quarta-feira, 15 de abril de 2020

Estação Ferroviária de São Bento

Portugal \ Porto \ Porto \ União das Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória

Praça de Almeida Garrett, Porto.
Estação ferroviária de topo de linha.
Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 31 de dezembro de 1997. A classificação inclui, além da Estão dos Caminhos-de-ferro, a gare metálica, os painéis de azulejos e a boca de entrada do túnel.
Construção iniciada em 1900, segundo projeto do arquiteto José Marques da Silva, sendo inaugurado a 1 de Maio de 1915 pelo rei Dom Carlos. Foi erguida no local onde existiu o Convento das monjas beneditinas de São Bento de Avé Maria, fundado em 1518 por Dom Manuel I.
O edifício apresenta planta em “U”, com fachada toda em cantaria de granito, simétrica e de grande rigor geométrico. É composta por corpo central mais baixo, que corresponde ao átrio principal e, em cada extremidade, duas torres de três pisos.
Apresenta no amplo átrio, painéis de maravilhosa azulejaria, datados de 1930, da autoria de Jorge Colaço. Constituem um dos símbolos da corrente nacionalista e historicista do azulejo português do século XX, sendo considerado o mais notável conjunto do género existente em Portugal.
Junto ao teto surge um friso policromado de alguns meios de transporte utilizados pelo Homem, emoldurado por faixa em azul e dourado, segundo uma organização geométrica estilizada, com círculos quadripartidos em cruz.
Na parede do topo norte, uma grande composição, a toda a largura, representa o torneio de Arcos de Valdevez com o impressionante choque de dois grupos antagónicos tendo por fundo grupos de outros cavaleiros. Esta composição é monocromática, executada em azul e branco, como todas as que a seguir se descrevem. Num nível inferior, outra composição representa o cumprimento da palavra de Egas Moniz apresentando-se em Toledo perante Afonso VII de Castela e, oferecendo a sua vida, a da mulher e a dos filhos para resgate da palavra dada no cerco de Guimarães.
No topo sul, a composição superior representa a entrada no Porto de Dom João I e de Dona Filipa de Lencastre, a cavalo, para celebrarem o seu casamento. No nível inferior é retratado a conquista de Ceuta, tendo como figura principal o infante Dom Henrique que subjuga os mouros.
No tramo esquerdo da parede da gare, aparece representada a procissão de Nossa Senhora dos Remédios de Lamego e, sob este, dois painéis representando o cumprimento de uma promessa de joelhos (esquerda) e uma ida à fonte (direita).
Os panos centrais da mesma parede representam quatro cenas de trabalho: vindima, ceifa, embarque de vinho no Douro e faina numa azenha.
No tramo direito da parede da gare estão representados a romaria de São Torcato de Guimarães e, sob este, dois painéis representando uma feira de gado (esquerda) e um arraial de romaria (direita).
Em 2011, a revista Travel & Leisure classificou-a como uma das 14 mais belas do Mundo.

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