neocristãos das Astúrias. Da sua primitiva traça nada resta, existindo apenas vestígios das intervenções ocorridas entre os séculos XVI e XVIII.
Apresenta uma fachada, tipo retabular, rasgada por um volumoso portal pseudobarroco (1701-1715) com colunas pseudosalomónicas e enrolamentos dos frontões. A ladear o portal situam-se quatro nichos emoldurados como janelas.
O interior, de três naves, é dividido por arcos apoiados em colunas de tijoleira mudéjar, com datado do século XVII.
A capela-mor, datada de 1580, conserva um retábulo joanino com uma expressiva imagem de Santa Maria Madalena, da escola de Gregório Fernandez ou Pedro de Mena, Valladolid, que traduz a força simbólica do arrependimento.
A capela dos Figueiredos, dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, foi mandada construir em 1585 por Pêro de Figueiredo, alcaide-mor de Bragança.

Domus Municipalis de Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança \ União das Freguesias de Sé, Santa Maria e Meixedo

Rua Infante Dom Pedro, no interior da Cidadela de Bragança, junto à Igreja de Santa Maria.
Outrora serviu como albergue de peregrinos de Santiago e Paços do Concelho.
Está classificado como Monumento Nacional.
Foi construído no século XII, sendo o único monumento de arquitetura civil, em estilo românico, existente em toda a Península Ibérica.
Apresenta planta pentagonal e exteriormente é composta por cinco faces de dimensões diferentes, sendo composta por duas partes distintas, uma delas, subterrânea. O piso aéreo, conhecido como Casa da Câmara, é constituído pelo salão fenestrado e terá sido utilizado para as reuniões dos homens-bons da cidade, decisores da política e das leis. As suas paredes são abertas por fiadas de arcos assentes em pilares e no interior suportam uma bancada corrida, de granito. O pavimento lajeado é o extradorso de abóbada de berço que cobre a parte subterrânea, denominada de Cisterna ou Sala de Água, coberta por abóbada de berço reforçada com arcos.

Bragança

Portugal \ Bragança \ Bragança

Cidade transmontana, sede de concelho e de distrito, localizada na raia, a cerca de 485 km a nordeste da capital Lisboa.

O primitivo núcleo populacional terá sido Celiobriga e depois Brigância.
Os romanos valorizaram-na e deram-lhe o nome de Juliobriga, em homenagem a Júlio César.
Após a queda do Império Romano, voltaria a ser Brigância
Já em domínio português, Dom Sancho I (1185-1211) manda construir, à volta da vila, uma linha defensiva de altas muralhas, e outorga-lhe o seu primeiro foral (1187).
Em 1199, Afonso IX de Leão, veio sitiar Bragança, mas a tropa enviada por Dom Sancho levou os leoneses a abandonar o intento.
Em finais do século XIII, Dom Dinis (1279-1325), manda construir o primeiro castelo e erguer uma nova linha de muralhas à volta do burgo, que entretanto cresceu.
No século XIV, o infante Dom Afonso Sanches, meio-irmão de Dom Afonso IV, em resposta à confiscação de seus bens pelo monarca e depois de algum tempo fora do País, onde conseguiu reunir auxílios, escolheu como vitimas para vingativa punição, Bragança, mais a sua região, e por aqui andou a queimar e destruir, até que a intervenção pacificadora da Rainha Santa alcançou a reconciliação entre seu filho, o rei, e o enteado.
Em 1377, Dom Fernando mandou ampliar a cerca. Durante o reinado deste rei, Bragança viria a ser tomada pelo exército do rei de Castela, Enrique I, numa daquelas desastradas guerras em grande parte provocadas pelo monarca, por nada e para nada.
Em 1409, foram iniciadas as obras do atual castelo, erguidas sobre o primitivo castelo de Dom Dinis. Só terminam 40 anos depois.
Em 1442, o infante Dom Afonso, filho natural de Dom João I e de Dona Inês Pires, funda a Casa de Bragança.
No reinado de Dom Afonso V (1438-1481) foram construídas a fonte d’el Rei (ou Poço do Rei) e os panos de muralha que a cercam. Este rei outorgou-lhe Foral Novo (1464), a pedido de Dom Fernando, II Duque de Bragança e eleva-a à categoria de cidade.
Nos finais do século XV e inícios do século XVI, começa a afirmar-se a supremacia económica do arrabalde em detrimento da “vila”. No século XVII é já dominante.
A partir de 1640 até à implantação da República, o seu nome ganhou mais visibilidade, com a coroação de Dom João, VIII duque de Bragança, iniciando a Dinastia de Bragança que reinou durante esse período. 
Durante cerca de 15 anos, o distrito esteve dividido em dois bispados – Bragança e Miranda -, até que, em Setembro de 1780, se fundiram num só.

