Rua Dr. Miguel Fonseca, Barcelos.
Assenta numa plataforma poligonal de granito, sobranceira à ponte medieval.
Está classificado como Monumento Nacional desde junho de 1910.
Paço senhorial construído entre
1406 e 1419, por ordem de Dom Afonso, VIII Conde de Barcelos e I Duque de
Bragança, para lhe servir de residência.
Apesar de ter sido desmantelado
ao longo dos séculos, conhecem-se as suas proporções originais. Era composta
por seis casas torres, sendo uma delas, sobre a ponte, a mais alta de todas. Sobre
a porta desta exibia uma estátua, datada de 1732, representando Barcelos.
O edifício foi-se arruinando
durante séculos e algumas das paredes foram desmanteladas. Alguma da pedra foi empregue
para a construção da torre sineira da matriz e para diversas construções como
por exemplo, calcetar diversas ruas.
Em 1874, o paço foi doado ao
Município de Barcelos, ficando este obrigado a conservar as ruínas e dar-lhe
utilidade.
Atualmente é composto por três corpos incompletos, de diferentes tamanhos, de onde se destaca a elevada chaminé tubular. As fachadas são rasgadas por portais em arco quebrado e angular e por janelas de verga reta, algumas com cruzeta (influência francesa) e conversadeiras interiormente.
Nas ruínas do paço foi
instalado, em 1920, por iniciativa do Dr. Miguel da Fonseca, um museu arqueológico
municipal, com o nome Museu Lapidar de Barcelos, com o objetivo de guardar as
peças recolhidas por todo o concelho. O seu nome seria alterado, na década de
1940, para Museu Arqueológico Municipal de Barcelos. Faz parte do seu acervo o
Cruzeiro do Senhor do Galo que conta a famosa Lenda do Enforcado e do Galo de
Barcelos, e a cabeça da estátua de Barcelos, exposta numa mísula colocada na
fachada sul do paço.
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