Concelho: Abrantes
A
cidade de Abrantes encontra-se situada numa encosta, a cerca de 800 metros de altitude, na margem direita do rio Tejo.
É
muitas vezes designada de Cidade Florida, em boa parte devido à tradição dos
concursos das Ruas Floridas, durante os quais a cidade se enfeita de flores. A
vocação especial para o culto da flor conferiu-lhe já o título de Cidade
Florida de Portugal.
O concelho é um dos maiores do país, constituído por 13 freguesias.
O
topónimo Abrantes terá derivado de Aurantes,
devido à quantidade de ouro que era retirado das areias do rio.
Desde
a época da ocupação romana, quando o seu nome era Tabucci, até ao final da Idade Média, o desenvolvimento do
concelho, situado no chamado Médio Tejo, foi sempre ajudado pela sua
localização geográfica, tendo sido, ao longo da sua história, um ponto
estratégico importante para a segurança da Beira e do Alentejo, integrando-se
na linha dos castelos do norte do Tejo durante a Reconquista.
Foi
conquistada aos mouros por Dom Afonso Henriques que lhe outorgou o seu primeiro foral em 1179.
Dom
Afonso II (1211-1248) restaurou-lhe os meios defensivos e ordenou a construção
da Igreja de Santa Maria.
Em
1281 foi doada por Dom Dinis à Rainha Santa.
Em
1385, as terras do concelho foram usadas por Nuno Álvares Pereira e por Dom
João I para se reunirem e estacionarem as tropas antes de se dirigirem para
Aljubarrota.
Dom
João II (1481-1495) e Dom Manuel I (1495-1521) viveram longo tempo no antigo
Paço Real de Abrantes, cidade que assistiu ao nascimento de alguns príncipes
reais.
No
século XVI, era uma das maiores e mais populosas terras do país, ocupando-se
sobretudo do comércio fluvial.
Em
1641 foi a primeira terra portuguesa, para além de Lisboa, a proclamar a
independência e a aclamar o rei Dom João IV. Por este motivo foi agraciada com
o título de Notável.
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