sábado, 21 de novembro de 2020

Castelo de Alenquer

 Portugal \ Lisboa \ Alenquer \ União das Freguesias de Alenquer (Santo Estêvão e Triana)

    


    Rua Pero de Alenquer e Calçada Damião de Góis, Alenquer.

    Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 20 de outubro de 1955.




    O primitivo castelo de Alenquer terá sido construído a partir de 714, durante o período muçulmano, sobre vestígios pré-históricos. Apresentava planta irregular alongada, adaptada à morfologia do terreno.




    Foi conquistado em 1148 por Dom Afonso Henriques que terá demorado dois meses para o tomar. Mandando depois reparar as muralhas e repovoar a vila.




    Entre 1211 e 1216 sofreu bastante com as guerras entre Dom Afonso II e as irmãs.

    No século XIV, durante o reinado de Dom Fernando (1367-1387), a malha defensiva iria sofrer benefícios, uma vez que a sua localização geográfica era estratégica para a defesa de Lisboa e do Tejo.

    Com as convulsões sociais ocorridas após a morte deste soberano, a vila acolheria a rainha viúva Leonor Teles, antes de partir para Santarém onde receberia a filha e herdeira Dona Beatriz, casada com o rei de Castela. Sendo-lhe leal, Alenquer sofreu o cerco e a destruição das suas muralhas, por ordem do Mestre de Avis, aclamado rei de Portugal.

 

    Do seu antigo castelo subsiste apenas os troços a norte, como a Torre da Couraça, a Porta da Conceição, vestígios da antiga alcáçova e alguns panos de muralha coroados por merlões e corridos por adarve.


    A Porta de Nossa Senhora da Conceição era uma das duas portas principais da muralha da vila. Está ladeada por duas torres quadrangulares, sendo a da direita encimada por cubelo triangular com pequena sineira, vestígio da antiga capela erigida cerca de 1740.



    As primitivas torres da porta foram arrasadas pelo terramoto de 1755.

    Em 1940 foi reconstruída, juntamente com os panos de muralha que a ladeiam, enquanto a capela foi demolida. É, atualmente, o espaço mais preservado de todo o antigo complexo defensivo.



    
Frente à porta, num plano mais baixo, fica a Torre da Couraça, de planta quadrangular, com corredor protegido por muralha. Tinha como objetivo proteger a fonte. Existia ainda uma passagem subterrânea de ligação à vila, utilizada pelos habitantes para abastecimento de água em caso de cerco.

    Da antiga alcáçova, localizada na parte alta da vila, no topo de um monte envolvido por mato, restam apenas alguns panos de muro.


Painel informativo localizado junto ao monumento; 2020
Painel informativo localizado no interior do Museu Damião de Góis, Alenquer; 2020
monumentos.gov.pt (Castelo de Alenquer / Castelo e Cerca Urbana de Alenquer); 2020

Sem comentários:

Enviar um comentário