Avenida do Bom Reitor, Ovar.
Consagrada a São Cristóvão.
Vasta igreja situada em local de destaque,
quer pela sua monumentalidade, quer pela sua situação elevada. É o maior templo
do concelho.
Existe, pelo menos, desde 1550, ano em que
surge a primeira referência à igreja de Ovar, que terá sido transferida do
lugar de Cabanões.
A atual igreja foi construída em 1665,
sobre as fundações do primitivo templo, de menores dimensões. Sendo aberta ao
culto em 1679.
No século XVIII foi reformada, altura em
que foi terminada a capela-mor.
Em 1833 voltou a sofrer obras de
reconstrução, sob orientação do mestre António José da Silva.
Data de 1918 o assentamento da escadaria em
granito, frente à igreja.
Em 1927, as suas paredes exteriores foram
totalmente revestidas a azulejos.
A
imponente fachada encontra-se dividida em três panos por pilastras,
correspondendo os laterais às torres sineiras.
O corpo central é rasgado por portal de
arco abatido encimado por frontão curvo, sobre o qual se eleva nicho do
padroeiro São Cristóvão. Termina em frontão curvilíneo interrompido, coroado
por cruz ladeada de pináculos.
O interior, com cobertura em abóbadas de
canhão, apresenta planta
longitudinal composta por três naves com cinco tramos divididos por colunas
toscanas.
Dois púlpitos com escadaria em caracol,
inscritos na colunata, confrontam-se, sensivelmente a meio da nave.
Junto ao transepto situam-se duas capelas e
seis altares barrocos.
A Capela do Pretório, na nave esquerda, faz
parte do conjunto das capelas dos Passos espalhadas pela cidade. Tem aqui o
início do percurso processional dos Passos da Paixão. Foi readequada entre 1748
e 1756. Apresenta altar sobre alto embasamento e talha rococó. O seu retábulo
(1735) e ilhargas (1750) são da autoria do mestre entalhador portuense José Teixeira
Guimarães.
A
Capela do Santíssimo Sacramento foi edificada em 1831 por Manuel Lourenço
Afonso. Apresenta trabalho de madeira e talha do portuense Manuel Ferreira
Maia.
A
capela-mor, mais baixa e estreita, foi reedificada em 1762. Tem cobertura em
abóbada de volta perfeita com caixotões. O altar-mor é composto por retábulo em
estilo barroco, em forma de trono, sobre alto embalsamento, executado no último
quartel do século XVIII e parcialmente restaurado em 1894.
Merece atenção o presépio da autoria de
Teixeira Lopes (pai).
roteiromuseus.ccdrc.pt
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