segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Mosteiro de São Martinho de Crasto

Portugal \ Viana do Castelo \ Ponte da Barca \ União das Freguesias de Crasto, Ruivos e Grovelas


    Largo de São Martinho, Crasto.

    Classificada como Monumento Nacional desde 6 de março de 1996 (igreja).

    Fundado em 1136 por Dom Onerico Soeiro, Senhor do lugar de Crasto e administrador da Terra da Nóbrega. Pouco tempo depois passou a seguir a Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.

    Em 1182, o arcebispo Dom Godinho manda ampliar a igreja e institui o culto ao Santíssimo Sacramento.

    Em 1190, o seu património foi amplamente enriquecido com a doação das igrejas de Oleiros, Santa Eulália, Sampriz e Bravães.

    Em inícios do século XV era considerado como um dos mais numerosos mosteiros agostinhos da arquidiocese.

    No século XVI foi construída a torre e ampliado o corpo da igreja para ocidente.

    Em 1590 foi incorporado com todos os seus bens à Congregação de Santa Cruz de Coimbra.

    Na primeira metade do século XVII foi unido ao Mosteiro de São Teotónio de Viana, levando à transferência dos seus religiosos e bens.

    No século XVIII, a capela-mor foi aprofundada, para albergar o retábulo.

    Em 1767, com a extinção do mosteiro de Viana, a administração dos bens de São Martinho de Crasto passou para a alçada do Mosteiro de Santa Maria de Refoios de Lima, com a obrigação de repartir o seu rendimento com o Colégio da Sapiência da cidade e Universidade de Coimbra. Nesta data não tinha cónegos residentes, fazendo-se a cobrança das rendas por dois religiosos de Santa Maria de Vila Nova de Muía.

    Em 1770, os seus bens passaram a ser exercidos pelo Mosteiro de Mafra, até ser definitivamente extinto pelo decreto de 30 de maio de 1834.

    Da sua grande estrutura primitiva, apenas resta a igreja, convertida em paroquial. Composta por planta longitudinal com nave única e capela-mor, precedida por torre sineira, quadrangular, construída num plano mais elevado, onde existe um pórtico de ligação à igreja.


    A fachada principal é percorrida por cachorrada de índole vegetalista, geométrica, animal e humana. 


    O interior é acedido por dois pórticos com arcos de volta perfeita, um deles de dupla arquivolta e impostas boleadas e cruz vazada no tímpano. 

    A fachada sul dispõe de dois portais semelhantes, mas ambos entaipados.

    A nave tem cobertura em madeira pintada alusiva ao orago. Alberga, do lado do Evangelho, um púlpito de talha e, do lado contrário um altar aproveitando o vão de uma porta entaipada. Dois altares laterais, em angulo, com talha dourada, ligam-se à que reveste o arco triunfal. A capela-mor, com teto de masseira em caixotões, guarda um retábulo de talha dourada.


    A norte da igreja implantava-se o claustro, com largo, à volta do qual se ergueram algumas casas.

Painel informativo junto ao monumento, 2020
monumentos.gov.pt

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