terça-feira, 3 de outubro de 2017

Bruçó

Portugal \ Bragança \ Mogadouro \ Bruçó

Aldeia duriense situada a cerca de 19 km a sul de Mogadouro, sua sede de concelho.
Encontra-se a 626 metros de altitude, no relevo terminal do planalto mirandês, junto à margem direita do rio Douro, que a separa das terras espanholas, em pleno Parque Natural do Douro Internacional.
É uma povoação essencialmente agrícola e cheia de tradições.
O casario é composto por inúmeras casas seculares, algumas delas ainda em pedra. Tem duas principais praças: a da Igreja, popularmente chamada de Olmo, dada a existência outrora da dita árvore; e a da Calçada, onde se situa o pouco comércio que ainda mantém (café e mercearia). O Largo da Calçada é palco das principais festas da freguesia e local de encontro e convívio entre as gentes locais. É comum a presença de animais junto à fonte.
O rio Douro corre em tão enorme profundidade entre tão abruptas penedias, que só as aves de rapina lá conseguem ir. As restantes arribas são férteis e proporcionam boa azeitona, mais tarde convertida em ótimo azeite. Também a vinha se dá bem nestas terras, assim como as culturas cerealíferas, a amendoeira e o castanheiro.

É povoada desde tempos remotos. No sítio do Castelo dos Mouros foi erguido um castro durante a Idade do Ferro, mais tarde romanizado.
A partir do século XIII passou a pertencer à vila da Bemposta, donatária dos marqueses de Távora.
Em 1512 aparece a primeira referência escrita a Bruçó, no foral da vila de Bemposta, à qual pertencia.
Em 1759, após o Processo dos Távoras, passou a pertencer ao padroado real e a ser governada por um juiz de vara e quatro homens de governança, quatro quadrilheiros, dois alcaides e um procurador, todos sujeitos à justiça de Mogadouro.
Em 1950 atingiu o seu pico populacional: 804 habitantes.

No aspeto económico, a população vive essencialmente da agricultura e da pecuária. A construção civil e o pequeno comércio são atividades relativamente recentes.

1 comentário:

  1. Boa tarde. Peço-lhe, por favor, para corrigir parte da informação. Bruçó nunca pertenceu a Bemposta e a primeira referência escrita (detectada até à data) consta na carta de foral concedida por D. Dinis aos moradores de Lagoaça em 1286. Também nunca foi governada por um juiz de vara, mas sim por um juiz da vintena, ou vintaneiro. E, já agora, na Praça da Calçada existem dois cafés (além do comércio, entretanto encerrado). Cumprimentos. Antero Neto

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