Terreiro da Sé e Rua de São Sebastião, Porto.
Edifício constituído por uma torre
contemporânea erigida sobre os vestígios da antiga Câmara, fundada em 1350.
O edifício da Câmara Medieval era
constituído por uma casa-torre em cantaria lavrada e ameada, com a fachada
principal voltada ao terreiro da Sé.
Em 1784, já em ruinas, o Senado foi
transferido para parte do Convento dos Grilos. Nele se terá sedeado a Casa dos
Vinte e Quatro.
Em 1795/96, o último piso foi demolido, por
se tornar perigoso para a envolvente próxima, sendo a sua pedra aplicada nas
obras da Cadeia da Relação.
O imóvel foi sendo alugado a particulares
até que sofreu um violento incendio a 25 de abril de 1875, ficando em ruinas.
A controversa Torre foi edificada entre
2000 e 2002, segundo projeto do arquiteto Fernando Távora, recriando o volume
da antiga casa-torre e respeitando a sobriedade da construção primitiva.
Manteve os 100 palmos de altura, devidamente assinalados no exterior. É
parcialmente envidraçada, com fachadas laterais e parte da principal em betão
revestido a cantaria. Ostenta na fachada norte a pedra de armas da cidade do
Porto. Foi inaugurada a 24 de Outubro de 2003 e gerou forte polémica e esteve
mesmo sem destino durante muito tempo. Reabriu a 27 de Setembro de 2005 como
Centro de Documentação de seis cidades lusas e galegas (Porto, Guimarães, Angra
do Heroísmo, Évora, Lugo e Santiago de Compostela), cujos núcleos históricos
foram classificados como Património da Humanidade. Mais tarde foi convertido em
Centro de Acolhimento Turístico aos Visitantes.
Os vestígios da primitiva Câmara, de
planta irregular, situam-se numa cota inferior, com acesso pela Rua de São
Sebastião, sobreposta à muralha românica, no lugar onde se abria a Porta e a
Torre de São Sebastião.
A visita ao edifício permite
redescobrir a cidade pelo olhar oferecido pela vista impar da enorme janela.
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