Rua da Matriz, Ponte de Lima.
Dedicada a
Santa Maria dos Anjos.
Classificada como
Monumento de Interesse Público desde 10 de maio de 2013.
Templo
erguido no século XV. Foi iniciada em 1425 e terá sido concluída em 1446. As
várias transformações e ampliações ao longo dos séculos são bem visíveis, pela
sobreposição de vários estilos como o gótico, o maneirista ou o barroco.
A fachada
principal, definida em dois registos por cornija, é rasgada no primeiro por portal
gótico escavado, de arco apontado, formando seis arquivoltas de decoração
vegetalista, e no segundo, por uma rosácea revivalista, neogótica, construída
no século XX, com molduras múltiplas. Termina em empena com cruz vazada e
hastes flor-de-lisada.
A torre
sineira, de planta quadrangular, adossa-se à direita da frontaria e
ligeiramente recuada. É rasgada inferiormente por janela retilínea e, na face
sudoeste, por fresta e pequena janela com remate em arco canopial, sob a qual
surge painel de azulejo figurativo, monocromo, azul sobre fundo branco, com
moldura policroma, tendo, nos extremos superiores os escudos portugueses e, ao
centro, as armas municipais. Superiormente possui quatro ventanas de volta
perfeita, encimadas por relógios circulares. Termina em ameias e pequena
estrutura metálica que sustenta uma sineta e um catavento.
O interior é
composto por três naves organizadas por dois tramos de pilares, cabeceira
tripartida e capela-mor poligonal, ladeada por dois absidíolos retangulares. Apresenta
coberturas diferenciadas, de madeira em apainelados na nave e em abóbada de berço
de caixotões de cantaria no transepto e na capela-mor.
O coro alto,
sobre arco de asa de cesto, é protegido por uma balaustrada de madeira.
A capela de
Nossa Senhora da Conceição, na base da torre sineira, é de inspiração gótica. Foi
fundada em 1540 por Inês Pinto. É acedida por portal ornado pelas armas dos
fundadores. Guarda lápides tumulares dos seus instituidores e seus
descendentes.
Adossados aos
pilares que marcam o cruzeiro do transepto, dois púlpitos quadrangulares com
guardas de madeira confrontam-se.
Os altares
laterais, dedicados a Nossa Senhora das Dores, e a Nossa Senhora da Piedade
(hoje de Nossa Senhora de Fátima), ambos setecentistas, destacam-se pela
riqueza da sua talha.
O arco triunfal, de volta perfeita, é encimado por
frontão triangular que enquadra um nicho de volta perfeita de interior
concheado.
Sem comentários:
Enviar um comentário