sábado, 5 de janeiro de 2019

Palácio dos Condes de Anadia

Portugal \ Viseu \ Mangualde \ União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta

Largo Condes de Anadia e Avenida dos Capitães, Mangualde.
É também chamado de Solar ou Palácio dos Paes do Amaral.
Está classificado como de Imóvel de Interesse Público desde 1997.
É considerado um dos mais sumptuosos solares da Beira.
Foi construído ao longo do século XVIII, a mando de Simão Paes do Amaral.
Destaca-se pela elegância das suas fachadas e pelo magnífico recheio, com excelente azulejaria e mobiliário da época.
A capela de São Bernardo, anexa ao Palácio, foi edificada no século XVII. Guarda um retábulo original com um São Bernardo pintado por W. Machado.
O palácio é visitável. Dispõe de jardins e mata.

Ruinas Romanas da Raposeira

Portugal \ Viseu \ Mangualde \ União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta

Quinta da Raposeira, Avenida de Nossa Senhora do Castelo, Mangualde.
As primeiras sondagens arqueológicas ao local deram-se em 1889 por José Alberto Osório de Castro. Mais tarde foram votadas ao esquecimento, sendo retomadas entre 1985 e 1997 sob direção da investigadora Clara Portas.
Os vestígios existentes recordam uma estalagem situada junto ao cruzamento de duas importantes estradas imperiais que ligavam Vissaium (Viseu) a outras cidades romanas vizinhas. Terá sido construída nos inícios do século I, durante o império de Caesar Octavianus Augustos, primeiro imperador romano.
O primeiro espaço corresponde à área de serviços e aposentos destinados aos proprietários e seus criados. Ao centro situavam-se as termas, com o seu espaço aquecido e água sempre corrente. Do outro lado do pátio dispunham-se os aposentos dos hóspedes e, nas traseiras, numa área composta por um outro pátio mais amplo, os estábulos para acolher os animais.

Ermida de Nossa Senhora do Castelo (Mangualde)

Portugal \ Viseu \ Mangualde \ União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta

Templo implantado no topo do Monte da Senhora do Castelo, Mangualde, dominando uma vasta região. 
O conjunto composto pela igreja, escadório e capelas anexas e Casa do Ermitão está classificado como Monumento de Interesse Público desde 29 de abril de 2013.
A ermida da Senhora do Castelo foi inaugurada em 1832, a mando de Miguel Paes Sá de Meneses. Substituiu uma pequena capela edificada em finais do século XIV, ex-voto pela batalha de Trancoso em 1385, que existia junto à Casa do Ermitão, demolida após a conclusão da atual.
É antecedida por monumental escadaria de granito decorada por pináculos e dividido em lanços entre os quais surgem quatro capelas (dedicadas respetivamente a Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Encarnação, Nossa Senhora da Visitação e Nossa Senhora da Assunção) decoradas de azulejos rococó que narram os passos mais significativos da Vida da Virgem, terminando na sua glorificação no interior da ermida. A construção do escadório e capelas foram iniciadas em meados do século XVIII.
A igreja, em estilo neoclássico, apresenta linhas graciosas mas simples. Destaque para a sua altíssima torre ameada de 38 metros, elevada a prumo sobre a fachada principal.
O interior, coberto por teto pintado, alberga três retábulos. Uma majestosa imagem de Nossa Senhora do Castelo, datada do século XV e proveniente da anterior igreja, eleva-se no altar-mor, amparando com a mão esquerda o Menino e com a direita, uma romã.
Em 10 de agosto de 1882 recebeu a visita dos monarcas Dom Luiz I e Dona Maria Pia, e dos príncipes Dom Carlos e Dom Afonso.
A 10 de junho de 1896, foi a vez da rainha Dona Amélia e os príncipes Dom Luiz Filipe e Dom Manuel visitarem o local.
O templo é rodeado por frondoso parque.