Cidade sede
de concelho e de distrito, situada a 313 km a norte de Lisboa.
É denominada como a capital do Norte e
como capital secreta e trabalhadora de Portugal.
Está localizada na margem direita do rio
Douro, junto à sua foz. O casario, edificado sobre sólido granito, apresenta cor
cinzenta e por vezes prateada, numa sucessão de ondulações graníticas cujas
cotas vão dos 80 aos 140
metros, sendo as altitudes extremas de 4 e 163 metros . Fruto da
complexidade do terreno, um dos aspetos mais interessantes da cidade é o seu
cariz panorâmico e o diálogo com o Douro e Vila Nova de Gaia.
São ribeirinhas as freguesias (de E para
O) de Campanhã, Miragaia, Massarelos, Lordelo do Ouro e Foz do Douro. Ficam na
orla marítima, além da Foz do Douro, as freguesias de Nevogilde e Aldoar. No
extremo norte, além de Aldoar, situam-se Ramalde e Paranhos. Na parte central
encontram-se Cedofeita, Vitória e Santo Ildefonso.
Ligada a Vila Nova de Gaia por cinco
pontes, a metrópole portuense tem contíguos os concelhos de Matosinhos, Maia e
Gondomar.
O centro histórico da cidade está
classificado como Património da Humanidade pela UNESCO, desde 5 de Dezembro de
1996, com base no facto de, nos últimos mil anos, “tem preservado no seu tecido
urbano e no conjunto dos seus edifícios históricos um testemunho notável de
desenvolvimento de uma cidade europeia que se projeta para o Ocidente na
procura dos seus laços culturais e comerciais”. A zona de classificação da
UNESCO abrange a parte antiga da cidade – as freguesias da Sé, São Nicolau,
Vitória e Miragaia -, e foi ampliada à margem sul do rio Douro, até Vila Nova
de Gaia, abrangendo a Ponte de Luís I e o Mosteiro da Serra do Pilar.
Sublinhe-se que o Porto é considerado a
capital do estilo barroco em Portugal. É a cidade portuguesa onde a arte
barroca ganhou maior e mais significativa expressão. Este estilo carateriza-se,
fundamentalmente, pelo aparato das decorações: profusão de colunas salomónicas,
palmas, grinaldas, conchas, volutas ou cabeças de anjos.
A paisagem urbana que se avista desde
Vila Nova de Gaia do Porto e sua zona ribeirinha é inesquecível.
A cidade ficou a dever a sua prosperidade
às boas relações com terras de além-mar e a um comércio florescente do vinho do
Porto.
Os primeiros povos aqui
chegados ocuparam o monte da Pena, depois chamado Ventosa devido à sua
exposição aos ventos, onde viria a erguer-se a atual Sé, por volta do século IX
a.C., durante a Idade do Bronze. Utilizavam um pequeno porto, perto da foz do
Douro, que mais tarde daria origem ao topónimo Portucale. Para alguns
historiadores, o local seria na atual Miragaia, chamando-se Cale, por ser local
de “passagem” de barco para a outra margem. E que, a partir de 74 a.C., com a
conquista da cidade pelas tropas romanas comandadas por M. Perpena, passou a
chamar-se Portus (porto) Cale. Outros referem a existência de dois portos nas
duas margens do rio Douro: na margem direita “Portus”, na margem esquerda
“Cale”: este estabelecimento duplo ia dar o nome ao futuro país – Portus-Cale,
Portugal.
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